quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Projeto das Olimpíadas da AED






Depois das moedinhas, continuamos falando de Olimpíadas para já irmos entrando no clima todo.


Como a minha mãe sempre lembra, eu adorava reinventar os jogos e brincadeiras. Fosse uma brincadeira clássica ou um joguinho da Estrela, o que me excitava mesmo era sair reinventando as regras e inventando novas brincadeiras, se possível, com muitos cálculos envolvidos.


Acho que foi daí que o meu exame vocacional me indicou Desenvolvimento de Sistemas. E foi assim que eu fui parar no curso de Ciências da Computação da Universidade Estadual do Ceará e depois virei Analista de Sistemas na Dataprev.


Para interagir mais com os colegas, virei diretor da Associação de Empregados da Dataprev (AED). Inicialmente, na divulgação e, depois, nos esportes.


Um dia eu tive um insight de reviver as minhas brincadeiras de infância, dessa vez envolvendo dezenas de pessoas reais.


Passar um dia em um clube da cidade, divididos em equipes, competindo em diversas modalidades esportivas. Nasciam ali as Olimpíadas da AED!


Eu só precisava agora encontrar um clube ideal e alguns malucos que me ajudassem a tirar o projeto do papel. (Não necessariamente nessa ordem.)


Encontramos um clubinho simpático com campinho, quadra, piscina, pingue pongue, sinuca e algumas áreas de sombra, bem na Praia do Futuro.


Hora de botar o projeto na rua. Soltamos uma enquete para levantar o interesse na participação em cada modalidade.


Depois, dados tabulados, rodamos um superalgoritmo para dividir os times de forma completa e equilibrada. (Eu era tão “justo” nessa divisão que sempre acabava penalizando o meu próprio time.)


Adicionamos alguns esportes “sedentários” e também “femininos” para tornar o evento mais inclusivo. Claro que a logística também era um ponto importantíssimo (roupas, bolas, redes, juízes, dominós, videogames...).


Chegamos a disputar: futebol, vôlei, natação, corrida, pingue pongue, sinuca, xadrez, dominó, queimada, videogame, baralho e porrinha.


O regulamento dos jogos era uma história à parte. Fizemos um documento com várias páginas para botar ordem na bagunça, mas sempre com muito bom humor para mobilizar os atletas aos jogos. Ao contrário do COI, valorizávamos mais os esportes coletivos nas nossas pontuações.


O quadro de pontuação era uma atração à parte e garantia a sinergia necessária ao conceito de jogos olímpicos. O nosso regulamento também possibilitou viradas emocionantes em alguns anos.







Aqui, agradeço ao Rodrigo, ao André, ao Marcelo Mitchel, à Cristina e à Emília que me ajudaram muito com esse projeto “maluco”. Depois, o Alden assumiu a organização do evento com muita competência e foi só nesse momento (quando eu saí da organização) que o meu time conseguiu vencer as Olimpíadas pela primeira vez, me livrando de muito bullying e pressão.


No vídeo a seguir, você vai ver eu me afogando na piscina depois de jogar futebol e vôlei. E foram quase 3 anos de bullying por causa dessa nadada. :P






Mas eu também posso tirar onde porque eu bloqueei o gigante Délio de 2 metros. Bola no chão! :P













(Se alguém quiser retirar a sua foto, é só entrar em contato.)


Olimpíadas da AED - um dia inteiro no clube (na praia) com: café da manhã (frutas e sucos), esportes, jogos, família, amigos, colegas de trabalho, diversão, competição, cálculos, banho e churrasco.


Mesmo eu tendo saído da diretoria da AED, o projeto segue vivo. Já tivemos 8 edições das Olimpíadas e a organização agora está com o Alexandre. Também chegamos a ter o evento em outro estado. Uma grande satisfação para mim!




Férias

É meus amigos e minhas amigas, o blog vai entrar de férias. Estamos planejando uma grande viagem pelas praias e pelo sertão do Nordeste. Uma prévia está no nosso outro blog:




Quem sabe a gente não volta aqui depois contando essa história?
Se você ficar com saudades, pode curtir alguns dos nossos 94 posts já publicados.
Um abraço!



Post Scriptum
Brincadeira como o pessoal gosta de dinheiro, hein? :P

O post sobre o dinheiro agora é o nosso post mais lido da história! Obrigado a todos que participaram desse recorde:

> Quanto vale o dinheiro?


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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Quanto vale o dinheiro?







Alânia (esposa), Aurinete (sogra), Eugênia (irmã) e Vicente (pai) estão colecionando as moedas especiais das Olimpíadas 2016.


Eles estão angustiados porque faltam três moedas para completar a coleção. Todos sentem faltas das mesmas moedas. E eu só pensando: esse povo parece que nunca colecionou álbum de figurinhas! Sempre existem algumas figurinhas que não são impressas. São as figurinhas raras que nos forçam a continuar comprando mais e mais figurinhas, mantendo o sistema lucrativo.








(Recentemente, trouxe uma moedinha dessas do Rio e faturei uns pontos com a patroa.)


Pois não é que tem um site vendendo as moedas das olimpíadas?




Por “apenas” 13 reais você consegue comprar uma moeda de 1 real! E aí parece que eu perdi algumas aulas de matemática ou de finanças... Que doideira!


Mas ainda piora. A moeda de prata de 5 reais custa 195 reais e a moeda de ouro de 10 reais custa 1180 reais! Pode isso, Arnaldo?








Eu considero um grande erro o órgão governamental estimular a coleção de moedas. Produzir dinheiro custa muito dinheiro. E esse dinheiro sai todo dos nossos impostos. Por isso, a moeda tem que estar circulando pela economia. Dinheiro guardado é prejuízo para a nação.










