quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Feedback não é fodeback






Esse era um lema muito querido da nossa Professora Karoline – professora de comunicação interpessoal no MBA de Gerenciamento de Projetos:


Feedback não é fodeback!


Um feedback oportuno e de qualidade ajuda a formar uma ótima equipe. Por outro lado, a falta de feedback ou feedbacks mal elaborados (fodebacks) destroem equipes ou limitam o seu crescimento.






Não adianta deixar para depois. O bom feedback é dado no momento oportuno. Antes que o problema cresça muito ou seja esquecido. É importante encontrar um local apropriado: confortável e privativo. Também é necessário saber ouvir para captar as ponderações da outra parte.


Um feedback de qualidade melhora a equipe:
  • reconhecendo um bom desempenho
  • valorizando o talento
  • corrigindo comportamentos nocivos
  • reforçando comportamentos desejáveis







Avaliações de Desempenho


Recentemente, concluímos as entrevistas formais de avaliação de desempenho referentes a 2015. É um processo anual de feedbacks formais, obrigatórios para toda a empresa.


Essas avaliações geram rankings que são utilizados nos processos de promoção. São poucas vagas. Bem menos do que eu acharia justo.


Por conta desse processo selvagem, vários colegas vêm para as entrevistas com a faca nos dentes. O feedback fica até um pouco prejudicado.


Eu tenho minhas angústias quanto ao processo: vou ser justo? Vou avaliar corretamente? Vou conseguir montar um ranking realista? Vou conseguir passar o meu feedback? E como será recebido?


Do outro lado vejo algumas pessoas que perpassam o processo de forma muito natural. Já outras têm muita dificuldade em fazer autocrítica do seu trabalho. Tem “uns caras que se acham”. E tem aqueles que acreditam ser a última chance de promoção na vida.


Resumindo, acaba sendo um processo muito doloroso para todos.


Os feedbacks extraoficiais, dados ao longo do ano, amenizam um pouco a situação. Mais orientações a todos sobre como dar e receber feedbacks também seriam bem úteis.




Avaliação 360º


Há tempos o Thiago Ferraz me apresentava a sua metodologia de avaliação 360º para equipes. Agora, finalmente, conseguimos exercitá-la.


Trata-se de um processo extremamente simples e isso o valoriza ainda mais.


Em um simples formulário do Google, todos os membros da equipe podem avaliar todos os membros da equipe nos seguintes critérios: habilidades técnicas, trabalho em equipe, comprometimento, proatividade, experiência em processos e comunicação. Cada julgamento é realizado com a seguinte escala: ruim, regular, bom e excelente.


No final, foram gerados gráficos individuais e personalizados. Cada um pode ver a sua média em cada um dos critérios, de acordo com um julgamento coletivo dos seus pares e também pode confrontar a sua média com as médias obtidas pela equipe em conjunto.


Um gráfico de radar trazia as informações de forma bem visual e bonita. Sua linha em azul e a linha da equipe em cinza.







Estávamos diante de um rico feedback coletivo: como você, seus pares e o seu gestor avaliam o seu trabalho?


Eu, enquanto gestor da equipe e avaliador no processo oficial, tive acesso privilegiado a todos os gráficos. Foi excelente, pois me tirou um peso enorme das costas. Eu vi que quase todos os meus julgamentos tinham embasamento na visão coletiva da equipe. Poucas disparidades – que mantive por meus princípios. E usei fortemente os gráficos durante as entrevistas de feedback.




Fala que eu te escuto


E, falando de feedback, também é muito importante saber ouvi-los.







Abra a sua mente e prepare-se para ouvir o que as outras pessoas pensam sobre o seu trabalho. Isso mesmo: são as percepções das outras pessoas, de acordo com as informações que elas dispõem e segundo os seus critérios de julgamento.


É só ouvir bem e, em seguida, passar numa peneira: quais dessas críticas procedem? Com quais feedbacks eu realmente concordo? Quais são válidos? Como melhorar o meu desempenho a partir das críticas aceitas? Como não ficar doente com isso? Como não ficar puto com esse cara? :P




Bora dar uma lida no livro?


No livro Fazendo um projeto dar certo, discutimos um pouco sobre como a falta de feedbacks e de promoções pode desmotivar a equipe e possíveis soluções para isso:


Não há reconhecimento pela qualidade do trabalho nem pelos resultados alcançados. Não há mérito. As promoções são injustas e distorcem ainda mais a realidade. As pessoas que contribuem menos para o projeto são promovidas em detrimento das que realmente estão “vestindo a camisa”. Ou então as promoções não acontecem. A única promoção conhecida é receber mais trabalho.
[...]
Embora haja várias dicas aqui e vários livros sobre motivação, nada é melhor do que uma conversa aberta com as pessoas para entender como estão se sentindo e o que está acontecendo com elas.
As pessoas gostam de saber o que está acontecendo no ambiente de trabalho. Precisam entender o contexto na qual estão inseridas.”


É nóis!


Ei, psiu, se liga…
Dá para ficar sabendo das novidades do blog pelas redes sociais. Sigam-me os bons!


        

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