quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

As Embalagens






Nesse post, vamos falar sobre o valor, o poder e a importância das embalagens...


Além das funções de proteção e conservação, as embalagens também nos trazem a discussão sobre mostrar ou esconder.


Começamos pelas utilíssimas redinhas que embalam as frutas que compramos na feira. Passando para a bandeja de morangos que fica na geladeira. Geralmente, quando eu chego em casa, a metade dos morangos que fica na parte de baixo da embalagem já está estragada. E é só uma questão de tempo para acontecer o mesmo com todos os morangos. Já andei comprando morangos congelados e curti muito a ideia.


Uma vez, no supermercado que faz você feliz, eu vi o bife mais lindo da minha vida, embalado em uma bandejinha de plástico e isopor. Cresci os olhos, babei e comprei. Quando eu cheguei em casa, o bife era um pedaço de carne dobrada. Se a parte de cima era o bife mais lindo que eu já vi, a parte de baixo não servia para nada. Ê Brasil!


Também comprei uma picanha linda para o primeiro churrasco do nosso condomínio. Não queria fazer feio na integração com os novos vizinhos. Escolhi muito bem no freezer de carnes do supermercado.


Lá pelas tantas, o vizinho que estava fazendo o churrasco me chamou: “Olha, à medida que foi descongelando, foi subindo um cheiro muito forte de carne apodrecida”.


Nossa, que vergonha! E ainda tive que ir de novo no supermercado no outro dia para reclamar e trocar a carne.


E a TetraPak? Simplesmente a embalagem que conserva leites e sucos por MESES sem chances para a proliferação de bactérias. Eita!


É bem mais prático do que mijar no leite, não é? Pelo menos é assim que fazem alguns pequenos produtores...







Outras embalagens consagradas são as latas e os vidros. Inclusive a cor do vidro afeta a quantidade de luz que o líquido receberá e as questões de mostrar e esconder que lançamos no início da prosa.


Quem bebe, sabe que a cerveja ou o refrigerante armazenados no vidro são bem mais saborosos. É que a lata deixa escapar uma parte do gás da bebida. Para compensar, os fabricantes injetam mais gás nas bebidas vendidas em latas, e isso deixa o sabor bem variável. Por outro lado, a latinha gela mais rápido (e congela igualmente mais rápido).









O canal National Geographic tem programas especiais mostrando como funcionam as megafábricas de bebidas no mundo. Estruturas colossais e automatizadas que fabricam as bebidas e, não menos importantes, as suas embalagens. Quase tudo automatizado e só uns 10 funcionários por fábrica. A areia vira vidro e já sai com bebida e embalada num pack! Por sinal, a bebida é envasada na sua forma gelada para evitar aquela conhecida explosão de gás.







Os refrigerantes entraram num processo de aumentar cada vez mais as suas embalagens. Tanto que já tinha gente sonhando com a Coca de 20 litros:







Mas esse processo foi revertido e as embalagens agora estão diminuindo junto com a palavra refri.







O meu pai estava a trabalho em Fortaleza e quase endoidava ao ver um CD embalado em uma latinha, no formato de CD. Ele nunca gostou de dance music, mas resolveu me presentear:







Ainda falando de vidro, é só lembrarmos que o copo de extrato de tomate logo vira um copo normal de bebidas incorporado ao acervo doméstico.


E nessa toada, é quase mandatório falar no pote de sorvetes que logo se transforma em pote de feijão congelado.


A minha irmã me ligou pedindo ajuda para transportar as tintas que ela havia comprado. Lá chegando, eu deparei com um balde de 27 kg de tintas! Sobrenatural! Eu nem consegui tirar aquilo do chão. Então, a minha ajuda se resumiu a orientar o carregamento do carro e a dirigir com cuidado.









E você sabe abrir um enlatado? A minha irmã é canhota e sofre bastante nesse aspecto. Até que ela ganhou de presente um abridor de latas da Suíça que promete ser democrático para canhotos ou destros. Já eu penso que é preciso um mestrado para operar esse abridor de latas suíço.


