quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Projeto do celular que pega fogo







Em uma relação de amor e ódio, já reverenciamos os smartphones aqui no blog:




Mas celular que pega fogo foi a funcionalidade mais incrível de todas!






Incrível e indesejada...




Impossível não lembrar de uma lenda urbana que circulava quando os primeiros celulares foram lançados. Ela dizia que o sinal de telefonia celular era prejudicial à nossa saúde. Agora, com WiFi e 3G para todas as bandas, é como se estivéssemos dentro de uma Matrix.







Ele era um dos celulares top de linha da Samsung, projetado para peitar o temido IPhone. Era do verbo não é mais. Encerrou precocemente a sua era (substantivo). Se era que dava para chamar de era um negócio tão fugaz.


O danado do bichinho começou a pegar fogo! Combustão espontânea. Uma funcionalidade incrível e indesejada.


Mirando na bateria, a Samsung preparou um mega-recall para substituí-la onde ela estivesse. Pense num recall caro!


E não é que o danado do bichinho recallizado começou a pegar fogo também?!


Dezenas de casos. Inclusive com queimaduras nos usuários. E o caso mais bizarro demandou a evacuação emergencial de um avião!


Aí a Samsung foi obrigada a jogar a toalha. É o fim das vendas do Galaxy Note 7. A Samsung está recolhendo todos os aparelhos distribuídos e vendidos. Inclusive, está enviando “kits de remoção segura” para os usuários, devolvendo o dinheiro pago e dando uma indenização mixuruca de 100 dólares. (Indenização essa que não vai evitar uma chuva de processos judiciais.)


Mas a maior humilhação de todas foi a empresa implorar para os seus clientes pelo-amor-de-deus manterem todos os celulares DESLIGADOS pra sempre!







O que fazer então com 2 milhões de celulares-bomba? Mandar pro Congresso Nacional do Brasil? :P Não, né?


A Samsung agora está tocando um projeto grandioso e caro para recolher todo esse lixo tecnológico e dar uma destinação a ele. Até mesmo para reciclar as peças e reusá-las em outros aparelhos haverá custos envolvidos.


Um prejuízo gigantesco mesmo para a empresa que é 20% do PIB da Coreia do Sul.







Ainda assim, pequeno, se comparado ao imenso prejuízo da marca. Ações da Apple já subiram. E os concorrentes do mercado de entrada já se animaram.


Eu sou simpatizante do Chelsea muito por conta de sua bela camisa azul. Pois em 2010, eu criei coragem e comprei uma cami$a oficial. Lá, bem grande, no peito, um patrocínio da SAMSUNG MOBILE. Depois de vários anos de uso e de várias lavagens, partes das letras do patrocínio sumiram e a marca ficou bem avariada. É parecido com o que ocorreu agora.







Essa resenha toda nos leva ao nosso livro Fazendo um projeto dar certo. O último capítulo é sobre Testes e eu termino o post com a introdução deste capítulo:




CAPÍTULO IX
TESTES


Se não está testado, não está pronto. Vale atentar também para a eficiência e a eficácia dos testes. O simples fato de fazer um teste ainda não garante que o produto esteja satisfatoriamente testado e seja um produto de qualidade. Precisamos de testes bem planejados, bem projetados e bem construídos.
Os testes são um grande dilema para as indústrias. Até quando continuar testando? Investir quanto em testes? Fato é que entregar produtos de má qualidade é desastroso para a imagem de uma empresa. Por exemplo, nos recalls das montadoras de automóveis é possível calcular o prejuízo financeiro – com divulgação, peças e serviços das oficinas. Já o prejuízo à marca é maior e mais difícil de calcular.
Com software não é diferente. É muito caro garantir matematicamente que um software funcionará em 100% das vezes em que for utilizado e de todas as formas possíveis. Os softwares ditos de missão crítica carecem de mais investimento em testes, pois suas falhas são potencialmente mais desastrosas. Garantida mesmo é a frustração quando apertamos um botão e não obtemos o resultado esperado.
Hoje, temos diversos tipos de testes: funcionais, unitários, integrados, automáticos, homologação, piloto, regressão, desempenho, sanidade, acessibilidade, usabilidade... Igualmente, há diversas ferramentas gratuitas ou pagas. A equipe deve conhecer bem tudo o que existe para manter o arsenal adequado para todos os testes do projeto.
Que testar é essencial, penso que está claro. Os custos de bons testes também podem ser estimados. Já os custos da falta de testes são intangíveis: podem significar o fim de um contrato, uma rescisão judicial, o fim da empresa, bem como uma baixa autoestima da equipe do projeto.
Este capítulo aborda diversos aspectos sobre testes. Tudo começa com um processo adequado de testes. Saber que tipos de testes utilizar nas diversas partes do sistema. Buscar a eficácia dos testes no sistema sem que a equipe precise despender mais esforço que o necessário.
Falamos também sobre a disponibilidade de ambientes adequados à execução dos testes. A falta de ambientes pode inviabilizar tudo, inclusive desperdiçar todo o esforço da construção dos testes. Executar os testes em ambientes inapropriados compromete seriamente os resultados obtidos.
Intimamente relacionadas ao processo de testes definido, estão as ferramentas que viabilizarão os testes. Elas também indicam que ambientes serão necessários. Ferramentas e ambientes podem representar grande parte dos custos dos testes.
Os dados de entrada para os testes constituem outro fator crítico de sucesso da estratégia de testes adotada. Se os dados não forem reais e ricos em variedade, os resultados dos testes estarão comprometidos. Se os dados não são reusáveis, o processo todo pode ficar muito caro. O acesso indevido a dados de produção pode resolver o problema dos testes e gerar novos problemas de segurança.
A discussão termina falando sobre a importância da boa utilização de testes automáticos no projeto. Trata-se da melhor forma de buscar eficiência e eficácia nos testes do projeto, com resultados duradouros.
Devemos pensar sempre grande e não podemos desconsiderar a possibilidade de construir a própria ferramenta de testes para o projeto, desde que essa decisão seja economicamente viável.




