Botar
o livro na rua sucedia o registro dos direitos autorais.
Catei
nuns blogs e, com a ajuda da amiga escritora Karen Soarele, descobri
o tal “caminho das pedras”.
Por
sinal, um processo do século XIX que implicava em enviar uma cópia
impressa do livro para o Escritório de Direitos Autorais, da
Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.
Depois
de 90 dias, você receberia em casa o certificado de registro da
obra.
Fato
é que, depois de 4 meses, nada do meu certificado.
Telefonei
para o Escritório de Direitos Autorais e descobri que os Correios
haviam devolvido o meu certificado por “não recebimento após 3
tentativas” (?). Uma alternativa seria solicitar uma “segunda”
cópia. Obviamente, pagando uma nova taxa e esperando mais um bocado
de tempo.
Taxa
paga, papelada preenchida e pronta para despachar. Eis que aparece
uma viagem a trabalho. Para o Rio! Não pensei duas vezes: irei
pessoalmente buscar o meu certificado. É nóis!
Matuto
que sempre serei, fiquei bem assustado com o lugar. Mesmo já tendo
ido inúmeras vezes ao Rio de Janeiro. Acho que também foi porque eu
estava muito emocionado. Era incrível estar ali revivendo um pouco
da história viva do Brasil. Que lugar mágico. Caminho da história.
No
Palácio Gustavo Capanema, uma escadaria em espiral levava a um
mezanino com belas obras artísticas. O jardim da praça também é
uma obra de arte incrível. E o elevador me chamou bastante atenção
por ter portas para os dois lados: matuto!
Muita
madeira clássica na recepção do décimo segundo andar e este
escritor fuleiro do sertão cearense estava na Biblioteca Nacional.
Em quinze minutos eu já tinha o meu certificado de registro. E mais
emoção!
Ainda
tentei “queixar” uma viagem ao interior da biblioteca para ficar
mais dentro da história do Brasil, mas isto me foi negado: “Sem
visitações”.
Poesia
à parte, esse post explica bem o que significa “Fazendo
um projeto dar certo”. É aquela dose necessária de atitude para
que o projeto vença. Ir lá pessoalmente foi decisivo no meu
caso.
PS:
A Biblioteca Nacional está prometendo lançar um sistema de registro
digno do século XXI: digital e remoto.
PS2: Queixar = negociar; fuleiro = de pouco prestígio e fama.
PS2: Queixar = negociar; fuleiro = de pouco prestígio e fama.
Até
a próxima.
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