quinta-feira, 29 de setembro de 2016

“Sucesso” do projeto do carro elétrico







No começo do século XX, grande parte dos carros fabricados tinha propulsão elétrica.


Depois, os carros movidos a gasolina passaram a ter a preferência dos fabricantes, possibilitando a diminuição dos custos de produção e gerando um ciclo virtuoso. Era o fim do carro elétrico. Obviamente, com a ajuda de um forte lobby das produtoras de petróleo.


Essa história me levou à introdução do nosso livro Fazendo um projeto dar certo, onde discutimos o que é o sucesso de um projeto (“O que é um projeto dar certo?”). O sucesso de um projeto também pode depender de fatores externos e alheios à equipe do projeto. Essa introdução está disponível para leitura também na amostra gratuita do livro:




E tome guerras em busca de mais e mais petróleo. E também para dar lucros à indústria bélica, claro. E mais lobby e mais guerras. Os caras foram até o pré-sal, 5 km mar abaixo, buscar mais e mais petróleo. Se preciso, patrocinam até um golpe na democracia brasileira para tomar esse petróleo do pré-sal sem disparar uma arma.




Aos poucos, os carros elétricos estão voltando


Inicialmente, de forma híbrida: carros com dois motores (um tradicional movido a gasolina e outro elétrico). É até uma forma inteligente de ir criando, testando e introduzindo a “nova” tecnologia de propulsão elétrica.


As primeiras críticas aos novos carros elétricos se direcionavam à sua baixa autonomia (distância que pode ser percorrida sem reabastecimento), ao seu design e à sua potência. Problemas que obviamente estão sendo solucionados pelos fabricantes. Como a Tesla que está fabricando belíssimos superesportivos elétricos.






A Toyota está investindo pesado no Prius que teve uma nova geração lançada recentemente. Pretende ainda que o próximo Corolla seja também híbrido, em 2020.





O preço também é um calcanhar de aquiles dos carros elétricos. São tão caros que chegam a parecer supercaros mesmo num país de carros tão caros quanto o Brasil.


A tecnologia precisa massificar para ficar mais barata. Além disso, é preciso incentivo governamental para que novas tecnologias sejam desenvolvidas. Na Europa, há fortes incentivos dos governos ao desenvolvimento de veículos menos poluentes. Isso porque os países ricos têm metas de diminuição de poluição. Do outro lado, as montadoras também têm suas metas de popularização dos elétricos. São fatores que podem recolocar o projeto do carro elétrico no rumo do sucesso.






Aqui em Fortaleza, o poder público está iniciando um projeto experimental de carros públicos compartilhados. E adivinha? São carros elétricos! Coincidência ou não, há uma estação bem na porta do prédio onde eu trabalho.






Outras críticas aos carros elétricos referem-se à poluição decorrente da geração da energia elétrica necessária para alimentar os carros. Se essa energia não for limpa e renovável, realmente a coisa perde um pouco o sentido. Também é verdade que trocar UM carro a gasolina por UM carro elétrico não melhora a mobilidade urbana nas grandes cidades.


Ainda, para não depender de petróleo, já temos alternativas como o etanol e o biodiesel.


Será que teremos outras propulsões de sucesso? Tem gente estudando propulsão a hidrogênio e a ar comprimido. É esperar para ver!


Um abraço.


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Ei, psiu, se liga…
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