sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Olha o bloco do boleto fake!







Hoje tem marmelada?
Tem sim, senhor!


Os nossos livros de história nos ensinam que uma das primeiras atitudes dos portugueses quando chegaram ao Brasil foi enganar os nossos índios. Os portugueses ofereciam aos índios “valiosos” espelhinhos em troca das nossas riquezas naturais. E isso perdurou por séculos com nossas riquezas sendo saqueadas e enviadas à metrópole.


Os nossos livros de história também contam que os portugueses enviavam para cumprir pena na colônia os seus piores bandidos. Era uma forma de manter a metrópole segura mandando aquela gente ruim para o mais longe possível. Contam ainda que 15000 portugueses invadiram o Rio de Janeiro e tomaram as casas dos cariocas.


E assim o Brasil se criou.


Fato corriqueiro nos livros da história mais recente, bandidos ganham um bom dinheiro fazendo falsos sequestros e organizando falsos sorteios de prêmios. Tudo de dentro da cadeia! E por telefone! Pode isso, Arnaldo?


Em outro fato bem noticiado, estelionatários enganam nossos velhinhos e fazem empréstimos indevidos em seus aposentos do INSS.


Hoje tanto estamos cobrando punições para políticos corruptos. Infelizmente, é um mal bem enraizado e em toda a sociedade.


No entanto, eu defendo uma teoria de que só existe estelionatário porque existe gente trouxa. Com todo o respeito.







A praga dos boletos falsos


Pois os canalhas agora decidiram investir em boletos falsos. São boletos muito bem elaborados, com os seus dados cadastrais reais e de empresas com quem você se relaciona. É até difícil não cair. Eu diria que é um boleto quase perfeito.


Olha só esse caso. Um boleto supostamente válido de uma das operadoras de TV a cabo lá do nosso prédio. Alguém atentou que o logo do banco desenhado não correspondia ao código bancário e bingo! Era golpe! De forma muito oportuna, fizeram questão de divulgar esse golpe lá no flanelógrafo do prédio.






Mas essa historinha toda é porque eu recebi um boleto supostamente sobre o domínio do site do livro (www.fazendoumprojetodarcerto.com.br).






A empresa é brregistro.org. Obviamente, criada para nos confundir com o órgão oficial de registros que é o registro.br.


Mas o que me alertou mesmo para a fraude foi o preço (165 R$) bem acima do que eu normalmente pago (30 R$).





Não pague o boleto da brregistro.org!


Eu sempre pago os domínios no próprio site do registro.br e utilizando cartão de crédito. Aquele boleto “inocente” estava sendo desmascarado.


De verdade, eles estavam vendendo uma suposta “hospedagem” para o site. Mas quem é louco de pagar por uma hospedagem sem nem ter se cadastrado na plataforma da empresa, nem nada? Como pagar por um produto que você não pediu?


Num rápido google, as minhas suspeitas se confirmaram: o suposto suporte da empresa não atende, dezenas de posts parecidos com esse na Internet e dezenas de “reclamações” contra a “empresa” no Reclame Aqui. (Links no final do post).


O pior de tudo é pensar em como esses canalhas têm acesso ao cadastro real de empresas sérias. Outra questão que me atormenta também é que os bancos não tomem nenhuma atitude eficaz para coibir essa prática dos boletos falsos.




Se liga aí que é hora da revisão


Então vamos pensar aqui algumas dicas despretensiosas para não cairmos na lábia desses larápios (se quiser, acrescente dicas nos comentários):


  • Tente você mesmo gerar o boleto
  • Tenha certeza de que está no site oficial da empresa
  • Leia e releia o boleto com calma
    • Várias vezes
    • Com calma mesmo
  • Nunca pague na mesma hora – faça operação-tartaruga e só pague depois. Os estelionatários tentam te ganhar pela pressa, quando você não raciocina direito
  • Pense se realmente deveria estar recebendo este boleto
    • E neste momento
  • Ligue para a empresa credora
  • Pesquise pela empresa credora na internet




Para saber mais:











Tamujunto!


