terça-feira, 17 de novembro de 2015

Como os produtos da Internet geram receita?





O sonho dos meus colegas da TI sempre foi desenvolver um software original e ficar rico. A evolução tecnológica impôs algumas variações a este sonho: programa, serviço na Internet, aplicativo... Mas a essência sempre esteve lá. O objetivo deste post é discutir um pouco sobre como os produtos da Internet geram receita.

Tudo começou com o Google. Um megamotor de busca e uma infraestrutura igualmente colossal sustentando isso. A sacada: se todos gostam da minha pesquisa, virão usá-la e eu poderei vender anúncios para eles. Isso mesmo. O Google se sustenta com publicidade. Inclusive ele consegue até “deturpar” um pouco o processo oferecendo resultados patrocinados nas buscas. Afinal, se a pessoa está buscando algo, ela estará mais receptiva a clicar no meu anúncio. Já reparou quando você procura um dia por um produto e, magicamente, começa a ser bombardeado com anúncios relacionados nos dias seguintes?

E a coisa foi tomando dimensões incríveis. Primeiro, quase morreram os jornais impressos. As revistas estão indo junto. Hoje se sustentam ainda em alguns nichos e fãs fiéis. A próxima onda vai matar a TV aberta. Atualmente, boa parte da publicidade da TV já é dividida com serviços na Internet. E a Internet leva várias vantagens, como: saber quem está interessado no quê e oferecer conteúdo direcionado; não há limites de 30 segundos por vídeo; é possível iniciar uma interação e um relacionamento com o seu cliente.

O Facebook não é muito diferente. Vive de anúncios. E também da venda de “likes”. Chegamos a um nível tão grande de disputa que o Google e o Facebook pesquisam ($$$$) tecnologias para levar Internet de graça a locais remotos e, tcharam, obter mais clientes – mais gente para consumir seus anúncios.





E aqui apenas um registro óbvio: ser dono do meio de transmissão também é uma forma de ganhar muito dinheiro com a Internet.


Venham até mim
Então qualquer um pode oferecer anúncios dentro de um site ou aplicativo. Até terceirizar esse serviço (para o Google, por exemplo). Para a estratégia funcionar bem, precisa ter muitos acessos no seu site.

Muitos até apelam para pornografia, sensacionalismo ou pirataria. São formas consagradas de chamar atenção de muita gente e ganhar dinheiro com isso. Os piratas também ganham dinheiro roubando dados pessoais ou bancários de pessoas que caem em suas armadilhas virtuais.





Serviços maiores até investem em publicidade na própria Internet ou em outras mídias (TV, outdoors...) para obter mais acessos e, consequentemente, mais lucros.


Streaming
Com a melhora da qualidade da banda de Internet, é possível enviar grandes quantidades de dados em tempo real, viabilizando os serviços de streaming. Os dados (músicas, filmes...) são enviados diretamente para o aparelho que os exibirá sob demanda. Assim funcionam novos serviços de música e vídeo por assinatura: Spotify, Netflix...

Os próprios canais de TV já estão disponibilizando conteúdo pela Internet, como nos sites Play: GloboPlay, FoxPlay...

Os dois parágrafos anteriores significam a nova forma de vender música e o possível fim da TV por assinatura nos moldes atuais (com operadoras de TV).





E-commerce
Para o comércio eletrônico, a Internet é apenas um meio. Eles lucram realmente com a venda de produtos através da rede. Resolvidas as questões logísticas de como receber os insumos dos fornecedores e entregar os produtos aos seus clientes, é possível ampliar infinitamente o alcance de vendas da sua loja. É bem mais barato manter uma loja virtual com depósitos e poucos funcionários do que bancar megaestruturas de atendimento ao público, como em shoppings. Experimente comparar o preço de um mesmo produto no shopping e na loja eletrônica do mesmo grupo.

E aqui tem uma grande pegadinha psicológica: quem comprou esse, também comprou esse junto! Seu trouxa!

Sem falar nela… (Tudo pela metade do dobro...)





Versão free x paga
Alguns aplicativos ou serviços possuem uma versão free para fidelização de novos usuários. A versão paga normalmente disponibiliza mais funcionalidades ou livra os usuários de anúncios indesejados. Depois que a pessoa está viciada e dependente do serviço, ela está mais propensa a pagar uma grana por ele. Traficantes também agem assim. ;)





E o WhatsApp?
Vai bem na linha do parágrafo anterior. Conseguiu uma popularidade absurda por ser um software muito útil e bom. Até que chamou a atenção de Zuckerberg e foi vendido por mais de US$ 21 bilhões. Bastante grana no bolso dos seus criadores. Agora, o Facebook sustenta toda a infraestrutura do Whatsapp. O primeiro ganho é controlar boa parte da comunicação do mundo – quem está falando sobre o quê. Os próximos passos para obter dinheiro podem ser: anúncios (naturalmente) ou passar a cobrar pelo serviço (conforme traficantes citados acima).





A guerra do Adblock
Hoje há vários plugins dispostos a bloquear qualquer publicidade presente nos sites e vídeos. Em tese, isso quebra o sistema. Sem a grana dos anunciantes, não há como manter a infraestrutura e a oferta de conteúdo funcionando.


Já vi sites que me privaram do conteúdo principal até que eu desligasse o meu bloqueador de anúncios.





Quem nunca clicou num anúncio que atire a primeira pedra.


Por sinal, tem uns anúncios de uns livros aí na lateral do blog! ;)


Capa Livro Fazendo um projeto dar certo

Capa Livro Miragens




Até!



Ei, psiu, se liga…
Dá para ficar sabendo das novidades do blog pelas redes sociais. Sigam-me os bons!




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