Vivemos
a época das selfies – que basicamente é uma foto em que o
fotógrafo aparece, seja sozinho, seja com uma galera.
Existe
todo um manual de como tirar a selfie perfeita: distância,
enquadramento, iluminação, inclinação... Também existem
artefatos para conseguir selfies melhores como o esquisito pau de
selfie.
A
foto do perfil do Facebook quase que obrigatoriamente tem que ser uma
selfie, isso revela até a sua “idade”.
Fato
é que, geralmente, a câmera pra selfies (frontal) dos aparelhos é
de baixa qualidade e resulta em fotos igualmente fracas.
A
minha campanha é por menos selfies no mundo.
Todo
mundo com uma câmera na mão, fotografando tudo, armazenando e
divulgando é fantástico! Mas, sempre que possível, “contrate”
um fotógrafo. (E já lembro que todo garçom é fotógrafo por
atribuição.)
Se
não há um fotógrafo à disposição, selfie pra que te quero! Mas
se tiver, “contrate-o” e ganharemos fotos melhores.
Essa
campanha surgiu nos últimos shows que eu fui. Eu vi pessoas se
contorcendo, brigando com o enquadramento, pra tentar registrar o seu
momento. Um grande momento e o registro não estava à altura. Quase
que instintivamente, eu as cutucava e dizia: “me
dá esse celular aí que eu vou bater a sua foto!” ou “quer
que eu te ajude com a foto?”.
Vivemos
num mundo com muita criminalidade onde alguém pedir o seu celular
quase sempre é uma coisa ruim. Vivemos num mundo de muita solidão
onde você está em um show com outros 5000 fãs do artista e ninguém
pode te ajudar a registrar o momento.
Um
mundo de muitos amigos e interações nas redes sociais e quase nada
nas redes reais.
A
gente passa o dia inteiro olhando para o celular. A
selfie é como se fosse o momento em que o celular nos olha.
E
sempre que eu falar de foto, eu vou me lembrar da minha mãe: “esse
negócio de foto em celular não vale. Foto tem que estar impressa,
em papel, pra gente guardar”. Se um dia você visitá-la, vai
entender o que eu estou dizendo.
Pois
o show acabou e a nossa rede social estava reunida. Eufóricos,
comemorando a grandiosa apresentação dos Engenheiros do Hawaii e a
magnífica noite que eles nos proporcionaram.
Nem
demos conta que o Dragão do Mar ia ser fechado e um segurança até
ameaçou a minha esposa de cárcere. Eu não deixei por menos na
trollagem: “vamos sair na paz, sem confusão, mas antes você vai
registrar esse encontro junto a essa obra de arte”.
Um
abraço de foto.
Se
quiser ler mais uma coisinha:
Ei, psiu, se liga…
Dá para ficar sabendo das novidades do blog pelas redes sociais. Sigam-me os bons!
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