quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Projeto das miniférias em Sampa







Muita gente me pediu esse post, então eu achei justo produzi-lo.


Primeiramente, esse é um post de gratidão. Existiu (?) uma banda de rock que fez a diferença positivamente na minha vida: o Oasis. Eles me acompanharam desde a adolescência e, mesmo nos momentos em que eu estive mais sozinho, eles sempre estiveram lá comigo de alguma forma através da sua música.


Pois bem: quando eu soube que o “Oasis” faria a abertura do show do U2 em SP eu decidi pagar pra ver. Finalmente, tinha chegado a hora de me encontrar com o Oasis. Eu estava pronto! E, ainda que eu não estivesse, poderia não haver outra oportunidade.


Esse é um post também de penitência. Durante anos e anos eu fresquei com vários amigos que decidiram passar férias em São Paulo: “ô meu, cê tá louco!? Você mora em Fortaleza e vai passar férias em São Paulo?!?!?!?! Você tá com febre?”. :P


Como eu fiz essa “loucura” que eu tanto criticava, eu achei justo pagar a prenda de escrever o post.


Chegara a hora de enfrentar alguns dos meus maiores medos e viver: voar 5 mil quilômetros, enfrentar São Paulo “sozinho” e ir ver um megashow de rock internacional em um estádio.


#Partiu #SP #Oasis #U2 #Corinthians




Algumas Impressões de Sampa


Quando a “mocinha” do avião falou que a minha mala ia estar disponível na esteira de número DUZENTOS E DOZE, eu pensei: bem-vindo a São Paulo! Haha


E eu cheguei zoando e chamando a galera pra zoar comigo:






De cada três palavras que os “paulistanos” falam, uma com certeza é “trampo” ou “serviço”. Ô povo pra gostar de trabalhar! Benzadeus!


Eu me hospedei bem no centro histórico de São Paulo, em uma das esquinas mais famosas do Brasil, e toooooome zoeira:






Tive que gravar esse vídeo de uma vez só e rapidinho, sem erro e sem ensaio, por medo de perder o meu equipamento de gravação e de sobrevivência na selva paulista.


Eu estava bem próximo às tais “cracolândias”, onde os drogados andam como se você estivesse no meio dos zumbis no set de filmagem do seriado The Walking Dead.


E eu também zoei com isso porque o modo “The Walking Dead” paulista é superacelerado.





Todo mundo correndo o tempo todo! Ô loco, meu!


Você sai do metrô e começa a correr junto com a multidão, sem nem saber porque nem para onde está indo.


(E deixa a esquerda da escada rolante livre para o pessoal que corre ainda mais.)


Porra, eu tô de férias, eu tô de boa. Por que eu estou correndo junto com esses malucos?”


Não sei. Mas corri muito. Acho que eu estava tentando viver São Paulo.


E eles vão sempre de metrô! A sacada é pegar o metrô até onde for possível e, de lá, você dá um jeito de chegar no destino final.


E o PF paulista? Aquele que você respeita…







Arena Corinthians


Cada um tem sua religião e sua crença. Eu, depois de 27 anos, finalmente chegava a Meca:





E fui de metrô haha


Quando o trem deu vista para a Arena Corinthians, foi uma emoção muito grande.


Quando eu finalmente subi a rampa e os meus pés pisaram no estacionamento da Arena Corinthians…






Por 44 reais e um bilhete de metrô, eu fiz um tour completíssimo no estádio. Um guia nos levou simplesmente a todos os lugares possíveis, incluindo os camarotes, arquibancadas, telões, vestiário, entrada ao campo e o mitológico gramado:






Eu fiquei com aquela sensação de: “puta merda, a viagem já está paga!”.




Pré-jogo do Corinthians


Por “culpa” do tour, eu cheguei no estádio 6 horas antes do jogo. U-HU!!!


E aí, meu amigo e minha amiga, pra quem tem fama de sempre chegar atrasado: U-HU!!!


Mas era preciso fazer o tempo passar… E tome redes sociais, stories, vídeos, posts, andança e corinthianismo!


Fui interagir com a massa e viver um dia inteiro de Corinthians.


Algumas coisas me impressionaram:
  • famílias inteiras chegando para o jogo: casal de meia idade com casal de filhos adolescentes;
  • torcedores chegando para o jogo de paletó e gravata, diretamente dos bancos da Avenida Paulista;
  • um clima muito forte de corinthianismo do lado de fora do estádio;
  • todos comentando sobre o jogo e sobre a fase do time;
  • o eterno medo de ser assaltado a qualquer momento;
  • comer aquele supersanduíche de pernil;
  • a angústia de esperar o meu amigo que trazia os benditos ingressos!


(Ah!, e eu sempre podia zoar os paulistas porque eu era simplesmente de Fortaleza!)




O jogo do Corinthians


É nóis!


Depois de 27 anos vendo o Corinthians na TV e em uma dúzia de jogos no estádio sempre do lado da torcida visitante, finalmente eu era a maioria no estádio. Do caralho:






Os deuses conspiraram para eu ver um jogo do Corinthians, líder, contra o Grêmio, vice-líder.


Futebolisticamente falando, o jogo foi uma bosta. Um 0 a 0 terrível de ruim.


Mas, e daí? Eu estava simplesmente em Meca!


Fim da pelada, liga o modo “The Walking Dead SP” e uma multidão corre em procissão rumo ao metrô. E funciona!



Quase que eu vivia ao vivo um dos primeiros posts do blog Bora Ouvir Uma:




Cheguei no hotel já no outro dia com a adrenalina a milhão. Precisei de um banho, umas cervejas e umas músicas até conseguir algo parecido com “dormir”.


