− Tem
sim, senhor!
Os
nossos livros de história nos ensinam que uma das primeiras atitudes
dos portugueses quando chegaram ao Brasil foi enganar os nossos
índios. Os portugueses ofereciam aos índios “valiosos”
espelhinhos em troca das nossas riquezas naturais. E isso perdurou
por séculos com nossas riquezas sendo saqueadas e enviadas à
metrópole.
Os
nossos livros de história também contam que os portugueses enviavam
para cumprir pena na colônia os seus piores bandidos. Era uma forma
de manter a metrópole segura mandando aquela gente ruim para o mais
longe possível. Contam ainda que 15000 portugueses invadiram o Rio
de Janeiro e tomaram as casas dos cariocas.
E
assim o Brasil se criou.
Fato
corriqueiro nos livros da história mais recente, bandidos ganham um
bom dinheiro fazendo falsos sequestros e organizando falsos sorteios
de prêmios. Tudo de dentro da
cadeia! E por telefone! Pode isso, Arnaldo?
Em
outro fato bem noticiado, estelionatários enganam nossos velhinhos e
fazem empréstimos indevidos em seus aposentos do INSS.
Hoje
tanto estamos cobrando punições para políticos corruptos.
Infelizmente, é um mal bem enraizado e em toda a sociedade.
No
entanto, eu defendo uma teoria de que só
existe estelionatário porque existe gente trouxa. Com todo o
respeito.
A
praga dos boletos falsos
Pois
os canalhas agora decidiram investir em boletos falsos. São boletos
muito bem elaborados, com os seus dados cadastrais reais e de
empresas com quem você se relaciona. É até difícil não cair. Eu
diria que é um boleto quase
perfeito.
Olha
só esse caso. Um boleto supostamente válido de uma das operadoras
de TV a cabo lá do nosso prédio. Alguém atentou que o
logo do banco desenhado não correspondia ao código bancário
e bingo! Era golpe! De forma muito oportuna, fizeram questão de
divulgar esse golpe lá no flanelógrafo do prédio.
Mas
essa historinha toda é porque eu recebi um boleto supostamente sobre
o domínio do site do livro (www.fazendoumprojetodarcerto.com.br).
A
empresa é brregistro.org. Obviamente,
criada para nos confundir com o órgão oficial de registros que é o
registro.br.
Mas
o que me alertou mesmo para a fraude foi o preço (165 R$) bem acima
do que eu normalmente pago (30 R$).
Não
pague o boleto da brregistro.org!
Eu
sempre pago os domínios no próprio site do registro.br e utilizando
cartão de crédito. Aquele boleto “inocente” estava sendo
desmascarado.
De
verdade, eles estavam vendendo uma suposta “hospedagem” para o
site. Mas quem é louco de pagar por uma hospedagem sem nem ter se
cadastrado na plataforma da empresa, nem nada? Como pagar por um
produto que você não pediu?
Num
rápido google, as minhas suspeitas se confirmaram: o suposto suporte
da empresa não atende, dezenas de posts parecidos com esse na
Internet e dezenas de “reclamações” contra a “empresa” no
Reclame Aqui. (Links no final do post).
O
pior de tudo é pensar em como esses canalhas têm acesso ao cadastro
real de empresas sérias. Outra questão que me atormenta também é
que os bancos não tomem nenhuma atitude eficaz para coibir essa
prática dos boletos falsos.
Se
liga aí que é hora da revisão
Então
vamos pensar aqui algumas dicas despretensiosas para não cairmos na
lábia desses larápios (se quiser, acrescente dicas nos
comentários):
-
Tente você mesmo gerar o boleto
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Tenha certeza de que está no site oficial da empresa
-
Leia e releia o boleto com calma
-
Várias vezes
-
Com calma mesmo
-
-
Nunca pague na mesma hora – faça operação-tartaruga e só pague depois. Os estelionatários tentam te ganhar pela pressa, quando você não raciocina direito
-
Pense se realmente deveria estar recebendo este boleto
-
E neste momento
-
-
Ligue para a empresa credora
-
Pesquise pela empresa credora na internet
Para
saber mais:
Tamujunto!
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Pois é ... Para o cidadão comum, sem conhecimento na área de informática, um golpe quase impossível de não cair. O meu questionamento é quanto à falta de interesse do poder público e instituições bancárias em acabar com a prática delituosa. Quando se paga um boleto desses, o dinheiro é enviado obrigatoriamente para uma conta corrente, que até pode ser de um laranja, mas se trata de algo perfeitamente rastreável. A própria instituição bancária, ao processar o pagamento, poderia ser responsabilizada pelo dano ao cliente. Dessa forma, rapidamente surgiria uma rotina capaz de inibir a prática. Me parece mais um flagrante caso de descaso (perdão ao trocadilho) com o dinheiro do cliente e contribuinte.
ResponderExcluirRecebi a mesma cobrança!
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