Nesse
post, vamos tocar em algumas mazelas do país: falta
de leitura
(baixo consumo de livros); criminalidade
(alto consumo das coisas dos outros) e
obesidade
(alto consumo de calorias).
Lá
em Brasília, de
uma mente visionária e não-burocrata, nasceu
o projeto de uma geladeira de livros. Uma biblioteca pública,
ambulante e muito, mas muito mesmo, inusitada.
Nasceu
também como “descarte ecológico”
de uma geladeira velha.
E
a
arte entrou para chocar a população. É
aquela provocação básica da arte para nos tirar da nossa zona de
conforto: como assim uma geladeira aqui no meio da praça? Como assim
uma geladeira com grafite? Como assim uma geladeira com livros?
E
a boa ideia vai se espalhando. O bom projeto viraliza.
Não
demorou muito para chegar em Fortaleza. Ou,
como chama o lado alvinegro, a capital cujo estado é o Ceará.
E
deu
nisso aqui:
Assaltar
a geladeira é uma expressão popular para os momentos em que
a pessoa faz uma intervenção fora de horário (geralmente à noite)
na sua geladeira, quebrando a dieta. É aquela beliscada furtiva
quando não queremos ser pegos. Não queremos ninguém nos flagrando
em pleno boicote ao plano calórico. São “gordinhos” buscando
calorias secretas.
Não
obstante a literatura, a poesia e a criatividade popular, a
vida real nos traz ao sentido real das palavras.
Assaltaram
a geladeira de livros! #pqp
A
geladeira estava pregada ao chão. E os malucos a arrancaram. Em
público! Como fugir com uma geladeira enorme? Onde esconder o
produto do crime? O que eles achavam que teria dentro da geladeira?
Quanto eles achavam que a mesma valia?
Realmente
o povo brasileiro é algo a ser estudado.
Eu
já fiz um desabafo desesperado sobre a (não) leitura de livros:
E
aqui, falei sobre hábitos alimentares:
Fugindo
dos ladrões, eu estou de dieta e sou um ativista em prol da leitura
de livros. Adorei a geladeira de livros. Não
desistam da ideia!
E
assim termina a dedicatória do novo livro O
excremento da flor do desejo pela coisa:
"Aos
brasileiros, que possam estudar, ler livros, ter formação e
consciência políticas, e construir um país decente."
Lembrei
também de uma piada do Zé Lezin...
O
cara queria se livrar da geladeira velha, daí pensou: vou deixar lá
na calçada e alguém carrega esse trambolho, resolvendo o meu
problema. No dia seguinte, para a sua decepção, o eletrodoméstico
ainda estava lá! Daí, ele teve uma segunda ideia: confeccionou uma
plaquinha com os dizeres: “VENDO 50 R$”. Bingo! No outro dia, ele
acordou e não viu mais a geladeira. Ela valia 50 R$ e despertou o
interesse de alguém.
Bora
ler, meu povo!
SE
QUISER LER MAIS UMA COISINHA
Ei, psiu, se liga…
Dá para ficar sabendo das novidades do blog pelas redes sociais. Sigam-me os bons!
Conheça a minha obra completa em:
Nenhum comentário:
Postar um comentário