Nós
sempre tentamos inovar no estilo, nos temas e nos conteúdos aqui do
blog. Em
tempos de terceirização 100% e da minha presença no Facebook, nós
vamos agora com o nosso primeiro post coletivo e colaborativo.
Eu
mandei essa aqui no Facebook:
“O
seu carro lindo e maravilhoso está bem estacionadinho na sua garagem
daí vem o imbecil do seu vizinho e bate nele. O que você faria?
(Se
der mais de 10 respostas, eu faço um post.)”
Eu
me diverti bastante com as respostas e acredito que você também vai
se divertir bastante com essa história.
Então,
mais do que nunca, atendendo a pedidos…
A
garagem lá do nosso prédio é muito apertada. Tanto que é difícil
até abrir as portas para acessar o carro. Tanto que eu sempre
repetia para a minha esposa os dois mandamentos da garagem:
1º
MANDAMENTO: Nunca entre de frente de uma vez só;
2º
MANDAMENTO: Entre a Hilux e o Siena, se for bater, bata no Siena;
Sorte
nossa que o vizinho da Hilux se mudou. :P
E
vamos
agora à parte colaborativa do post: as respostas dos internautas…
“Olha,
numa crise dessas, eu faria um
acordo e ficaria com o
dinheiro pra mim.”
Praticidade
1000, né não? E
eu só pensando em como seria constrangedor passar meses e meses
vendo aquele carro batido na garagem.
“Conversar.
Se não rolar um acordo amigável, desista.”
“Chama
a Polícia, o DETRAN, a CPRV, o Juizado, a AMC, o MIB, a CIA, o FBI,
a NASA…”
“Cobra
em dobro desse imbecil.”
Ai,
coitado!
“Faz
um post pedindo a opinião das pessoas nas redes sociais.”
Que
trollada, hein!?
“Vai
na paz, conversa e tenta recuperar as imagens nas câmeras de
segurança do condomínio.”
Bem
racional. Mas
eu tinha visto o
acidente…
“Quebra
o carro dele todinho com pau de macarrão.”
Eita!
Ainda bem que esse é de Brasília e não é o meu vizinho de
garagem. ;)
Lá
pela décima resposta, o pessoal já tava respondendo assim:
“Post!
Post! Post!”
Que
doideira, hein!?
Daí,
eu avisei:
“Vocês
irão se surpreender com o final dessa história.”
E,
finalmente, esclareci tudo:
“Senhores
e senhoras e senhoritas,
Na
terça (28), eu cheguei em casa bastante assustado por conta da
violência da selva fortalezense. Também estava muito cansado do
futebol e da gripe.
Daí
eu quis dar uma de MacGyver e entrar na garagem de uma vez. Só parei
quando senti que tinha encostado no carro do vizinho.
PUTZ!
Um
ralãozinho no para-choque.
Ele
foi bem compreensivo e o carro já está consertado.
Vida
que segue.
E
eu tô devendo um post pra vocês. Vou colocar na fila do blog e ele
deve aparecer por aqui em algumas semanas.
Valeu
pela ajuda, pelos conselhos e pela brincadeira.
Um
grande abraço.”
E
ainda houve uma réplica:
“Tu
era o imbecil??? Putz!!! Ainda bem que você é do bem e
resolveu....”
E
aí? Você também se surpreendeu com essa história? Pois terá
outra grande surpresa quando ler o final do nosso livro O
Excremento da Flor do Desejo pela Coisa.
Nessa
brincadeira, fizemos uma demonstração do poder das palavras e das
imagens. Como nos manipulam facilmente, né não?
Ninguém
desconfiou que eu poderia ter batido. NINGUÉM!
O
meu pai ainda me deu uma bronca porque as redes sociais têm um
código de ética e eu não poderia estar chamando as pessoas de
imbecis. :P
Aqui
no blog nós pregamos a paz, a tolerância, o respeito, a boa
convivência e a ética:
As
primeiras conversas com o meu vizinho foram através dos porteiros do
prédio e do WhatsApp.
Diante
de todo esse contratempo que eu causei, eu não podia exigir que ele
estivesse feliz, né?
Ele
foi muito gente boa e saiu pesquisando orçamentos em diferentes
oficinas. Até me propôs a solução mais barata pra mim: eu
compraria a tinta e ele faria o conserto na funilaria da nossa rua.
E
aí entra um pouco de utilidade no post.
Não
adianta você simplesmente chegar em uma loja de tintas automotivas
dizendo que precisa de tinta para pintar um carro cinza, prata, bege,
dourado ou mesmo preto.
As
montadoras são extremamente criativas na hora de definir suas cores
bem como os exóticos nomes que dão para elas.
E
você não quer um carro pintado com múltiplas cores “parecidas”,
ok?
Então,
ele me mandou uma foto do interior da porta do carro dele.
Eu
não entendi, mas foi com isso que me dirigi à loja. Graças a Deus,
a vendedora estava treinada para interpretar esses diversos códigos
e me vendeu a tinta correta.
Bati
na porta do apartamento dele e entreguei-lhe as tintas, o dinheiro do
funileiro e mais uma grana extra para algum contratempo, gasolina,
lavagem do carro ou mesmo para ele comer uma pizza. Por sinal, foi a
primeira vez que conversamos pessoalmente na vida.
Ele
ainda me contou que recentemente vivera essa mesmíssima história só
que interpretando o meu personagem.
É,
meu chapa e minha chapa! Todos nós estamos sujeitos a um dia ruim e
a um acidente.
E
eu só fiz essa brincadeira de post porque o carro dele já está
consertado.
Fiquem
em paz.
POST
SCRIPTUM
Eu escrevo tanto sozinho.
Foi
uma delícia fazer esse post tão interativo.
Façamos
mais!
Ei, psiu, se liga…
Dá para ficar sabendo das novidades do blog pelas redes sociais. Sigam-me os bons!
Conheça a minha obra completa em:
O desfecho foi ótimo. Na selva de pedra em que se transformam as grandes cidades e nem sequer sabemos quem mora ao lado, faz bem ter contato com as pessoas... Eu sei o nome de alguns motoristas e cobradores que sempre pego o ônibus no mesmo lugar e horário... Acho que todo mundo precisa de um pouco de atenção!
ResponderExcluirRealmente não imaginei que tinha sido você o "amarrado" (aprendi esse termo do dialeto cearense no meu período por aí...). E o birombas móvel? Não machucou? O post ficou massa!
ResponderExcluirValeu.
ExcluirMas amarrado é quem anda devagar. Eu fui barbeiro, mesmo. :P
O BirombaCar ganhou mais uma cicatriz, mais uma marca do tempo de um carro que já passa dos 3 anos, 40 mil km e já conheceu 3 estados.
Abraço.