Um mestrado também para abrir as tampas dos depósitos de plásticos mais desejados e caros do Brasil. A minha amiga revendedora ficou chateada com essa piada e me advertiu que era para conservar bem o que estava ali guardado.


Também podemos falar nas fitinhas vermelhas para abrir e depois amarrar o pacote de biscoitos recém-aberto.


E é só mais um pulo até chegarmos nas sacolas. Milhões delas. Detonando a natureza. É só pensar que a sacola do supermercado rapidinho é transformada em saco de lixo, quando não fica abandonada na rua. Um bicho inventado pelo homem: o saco voador!


Por isso inventaram as sacolas biodegradáveis e as sacolas retornáveis.


Para o comércio eletrônico, as embalagens têm grande importância: precisam ser seguras, eficientes, leves, resistentes, discretas e bem identificadas.


E mais discreta ainda deve ser a embalagem do sex shop, não é?


A embalagem da prostituta (ou da mulher conquistadora) nos leva de volta à discussão sobre quanto mostrar e quanto esconder. É o que uns chamam de “ser sexy, sem ser vulgar”.







Quando estamos na academia, fazendo dieta ou praticando esportes, estamos tentando melhorar a nossa própria embalagem. Da mesma forma quando estamos nos depilando, cortando ou pintando os cabelos, nos tatuando ou nos maquiando. E quando estamos escolhendo aquela roupa bem bacana e que combina.


As pessoas que fazem cirurgias plásticas meramente estéticas estão apenas levando esse processo de melhorar a sua embalagem a níveis extremos.


A embalagem do presente é tão ou mais importante que o presente! Quem nunca comprou um papel de presente?


A embalagem cria um clímax, um desejo, um tesão pelo oculto. O que será que eu vou ganhar?


Mesmo quando as formas parecem óbvias.


E essa é uma vantagem clara do livro de papel para o e-book. O e-book não tem uma embalagem para presente. E mesmo a pessoa deduzindo que é um livro pelo seu formato e pelo seu peso, ela jamais vai conseguir sequer supor qual é o livro.


Então, mesmo se for dar um presente em dinheiro ou através dos utilíssimos cartões-presente, considere fazer uma embalagem para esse presente que vai ficar mais com cara de presente. Sacou?


O meu grande amigo Alexandre estava se casando e viajando em seguida para a Argentina. Pediu presentes em dinheiro por causa das restrições de bagagem no voo. A gente chegou lá com uma caixa enorme de papelão que fingimos ainda ser bem pesada. Ele quase desmaiava quando viu a arrumação. Daí, ele foi abrindo a caixa e dentro tinha apenas papel picotado e mais caixas cada vez menores. Até que, na última delas, havia um envelope com o presente em dinheiro. Foi muito divertido!


Lá na loja do dono da botica, eu comprei um presentaço: um kit de maquiagem de 200 R$! Daí, a vendedora veio me vender uma embalagem para o presente e eu precisei dar um “se liga” nela:


- Ô, minha filha, você perdeu a noção!? Eu compro um presente de 200 R$ e você ainda quer que eu compre a embalagem?







E o que falar da camisa do time de futebol? Ela carrega toda uma mística quase religiosa: pano sagrado para os torcedores do time e pano de chão para os rivais. Ali vai a marca do time e as marcas que o patrocinam. Ali cabe a história de muita gente.







Aprendendo com os árabes, estamos nos acostumando a ir à praia de mangas compridas. É isso mesmo! Para garantir uma melhor proteção contra o sol.







A minha filha ganhou um colete salva-vidas e é, sem dúvidas, uma ótima embalagem para ela pular na piscina com mais segurança.







Pra terminar, vamos falar das embalagens individuais e dos sachês: palito, canudo, ketchup, maionese, mostarda, azeite, sal, açúcar, adoçante... Quem consegue abrir aqueles sachês? Teve gente até inventando máquina de cortar sachê e faturando uma grana com isso.


E você também pode zoar aquele seu amigo que despejou um sachê de sal dentro do suco de abacaxi.



E assim fechamos um post bem embalado com muitas ideias e multimídia.




