Nessas
coincidências incríveis da vida, eu estava trabalhando nesse post e
alguns amigos compartilharam esse “meme” comigo:
Nós
já falamos muito de TV por assinatura aqui:
Em
agosto, a gente ia sair para uma viagem de férias de 3 semanas e eu
fiquei bem encucado: rapaz, vamos pagar
um absurdo de TV e Internet que não usaremos? E se a gente pudesse
suspender o serviço? E se a gente
pudesse economizar essa grana para gastar na viagem?
(Será
que só o Atlético-PR e o Coritiba podem suspender a TV por
assinatura?)
Em
tempo, essa viagem histórica foi narrada nesse post aqui:
1º
ATO
Na véspera da viagem, liguei para a minha operadora e descobri que sim, era possível suspender o serviço por 30, 60 ou 120 dias, tal qual no meme que abriu o post.
Depois
de muito empurra-empurra, de transitar entre os setores técnico e de
relacionamento, da ligação cair algumas vezes, finalmente, consegui
formalizar o meu pedido:
– Tá
tudo certo, Sr., o sinal será suspenso. O único problema é porque
agora o sistema está fora do ar e eu não conseguirei realizar o
procedimento. Mas eu já deixei registrado aqui e, assim que o
sistema voltar, a nossa equipe técnica vai completar o procedimento.
Quando
nós retornamos, “tudo como dantes no
quartel de Abrantes”… O sinal estava
ligado e a conta veio “cheia”.
2º
ATO
Mas eu sou brasileiro e não desisto nunca. Eu sou nordestino cabra teimoso.
E,
enfim, chegaram as férias de dezembro.
Na véspera da partida, liguei para a
minha operadora e fiz tudo de novo.
Tudo
combinado, parti.
Dois
dias depois, eu já estava em Várzea Alegre quando eles me ligaram.
Queriam confirmar se realmente eu tinha certeza de que queria fazer
aquilo. Explicaram novamente todas as regras e eu autorizei.
O
meu irmão veio passar o réveillon em
Fortaleza e constatou que o apartamento
estava sem Internet,
mas com TV.
(Isso
foi até engraçado porque ele precisava mesmo era da Internet.)
Quando
retornamos, foi exatamente esse o quadro encontrado. Liguei para a
operadora e pedi para religar o serviço. Para
o controle deles, o meu sinal estava suspenso
e agora estava sendo religado.
Detalhe:
pra desligar o sinal (e eu parar de mandar dinheiro pra eles), a
equipe técnica precisa de 48 horas.
Mas pra religar o sinal (e eu voltar a mandar dinheiro pra eles), a
equipe técnica precisa de 10
minutos. É brincadeira!?
Internet
e TV religadas e viva 2017!
Mais
uns dias e chega a primeira conta de 2017 e adivinha só?
Hein?
De
quanto foi a economia?
Chuta
aí?
De
ZERO! A conta veio “cheia” como sempre.
Depois
de muito empurra-empurra, de transitar entre os setores técnico, de
relacionamento e financeiro,
da ligação cair algumas vezes, finalmente eles
reconheceram o erro. E ficaram de me ligar depois.
E
é claro que não ligaram. E é claro
que eu desisti.
Até
que, chegou a conta de fevereiro, com um
crédito
de aproximadamente 40% do valor da conta.
Esse valor era condizente com o período em
que o meu sinal ficou suspenso.
Ufa!
MORAL
DA HISTÓRIA
Eu gastei umas 4 horas da minha vida para conseguir uma economia de uns 100 reais. NÃO VALEU A PENA!
E
olha que eu considero o atendimento da minha operadora muito bom.
Imagina se fosse uma operadora acolá dos
céus!
Além
disso, a minha esposa ficou me enchendo o tempo todo: que eu era
sovina; que não valia a pena; que era bobagem; que
era perda de tempo; que a gente ia
voltar e estar sem Internet; que a nossa filha ia reclamar… Blá,
blá, blá…
Pior
ainda será na remota hipótese de ela ler esse post:
E
O OUTRO LADO?
É
óbvio que não interessa para as
operadoras esse corte de receita. Se
o processo funcionar bem, eles podem perder até 8% da receita anual.
Já pensou? Um 13º só que ao contrário
– pra menos!
Sem
contar a sobrecarga de
atendimento. Eles precisariam
de equipes praticamente só para prestar esse tipo de atendimento:
suspende/retorna. Imagina quantos funcionários eu não mobilizei do
lado de lá nessa confusão toda.
Se
não for um processo mais automatizado, não vale a pena nem para os
usuários nem para as operadoras.
Pessoalmente,
acho que o mais justo seria um desconto:
dividir o “prejuízo” entre
operadora e cliente. “Olha, esse mês
eu não vou usar, baixa o
meu pacote, a minha velocidade, me cobra só uma tarifa básica e mês
que vem retomamos.”
Mas
também não podemos desconsiderar o maldito lucro Brasil em que
nossas empresas, para serem consideradas lucrativas, precisam dar
lucros muito, mas muito, mas muito mesmo, maiores que as empresas
dos outros países.
É
óbvio que eles vão fazer o possível (ou não fazer, nesse
caso) para que essa perda de receita não chegue nem próximo de
0,008%. E esse valor voltará com juros
e correções nas contas ativas.
Um
grande abraço.
Ei, psiu, se liga…
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