Se quiser ler mais Fazendo um projeto dar certo:





POST SCRIPTUM


Depois de 21 meses de trabalho, de 101 posts publicados, de muito esforço intelectual, físico e financeiro, chegamos a 15 mil visualizações no Blog Fazendo um projeto dar certo!


É com um sentimento de imensa gratidão que eu me dirijo a cada um de vocês que dedicou uma partezinha do seu precioso tempo para as discussões do blog.


Muito obrigado! Valeu! #tamujunto





Nos vemos por aí!


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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Fazendo um projeto dar certo em PDF










Comemorando dois anos do lançamento do livro Fazendo um projeto dar certo e atendendo aos pedidos da galera, estamos lançando uma edição especial em PDF do livro!


É uma versão especial contendo a Introdução e os dois primeiros (e principais) capítulos do livro. Vamos discutir o que é o sucesso de um projeto, além dos principais problemas enfrentados em projetos nos temas EQUIPE e GESTÃO.


Essa versão gratuita traz mais de 40% do conteúdo do livro inteiro. Traz, na íntegra, 28 dos 73 problemas em projetos analisados no livro. Portanto, é uma versão bem mais generosa do que a amostra grátis disponível on line nas livrarias.







Uma versão pedida pela galera que vai poder imprimir, copiar, compartilhar, enviar, piratear, baixar, armazenar, riscar, marcar, ler off line...


O link está lá no site do livro ou, mais fácil ainda, logo abaixo, clicando na capa:






Um abraço!



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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Assaltaram a geladeira de livros







Nesse post, vamos tocar em algumas mazelas do país: falta de leitura (baixo consumo de livros); criminalidade (alto consumo das coisas dos outros) e obesidade (alto consumo de calorias).


Lá em Brasília, de uma mente visionária e não-burocrata, nasceu o projeto de uma geladeira de livros. Uma biblioteca pública, ambulante e muito, mas muito mesmo, inusitada.


Nasceu também como “descarte ecológico” de uma geladeira velha.


E a arte entrou para chocar a população. É aquela provocação básica da arte para nos tirar da nossa zona de conforto: como assim uma geladeira aqui no meio da praça? Como assim uma geladeira com grafite? Como assim uma geladeira com livros?









E a boa ideia vai se espalhando. O bom projeto viraliza.


Não demorou muito para chegar em Fortaleza. Ou, como chama o lado alvinegro, a capital cujo estado é o Ceará.


E deu nisso aqui:




Assaltar a geladeira é uma expressão popular para os momentos em que a pessoa faz uma intervenção fora de horário (geralmente à noite) na sua geladeira, quebrando a dieta. É aquela beliscada furtiva quando não queremos ser pegos. Não queremos ninguém nos flagrando em pleno boicote ao plano calórico. São “gordinhos” buscando calorias secretas.


Não obstante a literatura, a poesia e a criatividade popular, a vida real nos traz ao sentido real das palavras.


Assaltaram a geladeira de livros! #pqp








A geladeira estava pregada ao chão. E os malucos a arrancaram. Em público! Como fugir com uma geladeira enorme? Onde esconder o produto do crime? O que eles achavam que teria dentro da geladeira? Quanto eles achavam que a mesma valia?


Realmente o povo brasileiro é algo a ser estudado.


Eu já fiz um desabafo desesperado sobre a (não) leitura de livros:




E aqui, falei sobre hábitos alimentares:





Fugindo dos ladrões, eu estou de dieta e sou um ativista em prol da leitura de livros. Adorei a geladeira de livros. Não desistam da ideia!


E assim termina a dedicatória do novo livro O excremento da flor do desejo pela coisa:


"Aos brasileiros, que possam estudar, ler livros, ter formação e consciência políticas, e construir um país decente."



Lembrei também de uma piada do Zé Lezin...


O cara queria se livrar da geladeira velha, daí pensou: vou deixar lá na calçada e alguém carrega esse trambolho, resolvendo o meu problema. No dia seguinte, para a sua decepção, o eletrodoméstico ainda estava lá! Daí, ele teve uma segunda ideia: confeccionou uma plaquinha com os dizeres: “VENDO 50 R$”. Bingo! No outro dia, ele acordou e não viu mais a geladeira. Ela valia 50 R$ e despertou o interesse de alguém.


Bora ler, meu povo!


SE QUISER LER MAIS UMA COISINHA



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