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Conheça a minha obra completa em:

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Atualização de Software



Enquanto você lê este post, o software do blog está sendo atualizado no seu equipamento.


Brincadeirinha... :P


Há duas décadas, atualizar um software era uma coisa complicadíssima. Os fabricantes precisavam disponibilizar uma cópia de atualização do software em alguma mídia física (normalmente disquete ou CD) e os usuários tinham que encontrar essa tal cópia. Quem tinha determinado CD de instalação de alguns programas era o cara – o detentor do poder. Entregar a correção de um bug era caríssimo nesse sistema físico.






O avanço da banda larga pelo mundo fez com que as atualizações fossem viáveis pela Internet, dispensando a mídia física. Com Internet cada vez melhor, a indústria investiu pesado em facilidades para atualização remota de software.


E o que falar do Windows então? Algumas versões do Windows chegam a ser estressantes de tantas atualizações a fazer. Dia sim, dia não, está lá o computador baixando correções do software, normalmente de vulnerabilidades de segurança. Sem contar a instalação dessas correções que normalmente é obrigatória e penosa – dá uma canseira na gente.




No mundo do WiFi e da boa banda larga


Atualizar software hoje, no mundo do WiFi, é a coisa mais normal do mundo.


A primeira vez que o meu Moto G entrou em uma rede WiFi, ele quase teve um orgasmo. :P


Ele ficou ensandecido baixando atualizações de aplicativos. Foram atualizados mais de 20 aplicativos de uma vez. Alguns aplicativos que eu desconhecia totalmente: ué, isso existe? Serve pra quê? Depois, até acabei desinstalando alguns destes.


E, já na primeira semana de uso, ele me fez uma proposta ousada: bora atualizar a versão do Android? Sair do Android 4 (KitKat) para o Android 5 (Lollipop)?






Eu resgatei todos os meus traumas de atualizações do Windows e fiquei muito pé atrás. Depois pensei: é melhor eu mudar logo pro Android 5 agora, antes que eu me acostume com o Android 4. Dessa forma, sofrerei uma vez só para aprender. Bateria cheia, WiFi ligado e vamos que vamos!






Windows 10


E que tal atualizar a versão do Windows? Sair de Windows 8 direto para Windows 10? (Sendo que a 9 nunca existiu).


Relutei por semanas. Era arriscado demais. A Microsoft apelou para todas as estratégias de marketing possíveis:
  • Você é muito especial – ganhou uma atualização de graça
  • É só para você
  • É grátis só até não sei que dia
  • X mil pessoas já atualizaram. Só falta você!
  • Vamos fazer só o download pra você ir se animando...


E isso até deu bode porque a Microsoft foi denunciada por fazer downloads fantasmas (não autorizados) de um software de 3 GB! Pode isso, Arnaldo?




Enfim, depois que alguns colegas me confirmaram que o procedimento era seguro, eu decidi partir para o Windows 10. Tive êxito na terceira tentativa. Realmente, achei até “fácil” (ainda mais sendo o Windows). E fiquei satisfeito porque a versão 10 recuperou alguma usabilidade perdida na versão 8. Quem diria, mudar de Windows assim.








E os usuários?


Do ponto de vista dos usuários, receber logo as novidades é bom demais. Você já tem um software novo com menos bugs e mais recursos. É o nirvana das equipes ágeis: entregar logo as novidades!


Agora alguns cuidados são necessários: e se você não está precisando atualizar o software agora? E quando você precisa do equipamento e ele está travado fazendo atualizações inúteis?


Sem contar o desespero quando a versão nova chega com uma interface totalmente diferente da que você já estava acostumado! Alguns softwares até mantêm interfaces duplas durante um período de transição.


Será que o excesso de versões não foi uma das causas da derrocada do Firefox?


