sábado, 31 de outubro de 2015

Quantos usuários tem o seu sistema?






Como dizia o Professor Araújo, só quem tem usuário é traficante e analista de sistemas. Fato é que assim chamamos os nossos clientes – as pessoas que usam os nossos sistemas para ter uma vida melhor.


Quantas pessoas utilizarão o sistema é uma pergunta primordial para um desenho correto do sistema. Quais tecnologias serão utilizadas? Qual a infraestrutura necessária? Qual o tamanho do banco de dados? Quanto será investido em usabilidade e em testes? Múltiplos idiomas na interface? Em quais dispositivos será testado? Recursos de treinamento e aprendizado? Estratégias para diminuição dos bugs e correção eficaz dos mesmos? Tamanho das equipes de desenvolvimento e suporte? Enfim, quanta grana precisamos para desenvolver e manter um sistema que atenda bem a todos os seus usuários.


QUANTIDADE DE USUÁRIOS X TECNOLOGIA
QUANTIDADE DE USUÁRIOS
DISPONIBILIDADE
TIPO
CUSTO
Alguns usuários
Disponível. De vários tipos e fornecedores.
Genérica.
Baixo.
Milhões de usuários
Inexistente. Será preciso inventá-la ou customizá-la.
Específica.
Alto.




Desenvolver um sistema para alguns usuários nos dá um grande leque de opções tecnológicas disponíveis a escolher. Elas são de vários tipos e fornecedores diferentes. A equipe pode escolher a que mais de adequa aos requisitos propostos para o sistema, considerando também a disponibilidade de mão de obra. São tecnologias genéricas que podem até diminuir a quantidade de código a ser produzido para construir o sistema.


Quando pensamos em milhões de usuários, tudo muda drasticamente. É preciso inventar tecnologias novas que se adequem a esta realidade de uso massivo do sistema. As próprias características do sistema precisam ser bem adequadas a estas tecnologias para que tudo funcione bem. Os custos são altos e envolvem uma boa dose de pesquisa inicial.


QUANTIDADE DE USUÁRIOS DOS GRANDES PLAYERS
PLAYER
TOTAL DE USUÁRIOS
Facebook
1,5 bilhão (1 bilhão em um mesmo dia)
GMail
500 milhões
Instagram
300 milhões
Twitter
271 milhões
WhatsApp
900 milhões
Youtube
1 bilhão







Como desenvolveremos um sistema também tem a ver com qual acesso teremos a seus futuros usuários durante o seu desenvolvimento. Podemos desenvolver um software específico e customizado para determinada empresa – inclusive entrevistando os seus funcionários. Bem como podemos desenvolver um software de prateleira – um software padrão que tenta resolver problemas gerais e, dessa forma, atrair a atenção de diversos compradores e usuários. E aqui entra o sonho de quase todos os meus amigos de TI: desenvolver um aplicativo original e ficar rico!


Uma técnica que vem ganhando força no desenvolvimento de software (e no marketing) é a utilização de personas. São criados personagens fictícios dentro da equipe de desenvolvimento para representar os potenciais usuários do sistema. Esse mecanismo ajuda a equipe a compreender melhor as necessidades de utilização do sistema pelo seu público-alvo.


O feedback sobre a aceitação do software é dado pela quantidade de usuários ativos, quantidade de receita gerada e, em último grau, pelas avaliações obtidas.


No livro Fazendo um projeto dar certo, discutimos os problemas acarretados quando As tecnologias a serem utilizadas no projeto estão indefinidas.


Links utilizados:


Até!

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Como dar o prazo final do projeto?





Nesses dias, estamos planejando um novo projeto. E eu tenho ouvido muito a pergunta que o gerente de projeto mais ouve na vida: quando fica pronto? O patrocinador do projeto também se preocupa bastante com quanto custará. Mas a pergunta que realmente mais interessa a todos os envolvidos no projeto é: quando fica pronto? É um momento de muita pressão e tensão para o gerente e sua equipe de projeto. E aí, como responder a esta pergunta? Como dar o prazo final do projeto?





O projeto tem um prazo fixo
Esse parece ser o caso mais fácil que o gerente de projeto encontra para dar o prazo final do projeto. Também conhecido como: tudo bem, você pode dizer o prazo, desde que não passe desta data que eu quero. Ora pois, se o cliente já deu o prazo, o prazo já está dado.


Geralmente, estes projetos estão relacionados a algum evento fixo no tempo. Exemplos: o show do réveillon deve acontecer na noite do dia 31/12. Nem um dia antes, nem um dia depois. Simples assim. Espera-se noite de lua cheia no luau. O Carnaval também tem suas datas preestabelecidas antecipadamente. Assim como a Copa do Mundo. E as Olimpíadas, sejam de inverno, sejam de verão. O baile de 15 anos não pode acontecer 6 meses depois do aniversário. Caso clássico também são os projetos que precisam impreterivelmente acabar antes das eleições, rendendo mais publicidade e votos aos políticos.


