Esse
era um lema muito querido da nossa Professora Karoline – professora
de comunicação interpessoal no MBA de Gerenciamento de Projetos:
Feedback
não é fodeback!
Um
feedback oportuno e de qualidade ajuda a formar uma ótima equipe.
Por outro lado, a falta de feedback ou feedbacks mal elaborados
(fodebacks) destroem equipes ou limitam o seu crescimento.
Não
adianta deixar para depois. O bom feedback é dado no momento
oportuno. Antes que o problema cresça muito ou seja esquecido. É
importante encontrar um local apropriado: confortável e privativo.
Também é necessário saber ouvir para captar as ponderações da
outra parte.
Um
feedback de qualidade melhora a equipe:
-
reconhecendo um bom desempenho
-
valorizando o talento
-
corrigindo comportamentos nocivos
-
reforçando comportamentos desejáveis
Avaliações
de Desempenho
Recentemente,
concluímos as entrevistas formais de avaliação de desempenho
referentes a 2015. É um processo anual de feedbacks formais,
obrigatórios para toda a empresa.
Essas
avaliações geram rankings que são utilizados nos processos de
promoção. São poucas vagas. Bem menos do que eu acharia justo.
Por
conta desse processo selvagem, vários colegas vêm para as
entrevistas com a faca nos dentes. O feedback fica até um pouco
prejudicado.
Eu
tenho minhas angústias quanto ao processo: vou ser justo? Vou
avaliar corretamente? Vou conseguir montar um ranking realista? Vou
conseguir passar o meu feedback? E como será recebido?
Do
outro lado vejo algumas pessoas que perpassam o processo de forma
muito natural. Já outras têm muita dificuldade em fazer autocrítica
do seu trabalho. Tem “uns caras que se acham”. E tem aqueles que
acreditam ser a última chance de promoção na vida.
Resumindo,
acaba sendo um processo muito doloroso para todos.
Os
feedbacks extraoficiais, dados ao longo do ano, amenizam um pouco a
situação. Mais orientações a todos sobre como dar e receber
feedbacks também seriam bem úteis.
Avaliação
360º
Há
tempos o Thiago Ferraz me apresentava a sua metodologia de avaliação
360º para equipes. Agora, finalmente, conseguimos exercitá-la.
Trata-se
de um processo extremamente simples e isso o valoriza ainda mais.
Em
um simples formulário do Google, todos os
membros da equipe podem avaliar todos os membros da equipe nos
seguintes critérios: habilidades técnicas, trabalho em equipe,
comprometimento, proatividade, experiência em processos e
comunicação. Cada julgamento é realizado com a seguinte escala:
ruim, regular, bom e excelente.
No
final, foram gerados gráficos individuais e personalizados. Cada um
pode ver a sua média em cada um dos critérios, de acordo com um
julgamento coletivo dos seus pares e também pode confrontar a sua
média com as médias obtidas pela equipe em conjunto.
Um
gráfico de radar trazia as informações de forma bem visual e
bonita. Sua linha em azul e a linha da equipe em cinza.
Estávamos
diante de um rico feedback coletivo: como você,
seus pares e o seu gestor avaliam o seu trabalho?
Eu,
enquanto gestor da equipe e avaliador no processo oficial, tive
acesso privilegiado a todos os gráficos. Foi excelente, pois me
tirou um peso enorme das costas. Eu vi que quase todos os meus
julgamentos tinham embasamento na visão coletiva da equipe. Poucas
disparidades – que mantive por meus princípios. E usei fortemente
os gráficos durante as entrevistas de feedback.
Fala
que eu te escuto
E,
falando de feedback, também é muito
importante saber ouvi-los.
Abra
a sua mente e prepare-se para ouvir o que as outras pessoas pensam
sobre o seu trabalho. Isso mesmo: são as percepções das outras
pessoas, de acordo com as informações que elas dispõem e segundo
os seus critérios de julgamento.
É
só ouvir bem e, em seguida, passar numa peneira: quais dessas
críticas procedem? Com quais feedbacks eu realmente concordo? Quais
são válidos? Como melhorar o meu desempenho a partir das críticas
aceitas? Como não ficar doente com isso? Como não ficar puto com
esse cara? :P
Bora
dar uma lida no livro?
No
livro Fazendo
um projeto dar certo, discutimos um pouco sobre como a
falta de feedbacks e de promoções pode desmotivar a equipe e
possíveis soluções para isso:
”Não
há reconhecimento pela qualidade do trabalho nem pelos resultados
alcançados. Não há mérito. As promoções são injustas e
distorcem ainda mais a realidade. As pessoas que contribuem menos
para o projeto são promovidas em detrimento das que realmente estão
“vestindo a camisa”. Ou então as promoções não acontecem. A
única promoção conhecida é receber mais trabalho.
[...]
Embora
haja várias dicas aqui e vários livros sobre motivação, nada é
melhor do que uma conversa aberta com as pessoas para entender como
estão se sentindo e o que está acontecendo com elas.
As
pessoas gostam de saber o que está acontecendo no ambiente de
trabalho. Precisam entender o contexto na qual estão inseridas.”
É
nóis!
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