Vou terminar com um causo... Em 2012, o nosso sistema estava travando (por regras definidas anteriormente) o envio de alguns dados. Só que o emissor em questão era muito importante politicamente e a gente precisava lançar logo uma nova versão capaz de receber aquelas informações. A gente trabalhou duro em mudar, testar e implantar rapidamente a nova versão da aplicação – um sistema pela Internet. Liguei para dar a boa nova à nossa cliente e a reação dela foi: mas já tá disponível para todo mundo? Na cabeça dela, o cliente precisaria ter um disquete para instalar a nova versão do software na sua máquina. A gente riu demais e rimos até hoje com essa história. São causos do desenvolvimento.




Bora dar uma lida no livro?


No livro Fazendo um projeto dar certo, discutimos alguns problemas acarretados quando são liberadas muitas versões do software. Tanto as angústias dos clientes – que estão sendo bombardeados com novas versões, quanto as angústias das equipes - que estão trabalhando insanamente.


"Em uma frequência insana, são liberadas novas versões do software. Quando os usuários estão começando a se acostumar com uma versão, já deparam com uma nova. Às vezes, até com mudanças drásticas e de usabilidade. É difícil acompanhar a evolução do software.
[...]
O cliente confunde as versões de desenvolvimento, homologação e produção. Ele não sabe que aquela novidade solicitada ainda está na versão de desenvolvimento.
[...]
Para controlar e lançar tantas versões, a equipe do projeto faz um esforço enorme de gerência de configuração. Tempo e energia preciosos são subutilizados.
[...]
De nada adianta a equipe ir ao seu limite para lançar uma versão nova a cada semana, se o cliente só consegue homologar (absorver) uma versão por mês. Não adianta ficar lançando muitas versões próximas e confundindo os usuários finais – que não têm tempo de se acostumar com as novidades.
Será que essa versão nova é realmente uma versão nova? Ou é só a versão anterior com pequenas melhorias? Não vale a pena juntar várias dessas versõezinhas e entregar uma nova versão de verdade?"


Tamujunto!

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Feedback não é fodeback






Esse era um lema muito querido da nossa Professora Karoline – professora de comunicação interpessoal no MBA de Gerenciamento de Projetos:


Feedback não é fodeback!


Um feedback oportuno e de qualidade ajuda a formar uma ótima equipe. Por outro lado, a falta de feedback ou feedbacks mal elaborados (fodebacks) destroem equipes ou limitam o seu crescimento.






Não adianta deixar para depois. O bom feedback é dado no momento oportuno. Antes que o problema cresça muito ou seja esquecido. É importante encontrar um local apropriado: confortável e privativo. Também é necessário saber ouvir para captar as ponderações da outra parte.


Um feedback de qualidade melhora a equipe:
  • reconhecendo um bom desempenho
  • valorizando o talento
  • corrigindo comportamentos nocivos
  • reforçando comportamentos desejáveis







Avaliações de Desempenho


Recentemente, concluímos as entrevistas formais de avaliação de desempenho referentes a 2015. É um processo anual de feedbacks formais, obrigatórios para toda a empresa.


Essas avaliações geram rankings que são utilizados nos processos de promoção. São poucas vagas. Bem menos do que eu acharia justo.


Por conta desse processo selvagem, vários colegas vêm para as entrevistas com a faca nos dentes. O feedback fica até um pouco prejudicado.


Eu tenho minhas angústias quanto ao processo: vou ser justo? Vou avaliar corretamente? Vou conseguir montar um ranking realista? Vou conseguir passar o meu feedback? E como será recebido?


Do outro lado vejo algumas pessoas que perpassam o processo de forma muito natural. Já outras têm muita dificuldade em fazer autocrítica do seu trabalho. Tem “uns caras que se acham”. E tem aqueles que acreditam ser a última chance de promoção na vida.


Resumindo, acaba sendo um processo muito doloroso para todos.


Os feedbacks extraoficiais, dados ao longo do ano, amenizam um pouco a situação. Mais orientações a todos sobre como dar e receber feedbacks também seriam bem úteis.




Avaliação 360º


Há tempos o Thiago Ferraz me apresentava a sua metodologia de avaliação 360º para equipes. Agora, finalmente, conseguimos exercitá-la.


Trata-se de um processo extremamente simples e isso o valoriza ainda mais.


