Muita
gente me pediu esse post, então eu achei justo produzi-lo.
Primeiramente,
esse é um post de gratidão. Existiu
(?) uma banda de rock que fez a diferença positivamente
na
minha
vida: o
Oasis.
Eles
me acompanharam desde a adolescência e, mesmo nos momentos em que eu
estive mais sozinho, eles sempre estiveram
lá comigo de
alguma forma através
da sua música.
Pois
bem: quando eu soube que o “Oasis” faria a abertura do show do U2
em SP eu decidi pagar pra ver. Finalmente, tinha chegado
a hora de me encontrar com o Oasis.
Eu estava pronto! E, ainda que eu não estivesse, poderia não haver
outra oportunidade.
Esse
é um post também de penitência. Durante anos e anos eu fresquei
com vários amigos que decidiram passar férias em São Paulo: “ô
meu, cê tá louco!? Você mora em Fortaleza e vai passar férias em
São Paulo?!?!?!?! Você
tá com febre?”.
:P
Como
eu fiz essa “loucura” que eu tanto criticava, eu achei justo
pagar a prenda de escrever o post.
Chegara
a
hora de enfrentar alguns dos meus maiores medos e viver:
voar 5 mil quilômetros, enfrentar São Paulo “sozinho” e ir ver
um megashow de rock internacional em um estádio.
#Partiu
#SP #Oasis #U2 #Corinthians
Algumas
Impressões de Sampa
Quando
a “mocinha” do avião falou que a minha mala ia estar disponível
na esteira de número DUZENTOS E DOZE, eu pensei: bem-vindo a São
Paulo! Haha
E
eu cheguei zoando e chamando a galera pra zoar comigo:
De
cada três palavras que os “paulistanos” falam, uma com certeza é
“trampo” ou “serviço”. Ô povo pra gostar de trabalhar!
Benzadeus!
Eu
me hospedei bem no centro histórico de São Paulo, em uma das
esquinas mais famosas do Brasil, e toooooome
zoeira:
Tive
que gravar esse vídeo de uma vez só e rapidinho, sem erro e sem
ensaio, por medo de perder o meu equipamento de
gravação e de sobrevivência na selva paulista.
Eu
estava bem próximo às
tais “cracolândias”, onde os drogados andam como se você
estivesse no meio dos zumbis no set de filmagem do seriado The
Walking Dead.
E
eu também zoei com isso porque o modo “The Walking Dead”
paulista é superacelerado.
Todo
mundo correndo o tempo todo! Ô loco, meu!
Você
sai do metrô e começa a correr junto com a multidão, sem
nem saber porque nem para onde está indo.
(E
deixa a esquerda da escada rolante livre para o pessoal que corre
ainda mais.)
“Porra,
eu tô de férias, eu tô de boa. Por que eu estou correndo junto com
esses malucos?”
Não
sei. Mas corri muito. Acho que eu estava tentando viver São Paulo.
E
eles vão sempre de metrô! A sacada é pegar o metrô até onde for
possível e, de lá, você dá um jeito de chegar no destino final.
E
o PF paulista? Aquele que você respeita…
Arena
Corinthians
Cada
um tem sua religião e sua crença. Eu, depois de 27 anos, finalmente
chegava a Meca:
E
fui de metrô haha
Quando
o trem deu vista para a Arena Corinthians, foi uma emoção muito
grande.
Quando
eu finalmente subi a rampa e os meus pés pisaram no estacionamento
da Arena Corinthians…
Por
44 reais e um bilhete de metrô, eu fiz um tour
completíssimo no estádio. Um guia nos levou simplesmente a
todos os lugares possíveis, incluindo os camarotes,
arquibancadas, telões, vestiário, entrada ao campo e o mitológico
gramado:
Eu
fiquei com aquela sensação de: “puta merda, a viagem já está
paga!”.
Pré-jogo
do Corinthians
Por
“culpa” do tour, eu
cheguei no estádio 6 horas antes do jogo. U-HU!!!