Nesse cenário, a missão da equipe de planejamento é garantir que todo o trabalho necessário para a conclusão do projeto pode ser realizado até a data estipulada pelo patrocinador. As aquisições devem ter uma contratação aprimorada. Uma entrega de um fornecedor que atrasa uma semana pode colocar tudo a perder. Horas extras, aumentar a equipe ou diminuir requisitos do projeto também podem ser opções para garantir a data. É o tripé do planejamento: escopo, tempo e custos. Se o tempo está fixado, apenas as outras duas variáveis podem ser alteradas.


Para projetos dessa natureza, é imprescindível um gerenciamento primoroso do tempo. Nas últimas semanas, é esperada uma pressão incrível sobre a equipe do projeto por conta do prazo que está chegando.


Em desenvolvimento de sistemas, é o caso do projeto ágil clássico. Ou seja, a equipe é contratada por determinado período, e deve produzir software durante este tempo. Tudo o que for entregue é válido, mas a equipe deve buscar ter sempre entregas verdadeiramente implantáveis.


Opinião Especializada
Essa técnica de estimativa consiste basicamente em terceirizar a pergunta para algum especialista: meu amigo, me ajude, considerando toda a sua vivência, se você fosse fazer este projeto, quando ficaria pronto?


Obviamente essa técnica implica em ter um especialista à disposição por um custo aceitável. Normalmente, ela é usada quando o tipo do projeto é totalmente inédito para a equipe. E, claro, é uma estimativa rápida e grosseira apenas para gerar uma noção inicial do prazo e dos custos relacionados ao projeto. Pode ser importante para determinar o avanço em um trabalho de planejamento mais detalhado. Afinal, planejar também custa tempo e dinheiro. E, às vezes, isso precisa ser feito antes do projeto (e seu orçamento) ser aprovado, como em uma típica pré-venda.


Estimativa Análoga
Essa técnica de estimativa consiste basicamente em fazer uma analogia do projeto atual com projetos semelhantes anteriormente desenvolvidos pela equipe. Olha, aquele prédio que construímos no Centro tinha 9 pavimentos e demoramos 3 anos para fazê-lo. Sabe, aquele sistema de envio de SMS para os clientes foi concluído em 10 semanas.


A vantagem desta técnica sobre a anterior é que os estimadores são “da casa” e podem se valer das lições aprendidas dos projetos anteriores.


Estimativa Paramétrica
Essa técnica de estimativa consiste basicamente em definir e utilizar alguma unidade de medida para comparar projetos diferentes. Essa unidade é utilizada como parâmetro para determinar o grau de multiplicidade entre os projetos comparados – quanto A é maior (ou menor) que B? Se um projeto do tamanho A é feito em X tempo, quanto tempo precisamos para fazer um projeto B, que tem o dobro do tamanho de A?


Em uma visão grosseira, poderíamos comparar a quantidade de apartamentos de um edifício residencial. Se gastamos 2 anos para fazer um prédio com 40 apartamentos, quanto tempo levaremos para fazer um novo prédio com 80 apartamentos? Pela estimativa paramétrica, teríamos 4 anos.


Em software, um parâmetro bem utilizado é o ponto de função, que visa medir o tamanho funcional de um sistema. A empresa pode ter a sua métrica de produtividade indicando quanto tempo ela precisa para produzir 1 ponto de função e isto pode ser utilizado para estimar o tamanho bem como o prazo de novos projetos.


A estimativa pode ser aprimorada incluindo-se tempos fixos para a iniciação e o encerramento de projetos de qualquer tamanho.


O grande problema desta técnica é encontrar parâmetros confiáveis para a comparação de projetos diferentes. O próprio ponto de função citado anteriormente tem consideráveis deficiências.


Estimativa Detalhada
Essa técnica de estimativa consiste basicamente em construir um cronograma completo de todo o desenvolvimento do projeto. E por completo entendam: obtenção de licenças e autorizações; disponibilidade de recursos materiais; aquisições; alocação de pessoas; testes, homologações e implantações.


A vantagem é ter uma estimativa bem mais realista e confiável. A desvantagem é que isso não sai de graça. Projetos enormes podem ter dezenas de profissionais trabalhando durante meses apenas no seu planejamento inicial.





A margem de erro vai pra lá e vem pra cá
Perceba que falamos o tempo todo em estimativas: avaliação ou cálculo aproximado de algo. E toda estimativa é falível. Portanto, toda estimativa deve ser agraciada com uma margem de erro. Uma variação aceitável dentro da data crua obtida diretamente pela estimativa.