Em um simples formulário do Google, todos os membros da equipe podem avaliar todos os membros da equipe nos seguintes critérios: habilidades técnicas, trabalho em equipe, comprometimento, proatividade, experiência em processos e comunicação. Cada julgamento é realizado com a seguinte escala: ruim, regular, bom e excelente.


No final, foram gerados gráficos individuais e personalizados. Cada um pode ver a sua média em cada um dos critérios, de acordo com um julgamento coletivo dos seus pares e também pode confrontar a sua média com as médias obtidas pela equipe em conjunto.


Um gráfico de radar trazia as informações de forma bem visual e bonita. Sua linha em azul e a linha da equipe em cinza.







Estávamos diante de um rico feedback coletivo: como você, seus pares e o seu gestor avaliam o seu trabalho?


Eu, enquanto gestor da equipe e avaliador no processo oficial, tive acesso privilegiado a todos os gráficos. Foi excelente, pois me tirou um peso enorme das costas. Eu vi que quase todos os meus julgamentos tinham embasamento na visão coletiva da equipe. Poucas disparidades – que mantive por meus princípios. E usei fortemente os gráficos durante as entrevistas de feedback.




Fala que eu te escuto


E, falando de feedback, também é muito importante saber ouvi-los.







Abra a sua mente e prepare-se para ouvir o que as outras pessoas pensam sobre o seu trabalho. Isso mesmo: são as percepções das outras pessoas, de acordo com as informações que elas dispõem e segundo os seus critérios de julgamento.


É só ouvir bem e, em seguida, passar numa peneira: quais dessas críticas procedem? Com quais feedbacks eu realmente concordo? Quais são válidos? Como melhorar o meu desempenho a partir das críticas aceitas? Como não ficar doente com isso? Como não ficar puto com esse cara? :P




Bora dar uma lida no livro?


No livro Fazendo um projeto dar certo, discutimos um pouco sobre como a falta de feedbacks e de promoções pode desmotivar a equipe e possíveis soluções para isso:


Não há reconhecimento pela qualidade do trabalho nem pelos resultados alcançados. Não há mérito. As promoções são injustas e distorcem ainda mais a realidade. As pessoas que contribuem menos para o projeto são promovidas em detrimento das que realmente estão “vestindo a camisa”. Ou então as promoções não acontecem. A única promoção conhecida é receber mais trabalho.
[...]
Embora haja várias dicas aqui e vários livros sobre motivação, nada é melhor do que uma conversa aberta com as pessoas para entender como estão se sentindo e o que está acontecendo com elas.
As pessoas gostam de saber o que está acontecendo no ambiente de trabalho. Precisam entender o contexto na qual estão inseridas.”


É nóis!


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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Smartphones cada vez mais incríveis



Agora vamos revisitar o post no qual discutíamos a nossa relação com os smartphones e como esses aparelhos estão se tornando cada vez mais incríveis:








Pois agora os smartphones funcionam como PCs. O Windows 10 lançou a tecnologia Continuum através da qual o seu smartphone se transforma na CPU do seu computador. É isso mesmo: basta plugar monitor, mouse e teclado e o seu smartphone vira um PC. Pode isso, Arnaldo?




E basta assistir 20 minutos de TV que você provavelmente vai assistir ao comercial abaixo. Chegou o celular inquebrável!






No livro Fazendo um projeto dar certo, discutimos inicialmente sobre como considerar um projeto bem sucedido. Um projeto que acaba no prazo não necessariamente foi um sucesso. Esse lançamento do smartphone inquebrável nos remete exatamente a esse trecho do livro:


Agora estamos no departamento de inovação tecnológica da empresa. O projeto de um novo dispositivo tecnológico já consumiu milhões e se arrasta há 3 anos. A equipe só precisa de mais algumas semanas para entregar a grande novidade ao mercado e recuperar todo o investimento do projeto. É quando surpreendentemente o concorrente lança um novo produto similar. Nosso produto não é mais a novidade e o nosso projeto perde retorno financeiro. Mesmo estando absolutamente no prazo.”


Nos vemos por aí.


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