E
aí, meu amigo e minha amiga, pra quem tem fama de sempre chegar
atrasado: U-HU!!!
Mas
era preciso fazer o tempo passar… E tome redes sociais, stories,
vídeos, posts, andança e corinthianismo!
Fui
interagir com
a massa e viver um dia inteiro de Corinthians.
Algumas
coisas me impressionaram:
-
famílias inteiras chegando para o jogo: casal de meia idade com casal de filhos adolescentes;
-
torcedores chegando para o jogo de paletó e gravata, diretamente dos bancos da Avenida Paulista;
-
um clima muito forte de corinthianismo do lado de fora do estádio;
-
todos comentando sobre o jogo e sobre a fase do time;
-
o eterno medo de ser assaltado a qualquer momento;
-
comer aquele supersanduíche de pernil;
-
a angústia de esperar o meu amigo que trazia os benditos ingressos!
(Ah!,
e eu sempre podia zoar os
paulistas porque
eu era simplesmente de Fortaleza!)
O
jogo do Corinthians
É
nóis!
Depois
de 27 anos vendo o Corinthians na TV e em uma dúzia de jogos no
estádio sempre do
lado da torcida visitante, finalmente eu era a maioria no estádio.
Do caralho:
Os
deuses conspiraram para eu ver um jogo do Corinthians, líder, contra
o Grêmio, vice-líder.
Futebolisticamente
falando, o jogo foi uma bosta. Um 0 a 0 terrível de ruim.
Mas,
e daí? Eu estava simplesmente em Meca!
Fim
da pelada, liga o modo “The Walking Dead SP” e uma multidão
corre em procissão rumo ao metrô. E funciona!
Quase
que eu vivia ao vivo um dos primeiros posts do blog Bora Ouvir Uma:
Cheguei
no hotel já no outro dia com a adrenalina a milhão. Precisei de um
banho, umas cervejas e umas músicas até conseguir algo parecido com
“dormir”.
E
sempre com aquela sensação absurda: porra, a viagem já foi.
Foda-se o show! Isso foi “a viagem”. O que vier daqui pra frente
é lucro!
Galeria
do Rock
Eu
e o José Júnior andamos
uns 2 quilômetros até descobrirmos que a lendária “Galeria do
Rock” estava a 100 metros do meu hotel. É brincadeira!?
A
arquitetura do prédio é magnífica…
Nos
andares intermediários você encontrará realmente as lojas “de
rock” e foi lá que eu comprei umas camisetas descoladas…
Foi
um momento nunca vivido de entrar duas
vezes na mesma loja para comprar.
Mais paulista, impossível!
Enfim,
eu
e o Oasis
juntinhos
A
Camila vinha do Recife diretamente para o show e isso me impediu de
chegar bem cedo ao Morumbi.
Na
verdade, isso tornou tudo muito dramático porque eu via o relógio
andando e eu estava bem longe do Oasis ainda e, na minha cabeça, as
bandas britânicas não atrasariam o show marcado para o cair da
tarde.
Depois
de meia hora esperando o Uber cancelar a viagem, foi preciso a Camila
me dar um choque de paulistanismo: vamos pegar
o metrô até o mais próximo possível do estádio e lá a gente vê
o que fazer!
Quando
eu sentei na minha cadeira, faltavam
10 minutos para o horário que o show deveria iniciar. Ufa!
Ocorre
que a banda britânica tocava no Brasil, ainda havia uma multidão
tentando entrar no estádio e a produção decidiu atrasar o início
do show em 30 minutos.
Eu
ainda levei um cagaço (remoto) do meu irmão porque eu reclamei de
muitas coisas:
-
O som não estava adequado;
-
Lata de cerveja por 12 reais e, mesmo assim, você não conseguia comprar;
-
O fã-clube do U2 ficou “morgado” durante o show do Oasis. Eu fiz o show praticamente sozinho;
-
O fã-clube do U2, supermal educado, ficou conversando e fazendo baderna (selfies, posts…) durante o show do Oasis. Lamentável!
