terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Uma viagem à história do Brasil

Botar o livro na rua sucedia o registro dos direitos autorais.

Catei nuns blogs e, com a ajuda da amiga escritora Karen Soarele, descobri o tal “caminho das pedras”.

Por sinal, um processo do século XIX que implicava em enviar uma cópia impressa do livro para o Escritório de Direitos Autorais, da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.


Depois de 90 dias, você receberia em casa o certificado de registro da obra.

Fato é que, depois de 4 meses, nada do meu certificado.

Telefonei para o Escritório de Direitos Autorais e descobri que os Correios haviam devolvido o meu certificado por “não recebimento após 3 tentativas” (?). Uma alternativa seria solicitar uma “segunda” cópia. Obviamente, pagando uma nova taxa e esperando mais um bocado de tempo.

Taxa paga, papelada preenchida e pronta para despachar. Eis que aparece uma viagem a trabalho. Para o Rio! Não pensei duas vezes: irei pessoalmente buscar o meu certificado. É nóis!

E segunda-feira eu amanheço no centro histórico do Rio de Janeiro.





Matuto que sempre serei, fiquei bem assustado com o lugar. Mesmo já tendo ido inúmeras vezes ao Rio de Janeiro. Acho que também foi porque eu estava muito emocionado. Era incrível estar ali revivendo um pouco da história viva do Brasil. Que lugar mágico. Caminho da história.

No Palácio Gustavo Capanema, uma escadaria em espiral levava a um mezanino com belas obras artísticas. O jardim da praça também é uma obra de arte incrível. E o elevador me chamou bastante atenção por ter portas para os dois lados: matuto!

Muita madeira clássica na recepção do décimo segundo andar e este escritor fuleiro do sertão cearense estava na Biblioteca Nacional. Em quinze minutos eu já tinha o meu certificado de registro. E mais emoção!






Ainda tentei “queixar” uma viagem ao interior da biblioteca para ficar mais dentro da história do Brasil, mas isto me foi negado: “Sem visitações”.

Poesia à parte, esse post explica bem o que significa “Fazendo um projeto dar certo”. É aquela dose necessária de atitude para que o projeto vença. Ir lá pessoalmente foi decisivo no meu caso.

PS: A Biblioteca Nacional está prometendo lançar um sistema de registro digno do século XXI: digital e remoto.

PS2: Queixar = negociar; fuleiro = de pouco prestígio e fama.


Até a próxima.

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