sexta-feira, 3 de março de 2017

Suspendendo a TV por assinatura nas férias



Nessas coincidências incríveis da vida, eu estava trabalhando nesse post e alguns amigos compartilharam esse “meme” comigo:






Nós já falamos muito de TV por assinatura aqui:




Em agosto, a gente ia sair para uma viagem de férias de 3 semanas e eu fiquei bem encucado: rapaz, vamos pagar um absurdo de TV e Internet que não usaremos? E se a gente pudesse suspender o serviço? E se a gente pudesse economizar essa grana para gastar na viagem?


(Será que só o Atlético-PR e o Coritiba podem suspender a TV por assinatura?)


Em tempo, essa viagem histórica foi narrada nesse post aqui:






1º ATO


Na véspera da viagem, liguei para a minha operadora e descobri que sim, era possível suspender o serviço por 30, 60 ou 120 dias, tal qual no meme que abriu o post.


Depois de muito empurra-empurra, de transitar entre os setores técnico e de relacionamento, da ligação cair algumas vezes, finalmente, consegui formalizar o meu pedido:


Tá tudo certo, Sr., o sinal será suspenso. O único problema é porque agora o sistema está fora do ar e eu não conseguirei realizar o procedimento. Mas eu já deixei registrado aqui e, assim que o sistema voltar, a nossa equipe técnica vai completar o procedimento.






Quando nós retornamos, “tudo como dantes no quartel de Abrantes”… O sinal estava ligado e a conta veio “cheia”.








2º ATO


Mas eu sou brasileiro e não desisto nunca. Eu sou nordestino cabra teimoso.


E, enfim, chegaram as férias de dezembro. Na véspera da partida, liguei para a minha operadora e fiz tudo de novo.


Tudo combinado, parti.


Dois dias depois, eu já estava em Várzea Alegre quando eles me ligaram. Queriam confirmar se realmente eu tinha certeza de que queria fazer aquilo. Explicaram novamente todas as regras e eu autorizei.


O meu irmão veio passar o réveillon em Fortaleza e constatou que o apartamento estava sem Internet, mas com TV.


(Isso foi até engraçado porque ele precisava mesmo era da Internet.)


Quando retornamos, foi exatamente esse o quadro encontrado. Liguei para a operadora e pedi para religar o serviço. Para o controle deles, o meu sinal estava suspenso e agora estava sendo religado.


Detalhe: pra desligar o sinal (e eu parar de mandar dinheiro pra eles), a equipe técnica precisa de 48 horas. Mas pra religar o sinal (e eu voltar a mandar dinheiro pra eles), a equipe técnica precisa de 10 minutos. É brincadeira!?


Internet e TV religadas e viva 2017!


Mais uns dias e chega a primeira conta de 2017 e adivinha só?


Hein?


De quanto foi a economia?


Chuta aí?


De ZERO! A conta veio “cheia” como sempre.






Depois de muito empurra-empurra, de transitar entre os setores técnico, de relacionamento e financeiro, da ligação cair algumas vezes, finalmente eles reconheceram o erro. E ficaram de me ligar depois.


E é claro que não ligaram. E é claro que eu desisti.


Até que, chegou a conta de fevereiro, com um crédito de aproximadamente 40% do valor da conta. Esse valor era condizente com o período em que o meu sinal ficou suspenso.


Ufa!






MORAL DA HISTÓRIA


Eu gastei umas 4 horas da minha vida para conseguir uma economia de uns 100 reais. NÃO VALEU A PENA!


E olha que eu considero o atendimento da minha operadora muito bom. Imagina se fosse uma operadora acolá dos céus!


Além disso, a minha esposa ficou me enchendo o tempo todo: que eu era sovina; que não valia a pena; que era bobagem; que era perda de tempo; que a gente ia voltar e estar sem Internet; que a nossa filha ia reclamar… Blá, blá, blá…


Pior ainda será na remota hipótese de ela ler esse post:








E O OUTRO LADO?


É óbvio que não interessa para as operadoras esse corte de receita. Se o processo funcionar bem, eles podem perder até 8% da receita anual. Já pensou? Um 13º só que ao contrário – pra menos!


Sem contar a sobrecarga de atendimento. Eles precisariam de equipes praticamente só para prestar esse tipo de atendimento: suspende/retorna. Imagina quantos funcionários eu não mobilizei do lado de lá nessa confusão toda.


Se não for um processo mais automatizado, não vale a pena nem para os usuários nem para as operadoras.


Pessoalmente, acho que o mais justo seria um desconto: dividir o “prejuízo” entre operadora e cliente. “Olha, esse mês eu não vou usar, baixa o meu pacote, a minha velocidade, me cobra só uma tarifa básica e mês que vem retomamos.”


Mas também não podemos desconsiderar o maldito lucro Brasil em que nossas empresas, para serem consideradas lucrativas, precisam dar lucros muito, mas muito, mas muito mesmo, maiores que as empresas dos outros países.


É óbvio que eles vão fazer o possível (ou não fazer, nesse caso) para que essa perda de receita não chegue nem próximo de 0,008%. E esse valor voltará com juros e correções nas contas ativas.


Um grande abraço.



Ei, psiu, se liga…
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