Eu estava na churrascaria aguardando o meu pedido e passava o jornal na TV. A reportagem era sobre o Gabriel Medina. Acabaram as férias do Medina. Depois de 30 dias, o Medina encerrava o seu período de descanso e voltava ao trabalho.
O
expediente começou com uma hora de Pilates com o seu preparador
físico particular. Depois, ele foi à praia, pegar umas ondas. Mas
não em qualquer praia. Maresias. Praia linda. Sol. E garotas. De
biquíni. Acenando para ele.
Eu
só consegui pensar uma coisa: “puta merda, isso é o trabalho
dele!”.
Depois
de idealizar um novo sistema e desenvolvê-lo, chega a fase dos
testes. Desde os testes mais básicos que o próprio codificador faz,
passando pelos testes funcionais, testes integrados, testes de
desempenho, homologações... Uma bateria evolutiva de testes em
busca de aprimorar o sistema. Em busca de confirmar se as ideias
abstratas do início resolvem eficazmente os problemas apresentados.
E
isso me excita muito. Porque a cada nova fase dos testes, os
problemas vão ficando cada vez mais complexos. No começo, erros
bobos e fáceis de identificar e de corrigir. Evolutivamente, o
sistema vai melhorando, os testes ficando mais robustos e os erros
mais difíceis. É como num videogame em que o chefão vai ficando
cada vez mais difícil.
Para
resolver estes problemas, é preciso colocar o cérebro em potência
máxima, reunir as melhores ideias da equipe, idealizar e analisar os
mais variados cenários, fazer inferência com os dados de entrada e
saída do sistema. É muito foda! Muita adrenalina.
É
a hora de separar os homens dos meninos quando o sistema proposto
está realmente à prova. E aí, funciona? Resolve o problema?
É
bem conhecida a discussão sobre o que é mais importante: gostar do
trabalho que você tem (visão comodista) ou trabalhar com o que você
gosta (visão sonhadora)? Eu acho que você deve gostar
do seu trabalho e trabalhar no que você gosta.
Aloha.
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