quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Sobre o processo de escrever

O processo de escrever algo novo só acontece com inspiração e criatividade. Falando em criatividade, ganhei um excelente livro das “novatas”, que fala de forma aberta e profunda sobre o tema. O livro fala sobre como uns caras evoluíram a computação gráfica para viabilizar a produção de filmes longos e sobre como a Pixar foi criativamente desenvolvida, fazendo tantos filmes que nos encantam:








O processo de escrever algo novo só acontece com domínio da língua. Assim ensina o Mestre José Carlos de Azeredo em sua excelente Gramática Houaiss. Azeredo utiliza Matemática para ensinar Português. Sério! Ele explica logicamente como a gramática funciona desde os seus fundamentos mais básicos. Depois que você entende isso, o resto vem fácil e naturalmente. É genial! Digno de um Mestre. E, convenhamos, bem tentador para caras da Matemática como eu:






A língua é uma convenção da sociedade para viabilizar a troca de conhecimento. Dominando as normas padronizadas de escrita e conhecendo um vocabulário amplo, você terá mais chances de ser entendido nos seus escritos. E a dica básica é que mais leitura implica em mais vocabulário e, consequentemente, em mais escrita.

No caminho para o trabalho, passo por uma escola de redação. Em destaque, um grande anúncio publicitário: “parabéns aos nossos 59 alunos que obtiveram nota máxima na redação do concurso”. Fiquei pensando: isso é o processo de escrever elevado ao extremo.

Eles identificam as normas de correção da banca, estudam a norma culta, técnicas de escrita e praticam bastante (quase um treinamento a la Bernardinho) em busca da perfeição. Buscando ter o máximo de domínio sobre o processo para conseguir a nota máxima no concurso.

Falando especificamente de Fazendo um projeto dar certo, foi criado um processo próprio para escrever o livro. A figura abaixo tenta ilustrar esse processo:







"O livro contém [esta] introdução cujo objetivo é apresentá-lo e facilitar a leitura do mesmo. Complementarmente, há uma série de temas (representados em capítulos). Cada tema possui uma introdução própria além de um grupo de problemas relacionados. Esses temas não são autocontidos. Eles podem se relacionar através de alguns problemas. Cada problema, por sua vez, é descrito de acordo com a seguinte estrutura:

  • Breve descrição;
  • Estamos vendo o problema acontecer – os sintomas;
  • Fazendo um projeto dar certo – algumas possíveis soluções para o problema.
A mecânica do livro se assemelha a um grande mapa de riscos do projeto. Primeiro, a definição do risco (Breve descrição). Em 'Estamos vendo o problema acontecer' temos os sintomas que nos mostram os efeitos gerados pelos problemas, e, principalmente, as causas geradoras dos problemas. No fechamento, 'Fazendo um projeto dar certo' propõe algumas estratégias de resposta para aquele risco. Lembrando que a melhor solução prioriza sempre a causa do problema – 'cortar o mal pela raiz'.
As introduções apresentam algumas premissas que podem facilitar o entendimento das discussões."



Essa metodologia facilitou bastante a produção de todo o conteúdo do livro – o encadeamento de temas e ideias. Cada um dos 73 problemas analisados foi uma pequena etapa concluída do projeto (do livro) inteiro.

Ainda sobre o processo de escrita deste livro específico, poderia citar que o meu expediente só iniciava depois que a Isabela pegava no sono e isso, às vezes, era muito tarde. E aí era preciso encontrar uma última energia para trabalhar. Bateria quase em zero. ;)

Até ficava preocupado com a qualidade do que eu estava escrevendo com a bateria já descarregada. Por isso, a revisão dos textos era sempre em um momento futuro e com bateria cheia!

Por último, eu sempre optava no checkin pela fileira C (corredor). Era uma estratégia para ficar com o braço direito bem livre e ter mais flexibilidade para escrever durante os voos.

E, você, tem alguma dica que facilita o processo de escrever?

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