Quanto mais detalhada a estimativa, melhor ela será e, portanto, aceitará uma margem de erro menor. Considere 30% de variação nas técnicas menos detalhistas. Isso pode ser aceitável em um projeto de 100 mil reais. Mas pode inviabilizar um projeto de 10 bilhões de reais caso não tenhamos à disposição os 3 bilhões de reais adicionais necessários à margem de erro do planejamento.


Quanto mais caro o projeto, mais cara a margem de erro e, talvez, tenhamos mais dinheiro para planejar melhor inicialmente, economizando, assim, na margem de erro.

E vai dar tempo?
Uma vez iniciada a execução do projeto, é necessária uma gestão cuidadosa do tempo, para garantir que o projeto acabe dentro do tempo planejado. A cada dia que se passa, a estimativa de ontem não vale mais. Ao mesmo tempo, já podemos ter uma estimativa nova e mais real do projeto. E assim seguimos até o último dia do projeto. Diariamente, respondendo: quando fica pronto?


O amadurecimento da equipe durante a execução do projeto e a ocorrência ou não dos riscos podem indicar se as estimativas serão cumpridas e se um eventual atraso pode ser recuperado com o esperado aumento da produtividade da equipe.


planejamento = replanejamento



Para saber mais, estude Gerenciamento do Tempo.




Até!

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Afinal, feriado é bom ou é ruim?

Uma pergunta boa para bancar o consultor: DE-PEN-DE!





Adjetivo. Em que há cessação de trabalho.”


Feriado é uma data em que determinada ocasião é comemorada por uma nação, comunidade, religião, grupo étnico ou classe trabalhista. Os governos podem instituir feriados em nível federal, estadual, distrital (ou regional) ou ainda municipal, dependendo da extensão da importância comemorada. Esses feriados podem ser determinados obrigatórios, ou seja, as pessoas são dispensadas do trabalho; ou facultativos ('ponto facultativo'), caso em que as organizações têm liberdade para acatar ou não a dispensa do trabalho.” [Wikipedia]


Um feriado pode ser cívico, político, cultural, histórico, católico… Pode ser federal, estadual, municipal ou até mesmo universal. Nesse ponto, até se confundem com os impostos. Tem parlamentar que só fez uma lei na vida e foi para “criar” algum feriado. Às vezes, os jornais até fazem alguma reportagem para nos lembrar porque mesmo aquele dia é feriado.


Em se tratando de feriados, existem ainda alguns fenômenos tupiniquins, como: evangélicos que não respeitam feriados católicos; “imprensar” o feriado – que acontece quando o feriado cai na terça ou na quinta e a segunda ou sexta também vira feriado, vulgo feriadão para os íntimos; outro fenômeno é o remanejamento de feriados. Isso mesmo, mudar as datas “na marra” para otimizar o processo. Seja juntando dois feriados distantes para formar um feriadão. Seja transformando duas semanas “quebradas” em, pelo menos, uma semana cheia de trabalho.


Também destaco as centenas de mortes que ocorrem durante um feriadão – muitas delas, nas estradas. Morre tanta gente quanto em uma guerra. Quase sempre por culpa de álcool e/ou imprudência. Esse ano muito se comemorou a diminuição das mortes deste tipo em relação aos anos anteriores. Eu logo desenvolvi um raciocínio que este era mais um indicador econômico nacional. Explico: economia ruim, menos gente nas estradas, menos mortes.




Feriado é bom para a economia?
Depende. É muito ruim para alguns setores, como o comércio e a indústria. Ótimo para outros, como lazer, turismo, bebidas…


Feriado é ruim para as empresas?
Depende. É muito ruim para as fábricas e os escritórios, que precisarão pagar mais caro por horas extras de trabalho ou parar a produção. Bom para hotéis, bares, shoppings, restaurantes e cultura.
Empregados descansados rendem mais. Mais produtividade, mais ideias e menos licenças médicas ou afastamentos.
O feriado pode ser bom para empresas que “produzem” criatividade. Os empregados terão um tempo livre para exercer o ócio criativo de Domenico De Masi.


Feriado é ruim para gerentes de projetos?
Depende. Ele “perde” um dia de trabalho da equipe. Mas pode ganhar uma equipe mais descansada, mais criativa e menos doente. Se rolar um churrascão no feriado, ele ganha uma equipe mais entrosada. Também pode ganhar um descanso necessário para si. É importante lembrar de planejar previamente todas as folgas da equipe e aqui se incluem todos os feriados que acontecerão durante o projeto.