POST SCRIPTUM


O revisor tá reclamando aqui que a coesão do texto ficou muito frágil e que o texto ficou meio bagunçado. Tá bom, revisor, você está certo. Mas não deixa de ser um estilo diferente para construir o post. :P


Um abraço!


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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

2 Anos do Blog Fazendo um projeto dar certo






Não é fácil manter um projeto desses por 2 anos. Afinal, o blog me demanda um considerável esforço físico, intelectual e financeiro.


[Assuntos mais falados nos 2 anos do Blog Fazendo um projeto dar certo]



[Retrospectiva dos 2 anos do Blog Fazendo um projeto dar certo em imagens (by Google)]



Há exatos 2 anos, no nosso post 0, começávamos explicando que o blog veio de um livro que veio de um blog:




Fato é que as vendas do livro Fazendo um projeto dar certo não aumentaram quase nada mesmo com a ajuda do blog. E o blog meio que ganhou “vida própria”. Acabou falando também dos novos livros: Miragens e O excremento da flor do desejo pela coisa. E também falou de algumas generalidades.


A audiência aqui no blog também é bem baixa:


Blog Fazendo um projeto dar certo em números
  • 113 posts publicados
  • 19800 acessos
  • 175 acessos/post


Embora, no último semestre, com algumas melhorias na estratégia de divulgação e um acervo enorme de posts publicados, a média de acesso semanal ao blog tenha melhorado consideravelmente.


Tem uma galera que está aqui toda semana: lendo, comentando, respondendo, curtindo, compartilhando, interagindo, sugerindo... Eu tenho muito respeito e gratidão a eles. Se você está chegando agora, seja bem-vindo!


Mas o fato é que nenhum dos nossos posts conseguiu atingir a marca simbólica de 1000 leitores.


Só que eu também escrevo pra mim. Eu gosto muito de escrever. Escrever me satisfaz. Escrever me realiza. É um hobbie. Um passatempo. Escrever me faz muito feliz:



[Revista Superinteressante: passatempo x felicidade]



Quantas madrugadas de sábado eu não troquei a balada pelo teclado do computador? E fui igualmente feliz.


No nosso post 100, falamos um pouco sobre o processo produtivo desenvolvido para o blog:




E nesse post aqui, eu ofereci a você várias alternativas para a análise do sucesso (ou fracasso) de um projeto. E isso é exaustivamente debatido na introdução do livro Fazendo um projeto dar certo:




Já tenho ideias para mais algumas dezenas de posts, inclusive para o nosso ducentésimo post. Além, claro, das constantes sugestões de posts recebidas de amigos e leitores. Então, vamos seguindo com o blog:








Muito obrigado pelo apoio e pela companhia.







Valeeeeeeeu!



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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Como escrevo um post? [POST 100]







Quase dois anos depois, persistindo na meta de um post inédito por semana, chegamos aos 100 posts no Blog Fazendo um projeto dar certo! E foi assim que tudo começou:




Curiosidade à parte, o processo que eu vou descrever a seguir pode lhe ser útil algum dia para algum problema que você tenha que resolver.




Apelo sem apelação


Como já vimos, o blog é sobre Gerenciamento de Projetos e sobre Desenvolvimento de Sistemas. Ele objetiva divulgar o nosso livro Fazendo um projeto dar certo. Depois, mais dois livros se juntaram à missão: Miragens e O excremento da flor do desejo pela coisa. E acaba que o blog serve para divulgar o meu trabalho como escritor.


O item principal para a escolha de um tema é eu gostar do assunto. Obviamente, mantendo alguma relação com o que falamos no parágrafo anterior. Em nenhum momento vamos subir um post apelativo meramente em busca de audiência. Apenas cuidamos na escolha dos temas e na geração dos conteúdos para que tenha apelo pelo menos na mente de alguém.







1. Insight [3 minutos]


É aquele estalo: eita rapaz, isso aqui dá um bom post!


É viciante!


Pode ser uma notícia, uma foto, um vídeo, um comercial, temas de comportamento e, obviamente, discussões sobre gerenciamento de projetos, desenvolvimento de sistemas, gestão de pessoas e livros.