-
O Oasis cortou meia hora do show, não sei se para compensar o atraso do início – e isso foi muito frustrante pra mim.
Mas,
bicho, eu tava no show do Oasis. Fala sério! Durante
55 minutos, a minha vida inteira passou na minha mente e eu
lembro de ter chorado durante a metade do show. Foi demais!
Sim,
e eu ia me esquecendo… Ainda teve o show do
U2 e também foi fodástico! O fã-clube acordou e o som e a
energia foram lá em cima. Maravilhoso!
Na
saída, o mais paulista impossível sanduíche de pernil, mais
paulista impossível duas horas esperando por um meio de transporte
e, enfim, estava dentro do hotel a são e salvo.
Cheguei
no hotel já no outro dia com a adrenalina a milhão. Precisei de um
banho, umas cervejas e umas músicas até conseguir algo parecido com
“dormir”.
Aquela
sensação imensa de gratidão: obrigado, Deus, eu vivi isso! #PQP
(Ah!,
em tempo, eu vi os dois estádios e o o estádio do Corinthians é
tipo uns 60 anos mais novo do que o estádio do São Paulo
hahuauauahuauhauhauhauh.)
Liberdade
pra dentro da cabeça
A
essa altura, eu já estava vestido com uma camisa “EU
S2 SP”.
:P
Atendendo
a dicas unânimes dos amigos que passam férias em São Paulo, eu fui
em busca de Liberdade, das coisas que os orientais comem e de um dos
posts de mais repercussão no meu Facebook:
Aquário
de São Paulo
Aí,
bicho, eu fui ver os bichos e eu simplesmente me proíbo de dizer que
o Aquário foi o ponto alto da viagem. Um aquário idiota não pode
ser melhor do que um jogo do Corinthians no estádio ou do que um
show do Oasis. :P
Mas
o fato é que eu voltei a ser criança:
Les
Miserables
Aí
o
meu amigo José Júnior quis tirar onda com a minha fama de mão de
vaca e me levou para assistir a uma superprodução da Broadway no
teatro…
Ainda
tive tempo de ir tomar umas no centrão
de São Paulo. Na verdade, eu tomei a mais legítima cerveja carioca
ao mais legítimo som carioca:
Família
Ê, Família A, Família…
Deixei
a agenda dos dois últimos dias da viagem completamente livre para
curtir a minha família que habita SP.
E
realmente eu estava aberto a propostas: desde um culto protestante
neopentecostal a um cabaré, eu estaria junto
com eles, vivendo São Paulo ao modo deles. (Aliás, eles
gostam muito de trabalhar e disso eu não estava a fim hehe)
E
quem foi que disse que não existe amor em SP?
Eles
me receberam com um calor e um carinho que eu nem sei se eu mereço.
Eu me senti muito especial. Foi demais! Muito #tamujunto!
E
eu realmente estava numa semana muito abençoada, mas tão abençoada,
tão abençoada de um jeito, que eu descobri quase sem querer que os
Engenheiros do Hawaii também estavam visitando São Paulo. Aaaaaah!,
moleque… #Énóis!
Era
o aniversário de 20 anos da minha prima Samantha e simplesmente o
primeiro show de rock da vida dela. Ela gostou muito e me pagou com
essa frase aqui:
Ainda
paramos o carro na calçada da “Marginal” pra eu fazer esse post
à distância, na São Paulo finalmente chuvosa e cinza, com a
escultura magnífica:
Hora
de voltar pra casa e de agradecer muito a Deus e a todos que fizeram
essa louca viagem comigo.
Bora
viver porque morrer é de graça!
A
gente se vê numa dessas aí.
Fica
com Deus.
Ei, psiu, se liga…
Dá para ficar sabendo das novidades do blog pelas redes sociais. Sigam-me os bons!
Conheça a minha obra completa em:
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