E sempre com aquela sensação absurda: porra, a viagem já foi. Foda-se o show! Isso foi “a viagem”. O que vier daqui pra frente é lucro!




Galeria do Rock


Eu e o José Júnior andamos uns 2 quilômetros até descobrirmos que a lendária “Galeria do Rock” estava a 100 metros do meu hotel. É brincadeira!?


A arquitetura do prédio é magnífica…






Nos andares intermediários você encontrará realmente as lojas “de rock” e foi lá que eu comprei umas camisetas descoladas…






Foi um momento nunca vivido de entrar duas vezes na mesma loja para comprar. Mais paulista, impossível!




Enfim, eu e o Oasis juntinhos


A Camila vinha do Recife diretamente para o show e isso me impediu de chegar bem cedo ao Morumbi.


Na verdade, isso tornou tudo muito dramático porque eu via o relógio andando e eu estava bem longe do Oasis ainda e, na minha cabeça, as bandas britânicas não atrasariam o show marcado para o cair da tarde.


Depois de meia hora esperando o Uber cancelar a viagem, foi preciso a Camila me dar um choque de paulistanismo: vamos pegar o metrô até o mais próximo possível do estádio e lá a gente vê o que fazer!


Quando eu sentei na minha cadeira, faltavam 10 minutos para o horário que o show deveria iniciar. Ufa!






Ocorre que a banda britânica tocava no Brasil, ainda havia uma multidão tentando entrar no estádio e a produção decidiu atrasar o início do show em 30 minutos.


Eu ainda levei um cagaço (remoto) do meu irmão porque eu reclamei de muitas coisas:
  • O som não estava adequado;
  • Lata de cerveja por 12 reais e, mesmo assim, você não conseguia comprar;
  • O fã-clube do U2 ficou “morgado” durante o show do Oasis. Eu fiz o show praticamente sozinho;
  • O fã-clube do U2, supermal educado, ficou conversando e fazendo baderna (selfies, posts…) durante o show do Oasis. Lamentável!
  • O Oasis cortou meia hora do show, não sei se para compensar o atraso do início – e isso foi muito frustrante pra mim.


Mas, bicho, eu tava no show do Oasis. Fala sério! Durante 55 minutos, a minha vida inteira passou na minha mente e eu lembro de ter chorado durante a metade do show. Foi demais!






Sim, e eu ia me esquecendo… Ainda teve o show do U2 e também foi fodástico! O fã-clube acordou e o som e a energia foram lá em cima. Maravilhoso!






Na saída, o mais paulista impossível sanduíche de pernil, mais paulista impossível duas horas esperando por um meio de transporte e, enfim, estava dentro do hotel a são e salvo.


Cheguei no hotel já no outro dia com a adrenalina a milhão. Precisei de um banho, umas cervejas e umas músicas até conseguir algo parecido com “dormir”.


Aquela sensação imensa de gratidão: obrigado, Deus, eu vivi isso! #PQP


(Ah!, em tempo, eu vi os dois estádios e o o estádio do Corinthians é tipo uns 60 anos mais novo do que o estádio do São Paulo hahuauauahuauhauhauhauh.)




Liberdade pra dentro da cabeça


A essa altura, eu já estava vestido com uma camisa “EU S2 SP”. :P


Atendendo a dicas unânimes dos amigos que passam férias em São Paulo, eu fui em busca de Liberdade, das coisas que os orientais comem e de um dos posts de mais repercussão no meu Facebook:








Aquário de São Paulo


Aí, bicho, eu fui ver os bichos e eu simplesmente me proíbo de dizer que o Aquário foi o ponto alto da viagem. Um aquário idiota não pode ser melhor do que um jogo do Corinthians no estádio ou do que um show do Oasis. :P


Mas o fato é que eu voltei a ser criança:























Les Miserables


o meu amigo José Júnior quis tirar onda com a minha fama de mão de vaca e me levou para assistir a uma superprodução da Broadway no teatro…




Tomando umas em Sampa


Ainda tive tempo de ir tomar umas no centrão de São Paulo. Na verdade, eu tomei a mais legítima cerveja carioca ao mais legítimo som carioca:










Família Ê, Família A, Família…


Deixei a agenda dos dois últimos dias da viagem completamente livre para curtir a minha família que habita SP.


E realmente eu estava aberto a propostas: desde um culto protestante neopentecostal a um cabaré, eu estaria junto com eles, vivendo São Paulo ao modo deles. (Aliás, eles gostam muito de trabalhar e disso eu não estava a fim hehe)


E quem foi que disse que não existe amor em SP?






Eles me receberam com um calor e um carinho que eu nem sei se eu mereço. Eu me senti muito especial. Foi demais! Muito #tamujunto!









E eu realmente estava numa semana muito abençoada, mas tão abençoada, tão abençoada de um jeito, que eu descobri quase sem querer que os Engenheiros do Hawaii também estavam visitando São Paulo. Aaaaaah!, moleque… #Énóis!









Era o aniversário de 20 anos da minha prima Samantha e simplesmente o primeiro show de rock da vida dela. Ela gostou muito e me pagou com essa frase aqui:






Ainda paramos o carro na calçada da “Marginal” pra eu fazer esse post à distância, na São Paulo finalmente chuvosa e cinza, com a escultura magnífica:






Hora de voltar pra casa e de agradecer muito a Deus e a todos que fizeram essa louca viagem comigo.


Bora viver porque morrer é de graça!


A gente se vê numa dessas aí.


Fica com Deus.



Ei, psiu, se liga…
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