O
dia em que a bateria do meu carro pifou era um sábado e eu estava na
padaria. O carinha do seguro veio me acudir e, no outro dia, outro
carinha foi lá em casa trocar a bateria por uma nova.
Mas
essa história está muito sem graça e não dá um post. Então,
vamos tentar de novo…
O
dia em que a bateria do meu carro pifou
Da
segunda vez que a bateria do meu carro pifou era uma
quarta-feira. Eu
já tinha trabalhado até as 20 horas, pagando horas do Carnaval. Eu
já tinha resolvido vários problemas naquele dia de trabalho e só
queria mesmo era
chegar
em casa.
Quando
eu dei na chave no BirombaCar, só escutei aquela tosse de “cachorro
gripado”. Lá do início do post, eu já reconhecia aquele
barulho/comportamento do carro. De
lá também, o meu amigo trocador de baterias só trabalhava até as
20 horas!
Só
me restou mesmo sussurrar aquele velho e bom puta-que-pariu!
Saí
em busca do Zé para avisá-lo que o BirombaCar estava fora de
combate e dormiria ali mesmo.
E
é só aqui que a história começa a ficar digna de um post:
– E
como é que você vai pra casa?
– Rapaz,
tava pensando em pegar um Uber ali mesmo e #partiu!
– Olha,
tem esse carro aqui que a gente usa pra resolver as broncas do
estacionamento. Se você quiser ir nele…
Eu
levei um tempo até processar a ideia. O Zé estava me oferecendo a
possibilidade de ir para casa em uma Fiorino. Passados o susto e um
pouco do medo, eu resolvi topar! Eu já atingi uma certa
idade/condição financeira que me permite arriscar em alguns
momentos. Valeria a aventura e, quem sabe, um post. Ir de táxi seria
muito monótono/previsível.
O
desafio agora era dirigir uma picape pela primeira vez e voltar a
usar embreagem e marchas depois de 3 anos. Que doideira!
CARACTERÍSTICA\CARRO
|
CARRO
NUTELLA
|
CARRO
RAIZ
|
HYUNDAI
HB20
|
FIAT
FIORINO
|
|
Ano
|
2013
|
2008
|
Quilometragem
|
38
mil
|
162
mil
|
Documento
|
Sim
|
Sim
|
Câmbio
|
Automático
|
Manual
|
Ar
Condicionado
|
Sim
|
Sim
|
Direção
|
Elétrica
|
Faça
força e tenha fé que uma hora vira
(e
com folga)
|
Espelho
do Meio
|
Sim
|
Não
|
Rodas
|
5,
de liga leve
|
5,
de macho
|
Portas
|
5
|
2
|
Trava
Elétrica
|
Sim
|
É
o quê?
|
Som
com Bluetooth?
|
Sim
|
Bluquê?
|
Design
|
Lindo
|
Funcional
|
Eu
sentia na pele a diferença de dirigir um carro com alta tecnologia
coreana e cheio de recursos de assistência à direção. A partir
desse dia, passei a ter
mais compreensão com os meus colegas motoristas que têm carros mais
“duros”.
Eu
fui para casa bem pianinho e pelo caminho mais fácil. Eu tinha a
obrigação de chegar em casa seguro, inteiro e com o carro
emprestado igualmente inteiro.
Ah!,
se a minha mãe soubesse que eu peguei um carro emprestado… Olha a
bronca que ela me deu quando eu peguei uma fita K7 emprestada:
Com
muita adrenalina, deu tudo certo. O carro estava seguro na garagem.
De
manhã, caía a maior chuva do ano em Fortaleza. Duvida?
Hora
de voltar, agendei a troca da bateria e vamos que vamos!
Senti
um grande alívio quando eu estacionei a picape no seu destino final,
mas esse alívio nem se compara ao que eu senti no momento em que eu
devolvi a chave do carro ao Zé.
O
meu amigo trocador de baterias já estava me esperando e, em questão
de cinco minutos, com chuva e tudo, ele testou a bateria velha, fez a
troca, testou a bateria nova e ainda passou o cartão.
Eu
tive mais chances na vida do que o Zé. Eu tive acesso a uma educação
primorosa, tempo, insumos e incentivos para me dedicar aos estudos.
Adicionando o meu esforço, consegui uma boa formação técnica, um
bom emprego e uma boa carreira. E eu jamais emprestaria o meu carro
para o Zé. E essa foi mais uma grande lição que a vida me deu.
Valeu
muito a pena ter cultivado a amizade do Zé. E, óbvio, eu
ainda paguei umas “cervejas” pra ele.
PS:
Não tente fazer isso em casa.
Até
a próxima!
Ei, psiu, se liga…
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