Eu já tenho uma lista com uma dúzia de sugestões de potenciais posts futuros.


(Obviamente, o lançamento dO Excremento vai ser tema de vários posts por aqui.)


Vez ou outra arriscamos uma produção conjunta entre esse blog e o nosso blog de músicas:




E a interação atinge o seu nível máximo quando a audiência sugere um post. Demais!


A poesia prossegue
E segue junto o dilema
Ainda persiste a dúvida
Na escolha do tema
Favor alguém sugira
E acabe com o problema.
[Trecho de A poesia do nada, do Livro Miragens]


E aí? Quer sugerir um post?




2. Pesquisa [30 minutos]


É a hora de aprofundar o conhecimento e coletar mais material para a produção do post. A opinião do blog é toda minha. Já os dados, quer sejam meus ou não, precisam estar sempre corretos e válidos para garantir a confiabilidade do blog.




3. Escrita no caderno [15 minutos]


Hora de meter a mão na massa. Tudo o que eu preciso é de um caderno (papel), e duas canetas (azul e vermelha).


(Sugestão de presente pra mim: cadernos e canetas. :P)


No caderno, eu organizo todos os tópicos a serem desenvolvidos no texto. Com liberdade total para riscar e rabiscar, para fazer livres associações, traços, setas...


No caderno, eu estou longe do computador onde já passo horas e horas todos os dias a trabalho.


Não fico com tendinite e exercito outros músculos e outras áreas do cérebro. Também não preciso de bateria nem nada. No avião então, o caderno é muito prático.











4. Escrita no computador [60 minutos]


É a hora da coesão. De transformar todos os tópicos e pensamentos prévios em um texto estruturado, ritmado e de agradável leitura.


Eu uso um arquivo padrão no LibreOffice onde eu já tenho todas as formatações necessárias e reusadas entre os diversos posts. (A minha “ABNT”.) Isso dá uma padronização visual importante ao conteúdo do blog e me dá muita produtividade na hora de escrever o post.


Um dicionário por perto também me ajuda muito.




5. Produção [10 minutos]


Agora é só passar o conteúdo do LibreOffice para o Blogger: copiar o texto, criar os links, tags, inserir as propagandas das nossas redes sociais e todo o conteúdo multimídia (imagens, áudios e vídeos). Um trabalhinho a mais é acertar o melhor dimensionamento das imagens. Habemus post!




6. Pesquisa final de multimídia [5 minutos]


Uma pesquisa extra em busca de mais algum conteúdo multimídia que possa enriquecer o post. Geralmente, são mais imagens para as ideias abordadas. Sempre mirando no pessoal que é mais visual ou auditivo.




7. Revisão [10 minutos]


Essa é uma parte importantíssima em qualquer processo. Nesse momento, eu leio a prévia do post, como se fosse um leitor do blog. É a hora do acerto final para algum erro ortográfico ou para a melhor formatação do conteúdo.




8. Publicação [20 minutos]


A meta é um post por semana. Para que isso seja possível sem imprevistos, eu sempre deixo um ou dois posts preparados com antecedência ao lançamento.


Para facilitar a vida dos seguidores do blog (e a minha), eu fixei os dias da semana em que as publicações sobem. Atualmente, está assim:


  • Fazendo um projeto dar certo sobe nas quintas-feiras;
  • Bora ouvir uma sobe nas quartas-feiras;


Mas é tudo manual! Não tem nada programado automaticamente e previamente agendado porque eu acho que isso tira totalmente o sentido do meu trabalho de blogueiro.


A publicação no Blogger demanda apenas um clique. E de lá, o post já aparece automaticamente no Google Plus.


Para o Twitter, eu seleciono algumas frases de impacto do texto e as lanço como tuítes. Às vezes, essas frases até aparecem em cores destacadas aqui no texto. Usei bastante esse recurso no meu novo livro O excremento da flor do desejo pela coisa.


Para o Facebook, eu tento resumir o post em três linhas convidativas e uma imagem matadora. Com o tempo, eu aprendi que a imagem na postagem do Facebook é FUNDAMENTAL!


(No final de todo post, temos os links para as nossas páginas nas redes sociais.)


