A
segunda parte da pesquisa buscou analisar o
sucesso do projeto considerado, de acordo com a
metodologia descrita, ou seja, cada respondente teve que avaliar o
sucesso do seu projeto em dez diferentes perspectivas, utilizando
repetidamente uma escala de 1 (fracasso
absoluto) a 10 (sucesso total). No gráfico a seguir,
vê-se a distribuição dos resultados encontrados:
Pelas
regras estabelecidas, a pontuação do sucesso poderia variar entre
10 e 100 pontos. Para efeitos desta pesquisa, foram
considerados bem sucedidos todos os projetos que atingiram uma
pontuação mínima de 70 pontos (área verde do gráfico).
No
gráfico, cada projeto foi representado por um quadrado laranja,
localizado na posição correspondente ao seu sucesso, de acordo com
as respostas fornecidas. O projeto com menor sucesso recebeu 44
pontos e o projeto mais bem sucedido cravou 97 pontos.
Pelo
corte estabelecido em 70 pontos, 13 projetos foram considerados bem
sucedidos e 6 projetos foram considerados mal sucedidos, sendo que um
destes projetos ficou no limite de 69 pontos. A pontuação média de
todos os projetos analisados foi 77,6 pontos, sendo 87,3 pontos a
média dos projetos bem sucedidos e 56,5 pontos a média dos projetos
sem sucesso.
Exatamente
uma pessoa teve dificuldade em avaliar o sucesso do seu projeto
quanto à qualidade das entregas ou à geração de conhecimento ou à
satisfação da equipe. Ainda, 3 pessoas tiveram dificuldade em
analisar o sucesso dos seus projetos quanto ao crescimento da empresa
desenvolvedora.
No
entanto, o caso mais crítico foi a análise do sucesso quanto ao
cumprimento das expectativas de custos, pois 9 pessoas tiveram
dificuldades para avaliar o projeto sob esta perspectiva. Isso
demonstra projetos que não gerenciam os seus custos, não divulgam
dados sobre a evolução dos seus custos ou, ainda, equipes que não
se preocupam com este aspecto do projeto.
Em
outro sentido, analisando o somatório de pontos por perspectiva
analisada, têm-se os resultados a seguir:
O
máximo possível era de 190 pontos, uma vez que 19 pessoas
responderam e cada perspectiva poderia ser avaliada em, no máximo,
10 pontos.
Percebe-se
que 5 perspectivas receberam mais de 80% dos pontos possíveis (152).
O destaque é para benefícios para o cliente (161 pontos). Analisada
conjuntamente com satisfação do cliente (157 pontos) e cumprimento
do escopo (157 pontos), demonstra a busca das equipes dos projetos em
atender bem aos interesses do cliente no projeto.
O
segundo lugar ficou para geração de conhecimento (160 pontos) o que
é uma constante em projetos de desenvolvimento de software, nos
quais as equipes frequentemente lidam com novas tecnologias, novos
cenários, novos clientes e novos negócios. A quinta perspectiva
onde o sucesso mais foi percebido trata da satisfação da própria
equipe por participar do projeto e concluí-lo.
Os
destaques negativos ficam por conta do sucesso em cumprimento de
prazos e custos. Os
resultados coincidentes podem ter alguma explicação em virtude do
maior ineditismo de projetos de desenvolvimento de software, maior
taxa de mudanças em projetos deste tipo, falta de métricas mais
precisas para estimativas paramétricas e menor maturidade desta
indústria com projetos.
A
situação dos custos é ainda mais negativa, uma vez que os números
foram ruins (fracasso) e houve, ainda, dificuldade para colhê-los
(conhecimento dos custos).
Concluindo
a análise do sucesso, expõe-se a distribuição de frequência das
notas apontadas:
TABELA
2:
Distribuição de frequência das notas apontadas para o sucesso
|
|
NOTA
|
TOTAL
|
1
|
7
|
2
|
3
|
3
|
4
|
4
|
6
|
5
|
12
|
6
|
11
|
7
|
16
|
8
|
38
|
9
|
46
|
10
|
47
|
TOTAL
|
190
|
Do
total possível de 190 notas (10 notas de 19 pessoas), observa-se que
somente 10% das notas elencadas foram inferiores a 5. Em
contrapartida, praticamente a metade das notas foi 9 ou 10.
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