Feriado é bom para as equipes?
Depende. Pode ser um excelente dia de descanso. Horas para lazer, família, espírito, esportes, projetos pessoais, viagens, cultura, sono e, porque não, um churrasco de integração da equipe. É tempo livre para desenvolver ideias novas. Em última instância, pode ser um dia de trabalho com rendimentos ampliados.
Mas se for um dia apenas para trabalhar em outro emprego, talvez não valha a pena.
Também não pode haver excessos. Exceder na bebida, nos esportes, no sol ou na falta de sono pode trazer graves prejuízos físicos ou financeiros. E ainda implicar em uma volta pós-feriado ainda mais cansado do que antes.


Enfim, 12/10/15 é o próximo feriadoTambém conhecido como Dia das Crianças. Brincadeira ;) É o dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil.








domingo, 4 de outubro de 2015

1 Ano com Fazendo um projeto dar certo nas livrarias

Há um ano, eu realizava um grande sonho. O meu primeiro livro estava disponível ao público, do mundo inteiro, através das maiores livrarias de ebooks da Internet. Uma inspiração e incentivo para muitos escritores.





Entre ideias, escrita, negociação com livrarias, revisão, registro, produção e publicação do ebook, foram 30 meses de muito trabalho e expectativa. As livrarias tradicionais me fecharam as portas, e foi somente através dos livros digitais e dos feras da Revolução Ebook que o sonho se tornou possível.




Assim que o livro foi lançado, em diversas livrarias, percebi que precisaria criar um site para divulgação centralizada do trabalho. Daí, voltei às minhas origens, onde comecei profissionalmente, na criação de sites. Contei com uma ferramenta poderosa que facilitou muito o meu trabalho, chamada webflow. O site também era imprescindível para a divulgação pelo Google Adwords.





Para melhorar ainda mais a divulgação e viabilizar um contato mais próximo com os entusiastas de gerenciamento de projetos, desenvolvimento de sistemas e escrita, nasceu este blog.




Aqui no blog, só foram 2 comentários nos posts. No entanto, a interação foi um pouco maior nos e-mails e nas redes sociais (WhatsApp, Facebook, Twitter e Google Plus). Cumprindo, em parte, o objetivo do blog.


Ainda na linha de interagir, divulgar e dialogar e com uma ajuda inestimável do meu amigo Izequiel, o projeto atingiu o seu ápice nas duas palestras ministradas em faculdades locais:






Números de Fazendo um projeto dar certo


2 milhões de anúncios exibidos pelo Google
5 mil cliques nos anúncios
9,5 mil visitantes no site www.fazendoumprojetodarcerto.com.br
8,5 mil visitantes únicos no site www.fazendoumprojetodarcerto.com.br
32 cópias do livro vendidas




Uma satisfação saber que pelo menos 8500 pessoas (espalhadas pelo mundo) já tiveram a oportunidade de conhecer este trabalho. E uma grande frustração pelo baixíssimo número de vendas registrado. A receita obtida com a venda de livros não tem sido suficiente para cobrir nem 1% das despesas com produção e publicidade. O que mostra um projeto nada sustentável. É na raça, mesmo! Na vontade de levar ideias pra frente! Muitas pessoas leram a amostra grátis do livro. No entanto, poucas, pouquíssimas avançaram no seu conteúdo inteiro. Houve meses em que o livro só vendeu uma cópia e senti na pele como é ser escritor no Brasil. O livro está custando 12 R$ e dificilmente você consegue um almoço em uma cidade grande com este dinheiro.


Veja aqui que Buenos Aires sozinha tem mais livrarias que o Brasil inteiro.


Em alguns momentos, o livro esteve na primeira página de mais vendidos da sua categoria. E aí foi uma confusão de sentimentos: muita alegria por estar na primeira página, gerando até divulgação gratuita pelas livrarias; e muita tristeza por constatar que os livros da primeira página vendem mais ou menos uma cópia por mês. Que é isso!


As pessoas têm buscado conhecimento em informações mais pontuais, como as disponíveis em blogs, mas é estranho pensar que os livros digitais não consigam ter uma boa aceitação por esse mesmo público.




Inspirando novos escritos


Mas como eu sou brasileiro e não desisto nunca. Como eu sou sertanejo e cabra teimoso. Como eu já tinha descoberto o “caminho das pedras” para publicar um ebook. Como eu já tinha escrito um esboço de um livro desde os tempos do colégio. Como todos achavam que um dia eu publicaria um livro e seria de poesias. Como os meus avôs poetas não conseguiram publicar suas poesias… Chegamos a Miragens!




Mais louco ainda é pensar que eu já tenho ideias para escrever mais dois livros. Óbvio contando com muita inspiração e com a ajuda da família para encontrar o tempo necessário à escrita.



Bora ler meu povo! Bora escrever meu povo!