Ainda no Facebook, eu programo a publicidade do post. A minha meta é que cada post seja visto por pelo menos 1000 pessoas no Facebook, para valer o esforço despendido e atingir o objetivo de divulgar o meu trabalho.


Dependendo do post, eu ainda faço uma divulgação mais pessoal e personalizada por e-mail ou Whatsapp para alguns amigos.




9. Acompanhamento da Audiência [120 minutos]


Chegou a hora mais gostosa da brincadeira. A hora de conhecer pessoas (e seus lugares), interagir e ver as reações que o post vai despertando. É o meu prêmio!




Cada curtida, comentário, compartilhamento ou resposta é uma injeção de ânimo para continuar escrevendo. :P


Saudações!



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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

14 dicas para boas reuniões









Eita que o blog está voltando de férias. Antes de mais nada: feeeeeeeeliz 2017 pra todos nós!


A volta das férias normalmente traz junto uma preguiça monstruosa. Mas... Quem nunca?


Tem gente que acha que o ano só começa depois do Carnaval. :P


Então, vamos começar bem de leve, “só” lendo um pouco do nosso livro Fazendo um projeto dar certo. Mais precisamente, de uma das partes mais nobres do livro, com várias dicas para melhorar os resultados das nossas reuniões. Com um post de título bem apelativo para ajudar o Google a nos encontrar... :P


E fica esperto(a): os nossos posts inéditos agora serão publicados nas quartas-feiras! Também manteremos a prática iniciada no ano passado de requentar um post antigo através das nossas redes sociais nos finais de semana. É só vir junto!



