Eu
sempre me desafio a fazer posts loucos e inesperados. É uma forma de
não deixar os blogs virarem uma rotina entediante e também é a
nossa marca de diferenciação. E, assim, chegamos a 229 posts
publicados. Ufa!
E
o meu desafio nesse blog é levar o gerenciamento de projetos pra
dentro da vida real.
Hoje,
nós vamos utilizar o gerenciamento de projetos para organizar uma
fila no meio da rua. Vamos ver se isso vai dar certo?
O
trenzinho “dos personagens” é uma
atração aqui da Beira-mar de Fortaleza.
Basicamente, é uma composição puxada
por um “jipe” e dois “vagões” de passageiros, com capacidade
para 50 passageiros, música alta e vários atores fantasiados de
personagens famosos do cinema, dos
desenhos e dos quadrinhos.
A
viagem é bem animada e dura
aproximadamente vinte minutos dando uma volta por boa parte da orla
da capital cearense.
Os
personagens vão a viagem inteira fazendo mungangos, brincadeiras,
acrobacias, escaladas, “macacadas” e traquinagens.
A
minha filha Isabela acha que não
passeou na Beira-mar se não der uma volta no trenzinho. E aí, não
basta ser pai…
Ocorre
que, na alta estação, o bicho pega.
Chegamos
lá em dezembro e havia umas mil pessoas aglomeradas na região de
onde partem os trenzinhos. Mesmo com
duas empresas, cada uma com dois trenzinhos, não estava fácil
suprir a demanda. É óbvio que eu já
queria desistir, mas sabe como é, né?
Então,
não basta ser pai e vamos enfrentar a fila.
Ficamos
lá nessa fila por mais de
40 minutos esperando a nossa vez e foi daí que eu tirei esse post.
A
fila estava muito bem organizada. Mesmo
sendo uma fila na rua e uma espera longa, todo mundo colaborava,
respeitando a fila e aguardando a sua vez.
Quando
o trenzinho chegava para uma nova volta, notei uma coisa genial. Uma
senhora vinha na fila, contando alto e, quando chegava no cinquenta,
ela mesma furava a fila e tomava essa posição.
Fiquei
só vendo o muído…
Daí
a fila começou andar e, quando chegou nela, era exatamente a hora de
parar.
Eu
só pensei comigo mesmo: #pqp.
Ali
era o ponto
de corte da lotação do trem. Com essa
medida supersimples, ela conseguia manter a organização e a
disciplina da fila. Coisa de mestre!
A
equipe toda trabalhava em perfeita
sincronia para um embarque rápido e seguro. E, assim, o trem partia
para a sua próxima viagem e tudo recomeçava.
Depois
de alguns ciclos, foi a nossa vez de passear. O passeio foi bom e, na
volta, eu não resisti, fui falar com ela e
ganhei uma aula de gestão de pessoas (e um post para o blog):
– Olha,
eu estou impressionado com a organização dessa fila.
– Ah,
meu filho!, que bom que você gostou. Estamos aqui já há 32 anos
fazendo isso.
– Pois
é. Uma fila dessas, no meio da rua, sem cordas, sem grades, e todos
se comportaram e respeitaram o tempo todo!
– É.
Eu já trabalhei com cordas aqui, mas resolvi tirar. Você tem que
tratar as pessoas como gente. Se você
tratá-las como bichos, elas se comportarão como bichos. Mas, se
você tratá-las como gente, elas se comportarão como gente.
Outro
ponto a destacar é o tamanho da equipe do trenzinho. É uma equipe
muuuuito grande, suficientemente grande para executar o projeto com
perfeição. Só personagens do
homem-aranha, deve haver uns 4 para cada trem. Tem até um
homem-aranha preto que eu nem mesmo conhecia.
Tem
agenciadores, vendedores, motoristas, seguranças, organizadores,
dezenas e dezenas de personagens e, claro, a minha amiga gerenciando
tudo isso.
No
primeiro capítulo do livro Fazendo
um projeto dar certo,
trazemos várias e várias dicas sobre o adequado dimensionamento da
equipe. Sempre no padrão do livro: como saber se a equipe está bem
dimensionada ou não para o projeto e
como resolver o problema detectado.
Em
tempo, a minha filha “morre” de medo dos personagens mascarados.
Mas eu também já tive 4 anos e entendo bem o que se passa na
cabecinha dela nessa hora.
Até
a próxima viagem. Até o próximo post.
Piuí
piuí…
Ei, psiu, se liga…
Dá para ficar sabendo das novidades do blog pelas redes sociais. Sigam-me os bons!
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