Encontrei um site com tudo sobre todas as moedas de todos os tempos. É o XVídeos dos numismáticos – que é a galera que tem tesão em moedas. (E se você gosta de cultura inútil, já acumula mais essa aí!)






O que é o dinheiro?


Não é só um papel com uns números impressos? Não é só ligar a impressora e imprimir mais, como no filme O homem que copiava?












Não é tão simples assim. O papel, para ter valor como dinheiro, precisa ter lastro. Que geralmente é garantido em ouro ou outras riquezas naturais. Ou seja, quem imprime precisa ter ouro que represente aquela riqueza escrita nos papéis.








Sabia que a primeira moeda do Brasil foi o real?




E a inflação? Basicamente, é a desvalorização da moeda. A perda do poder de compra. É aquela sua notinha que não compra mais as mesmas coisas que comprava antes. Você lembra que existiam cédulas verdes de 1 real?












E o custo de vida? A gente trabalha aqui em um bairro chamado Aldeota – que é um dos mais caros de Fortaleza. Às vezes, alguém reclama do preço de alguma coisa e outra pessoa já responde: “mas sabe como é, né? Você está na Aldeota! Saindo daqui, já fica mais barato!”. Por exemplo, um espetinho aqui custa 3,50. Lá nas minhas áreas, sai por 2,50.


Uma água mineral aqui em Fortaleza custa 2 reais. Uma água equivalente custa 2 euros na Europa. É o mesmo 2! Mas a moeda muda. E isso implica mais ou menos em dizer que a água deles custa 4 vezes o valor da nossa.


Resumindo, em um lugar onde todas as coisas são mais caras, todo mundo tem mais dinheiro circulando e esse lugar é mais rico! Que doideira!


Recentemente, estive no Aeroporto do Rio de Janeiro, onde paguei 10 R$ em uma garrafa de cerveja de 275 ml pela qual normalmente pago 3,50 R$ no supermercado aqui do bairro.








A política petista de valorização do salário-mínimo fez muito bem para a economia brasileira. Assim como, salário mais alto encarece as coisas (inflação). É exatamente disso que estamos falando.






O meu tio João Batista me falou: “rapaz, São Paulo é o melhor lugar do mundo pra ganhar dinheiro. Mas logo você também gasta tudo porque todas as coisas são muito caras. Não consigo juntar nada. Trabalho muito, ganho muito e gasto muito também.”


Aquela garrafa de água mineral deve custar uns 5 reais em São Paulo.


A Hyundai, em uma atitude honesta com os seus clientes, padronizou os preços das manutenções. O serviço de alinhamento e balanceamento de pneus custa 150 reais. Pode até ser um preço justo – pra São Paulo! Aqui no Ceará é o dobro ou o triplo do que é praticado. Então, os concessionários locais estão concedendo descontos ou não verão suas máquinas trabalhando.


A nossa cachaça mais famosa é vendida aqui no supermercado por 15 reais. Um litro da malvada chega na Europa por 15 euros, como produto superchique importado do Brasil, melhor cachaça etc. Repare que é o mesmo 15. Dando um desconto aí dos custos de transporte, o resto é custo de vida.


Também existe o dinheiro “de plástico” ou eletrônico. Os cartões têm contribuído para diminuir a quantidade de moeda circulante, reduzindo também a criminalidade. Lembrando que eles cobram CPMFS (Contribuição Para Manter Funcionando o Sistema).


No último hotel que eu fiquei no Rio, havia uma plaquinha informativa na recepção, com as cotações de moedas do dia. Algo como:


  • ingleses, multipliquem os seus pounds por 4,3054993
  • europeus, multipliquem os seus euros por 3,6130
  • norte-americanos, multipliquem os seus dólares por 3,2800995
  • argentinos, multipliquem os seus pesos por 0,2155
  • para os chilenos: multipliquem os seus pesos por 0,005032


E eu fiquei pensando: rapaz, uma água no Chile deve custar 10 mil!









E a bolsa?




Na bolsa estão empresas que valem muito mais do que o seu patrimônio ou do que a sua capacidade de gerar riquezas. Há empresas de TI com 10 caras que, de repente, valem bilhões. Alguém genialmente as batizou de pontocom.


Achou petróleo, a empresa sobe. Acidente? A empresa cai. Se um político fala o que não “deve” ou dá uma topada, a empresa pode subir ou descer um bocado em um só dia. As guerras também afetam as bolsas. Quando o presidente do Bradesco foi indiciado, disseram que o banco perdeu 5 bilhões de reais em um só dia! É uma especulação do caramba! Que doideira!


Eu conheço gente que passa o dia inteiro olhando os gráficos da bolsa na tela e torcendo como em uma partida de futebol. Eu fico no limiar se isso é um vício doentio ou um lazer saudável.


Meu pai disse que as bolsas e as empresas fictícias são invenções dos americanos para roubar o nosso dinheiro.


O meu avô Antoin Pereira dizia que, quando um negócio é complicado demais, tão complicado que a gente comum tem muitas dificuldades para entender, é porque tem algum estelionatário tentando nos tapear.








Para terminar de forma histórica esse post, segue uma lista de compras de supermercado de 1994, uma das primeiras do plano real. Ela só existe graças a imensa organização do meu pai e eu a estou colocando aqui na Internet para a posteridade. É interessante ver que havia vários produtos custando menos de 1 real – a notinha verde lá de cima. Considere também que vários produtos tiveram significativas reduções nas suas quantidades ao longo dessas duas décadas, como forma de driblar a inflação.









O blog está aceitando doações em dinheiro.


Brincadeira!


Um abraço!


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