    41. O projeto tem reuniões muito improdutivas.
Breve descrição
As reuniões do projeto trazem poucos resultados.
Estamos vendo o problema acontecer
As reuniões do projeto normalmente não começam na hora. É difícil reunir todos os envolvidos. Alguém sempre fica preso a alguma atividade ou não se concentra no horário correto da reunião e acaba atrasando a agenda de todos. Pode ser por sobrecarga de atividades: é preciso concluir uma atividade específica antes da reunião. Pode ser por desleixo mesmo: a pessoa não tem o hábito de cumprir horários. Os pontuais acabam ficando impacientes e estressados. Quando não, também criam o hábito de chegar atrasado às reuniões, pois já sabem que, na prática, elas raramente começam no horário. É mais prático utilizar esses 15 minutos iniciais para fazer outras atividades. E, agindo assim, todos estabelecem um vício na equipe que não consegue iniciar suas reuniões nos horários planejados.
E reunião que começa atrasada tem tudo para terminar depois do planejado. As reuniões costumam se alongar por horas. A equipe perde o foco nas reuniões e um tempo precioso é desperdiçado. Existem pessoas com déficit de atenção ou hiperativas. Para elas, é difícil se concentrar muito tempo no mesmo assunto. São feitas perguntas básicas que alongam ainda mais a reunião.
Propõe-se uma pauta que é preterida por outros assuntos. Quando são outros assuntos do projeto, esse problema não é tão grave. Mas quando entram assuntos da empresa, de recursos humanos, economia, política, religião, tecnologia, esportes, filmes, seriados, novelas... aí a coisa desanda de vez.
As pessoas fazem atividades afins durante a reunião. Estão com seus aparelhos eletrônicos ligados e sua presença na reunião é meramente física. A qualquer momento, elas podem “sair” da reunião. Podem até estar fazendo atividades ligadas ao projeto, pois acham que não dá tempo parar por uns minutos que duram a reunião. Entram na Internet para pesquisar um tema discutido em um momento anterior da reunião. Ou pior, estão checando e-mails pessoais, se comunicando com pessoas alheias à reunião, verificando suas redes sociais.
As pessoas não têm certeza se deveriam estar na reunião. Vão pela força do hábito, para não perder informações ou para se ocupar mesmo. São carentes e não podem ver vários colegas de projeto saindo para uma reunião e ficar de fora. E o organizador da reunião não veta a participação delas. Aceita para não criar desavenças no projeto.
As pessoas têm certeza de que não deveriam estar na reunião. Os assuntos tratados não são do seu interesse, elas não podem contribuir por não serem conhecedoras dos temas, muito menos tomar decisões. Elas entendem que estão perdendo o seu tempo e ficam aborrecidas por estarem sendo convidadas constantemente para esse tipo de reunião.
O tempo acaba e é preciso marcar a continuação da reunião. E o sintoma mais grave de todos: não se decide nada na reunião. No máximo, quando será a próxima reunião.
Fazendo um projeto dar certo
Para um projeto dar certo, é imprescindível que haja boas reuniões. Momentos nos quais os problemas do projeto possam ser expostos, discutidos e soluções coletivas possam ser elaboradas e encaminhadas.
Para se fazer boas reuniões, algumas dicas podem ser úteis:
  1. Tentar seguir os horários planejados e acordados com os envolvidos – dessa forma todos podem se agendar apropriadamente;
  2. Ter um local apropriado e confortável para a reunião – pode ser a sala de reuniões perfeita, uma mesa na praça de alimentação do shopping ou a sombra de uma mangueira, mas todos devem estar confortáveis e entendendo que boas decisões podem sair daquele ambiente;
  3. Ter uma pauta – não existe boa reunião sem pauta. Ela é o planejamento principal da reunião. Indica quem deverá ser convocado e quais os recursos necessários;
  4. Ter os recursos necessários para a reunião – precisamos de um quadro branco para desenhar nossas ideias? Precisamos de um projetor para exibir algum material de apoio? Precisamos de uma conexão com a Internet? Precisamos de caneta e papel somente?
  5. Envolver as pessoas corretas – todas (e somente) as pessoas que precisam estar na reunião, seja para fornecer informações, recebê-las, serem demandadas e/ou tomar decisões;
  6. Convidar as pessoas com a antecedência necessária – a fim de que elas possam se planejar e, eventualmente, até reagendar outros eventos;
  7. Divulgação prévia da pauta e, se possível, do material de apoio – a fim de que os participantes cheguem preparados à reunião;
  8. Tentar não exceder 1 hora em reuniões de acompanhamento ou gerenciais – embora esse tempo possa ser um pouco maior em reuniões técnicas. Nesses casos, é necessário planejar e utilizar intervalos para as pessoas descansarem, caminharem, utilizarem o banheiro e manterem conversas paralelas;
  9. Café, chá, água, chocolates e petiscos – são úteis para manter as pessoas na sala, acordadas e participando da reunião. Também funcionam como recompensa pela participação e estimulam a assiduidade às reuniões;
  10. Tentar não perder o foco da reunião – seguir a pauta. Se for o caso, novas reuniões podem ser agendadas para discutir as novas pautas;
  11. Utilização de recursos audiovisuais – torna a reunião mais interessante e facilita o fluxo de informações e ideias;
  12. Registrar em ata os fatos mais importantes – é útil guardar a memória da reunião caso discussões sejam retomadas no futuro e também para compartilhar com os colegas ausentes. Isto pressupõe a escolha do relator da reunião – o responsável oficial pela confecção da ata;
  13. Derivar itens de ação – com textos bem explicativos, pessoas responsáveis por executá-los e prazos propostos para tal;
  14. Permitir que todos exponham suas ideias – para que todos se sintam úteis e participando do projeto;
Quando não há condições para a equipe tomar determinadas decisões, podem ser derivadas reuniões mais reservadas para continuar a conversa, possivelmente com mais insumos que no momento.
Nas reuniões gerenciais, quando estão sendo iniciadas discussões eminentemente técnicas e alongadas, podem ser derivadas reuniões de viés mais técnico com os envolvidos diretamente na resolução de um problema.
E aos atrasadinhos por hábito, só resta “enganar” o relógio. Se você costuma chegar 10 ou 15 minutos atrasado nas reuniões, experimente se programar para as reuniões como se elas começassem 10 ou 15 minutos mais cedo e, provavelmente, você será elogiado por sua pontualidade.




E aí? Tá gostando do livro? Então, cola lá no nosso site para ler a amostra do livro:



SE QUISER LER MAIS UMA COISINHA


Um abraço.


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