Como
dizia o Professor Araújo, só quem tem usuário é traficante e
analista de sistemas. Fato é que assim chamamos os nossos clientes –
as pessoas que usam os nossos sistemas
para ter uma vida melhor.
Quantas
pessoas utilizarão o sistema é uma pergunta primordial para
um desenho correto do sistema. Quais tecnologias serão utilizadas?
Qual a infraestrutura necessária? Qual o tamanho do banco de dados?
Quanto será investido em usabilidade e em testes? Múltiplos idiomas
na interface? Em quais dispositivos será testado? Recursos de
treinamento e aprendizado? Estratégias para diminuição dos bugs e
correção eficaz dos mesmos? Tamanho das equipes de desenvolvimento
e suporte? Enfim, quanta grana precisamos para
desenvolver e manter
um sistema que atenda bem a todos os seus
usuários.
QUANTIDADE
DE USUÁRIOS X TECNOLOGIA
|
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QUANTIDADE
DE USUÁRIOS
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DISPONIBILIDADE
|
TIPO
|
CUSTO
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Alguns
usuários
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Disponível.
De vários tipos e fornecedores.
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Genérica.
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Baixo.
|
Milhões
de usuários
|
Inexistente.
Será preciso inventá-la ou customizá-la.
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Específica.
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Alto.
|
Desenvolver
um sistema para alguns usuários nos dá um grande leque de opções
tecnológicas disponíveis a escolher. Elas são de vários tipos e
fornecedores diferentes. A equipe pode escolher a que mais de adequa
aos requisitos propostos para o sistema, considerando também a
disponibilidade de mão de obra. São tecnologias genéricas que
podem até diminuir a quantidade de código a ser produzido para
construir o sistema.
Quando
pensamos em milhões de usuários, tudo muda drasticamente. É
preciso inventar tecnologias novas que se adequem a esta realidade de
uso massivo do sistema. As próprias características do sistema
precisam ser bem adequadas a estas tecnologias para que tudo funcione
bem. Os custos são altos e envolvem uma boa dose de pesquisa
inicial.
QUANTIDADE
DE USUÁRIOS DOS GRANDES PLAYERS
|
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PLAYER
|
TOTAL
DE USUÁRIOS
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Facebook
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1,5
bilhão (1 bilhão em um mesmo dia)
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GMail
|
500
milhões
|
Instagram
|
300
milhões
|
Twitter
|
271
milhões
|
WhatsApp
|
900
milhões
|
Youtube
|
1
bilhão
|
Como
desenvolveremos um sistema também tem a ver com qual acesso teremos
a seus futuros usuários durante o seu desenvolvimento. Podemos
desenvolver um software específico e customizado para determinada
empresa – inclusive entrevistando os seus funcionários. Bem como
podemos desenvolver um software de prateleira – um software padrão
que tenta resolver problemas gerais e, dessa forma, atrair a atenção
de diversos compradores e usuários. E aqui entra o sonho de quase
todos os meus amigos de TI: desenvolver um aplicativo original e
ficar rico!
Uma
técnica que vem ganhando força no desenvolvimento de software (e no
marketing) é a utilização de personas. São criados personagens
fictícios dentro da equipe de desenvolvimento para representar os
potenciais usuários do sistema. Esse mecanismo ajuda a equipe a
compreender melhor as necessidades de utilização do sistema pelo
seu público-alvo.
O
feedback sobre a aceitação do software é dado pela quantidade de
usuários ativos, quantidade de receita gerada e, em último grau,
pelas avaliações obtidas.
No
livro Fazendo um projeto dar certo,
discutimos os problemas acarretados quando As
tecnologias a serem utilizadas no projeto estão indefinidas.
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utilizados:
Até!
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