quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Projeto de sair de casa










Você está num avião, é noite, tem um carinha ao lado escrevendo com caneta e caderno. O que você faz?


Esse post é bancado pelos nossos patrocinadores Mudanças MudaJá, Vagalume Linhas Aéreas e Clínica de Psicologia Tá Doido, é?.


Eram 23 horas e eu voltava do Rio para Fortaleza num voo da Avianca. Missão cumprida no Rio, hora de voltar para casa.


A mocinha ao lado estranhou e assuntou comigo:


- O que você está fazendo?
- Opa… Eu estou escrevendo. Eu sou escritor. Blogueiro. Poeta. E também eu morro de medo de voar.
Que “legal”.


Não sei se ela também estava com medo, mas não me deixou mais escrever muita coisa. Resumindo: ela é do Rio. Está morando em Fortaleza por conta do trabalho do pai. Voltava das férias no Rio. Contrariada. Queria voltar a morar no Rio. E foi daí que ela deu o mote para um post:


Por que você não escreve sobre o projeto de sair de casa?








Projeto de sair de casa


A minha filha Isabela acaba de completar 4 anos. Entre uma birra e outra, às vezes, ela me manda essa:


Não quero mais morar com vocês!


Pode isso, Arnaldo?







Eu já saí de casa 4 vezes. Começou aos 12 anos, quando voltei para Várzea Alegre, para morar com os meus avós, em busca de melhor educação. Aos 14, estiquei para Fortaleza, morar com os meus tios, novamente em busca de melhores condições de estudo. Aos 18, saí para morar com amigos. E aos 19, saí para morar na minha própria casa, casado.











Nenhum movimento nômade foi fácil. Nem para tomar a decisão, nem para me manter na nova morada. Deixar a segurança dos pais aos 12. Sair do sertãozão nordestino para uma das maiores cidades do país aos 14. Deixar a família aos 18. Casar e me manter financeiramente aos 19.










Deve ser por isso que eu conheço “meninos” e “meninas” quarentões que ainda moram com os pais.








Mas por que sair de casa?


Alguns dos motivos para essa atitude drástica podem ser:
  • buscar melhores condições de estudo
    • escolas que são referências na sua região
    • escolas que são únicas na sua metodologia de ensino
    • universidades (até mesmo com um curso específico que você deseja)
  • buscar melhores condições de trabalho
    • a empresa está te promovendo em outra cidade
    • só tem emprego/oportunidade em outra cidade
  • iniciar uma “nova” família
  • estudar e trabalhar com artes
  • intercâmbio em outro país para aprender um novo idioma
  • conhecer novos lugares/novas culturas
  • buscar melhores tratamentos de saúde
  • voltar a um lugar onde se morou no passado
  • ser despejado da moradia atual
  • fugir da violência/guerras
  • religiosidade/espiritualidade
  • buscar a natureza
  • buscar mais qualidade de vida
  • ambiente ruim em casa – esse, com certeza, o pior de todos







Quais os desafios para sair de casa?


Considere minimamente alguns pontos:
  • como se manter na nova morada?
    • questão financeira, de se sustentar mesmo – uma morada custa um bom dinheiro
    • questões práticas e operacionais, como:
      • dormir sozinho,
      • receber uma encomenda...
  • conforto da nova moradia
  • a saudade de quem (do que) ficou para trás
  • o trauma de quem (do que) ficou para trás







E aí? Como ficar sem a mesada do papai? Sem o colinho da mamãe? Sem casa, sem comida e sem roupa lavada?






A crise econômica é um grande dificultador para passarinhos que querem deixar o ninho… Se é verdade que os alugueis ficam mais baratos, também é verdade que os jovens terão bem menos oportunidades de renda para se manterem sozinhos. Pode ser um adiamento do voo.







Saio ou não saio?


Relacionamentos sempre são complicados. Até mesmo com o seu bicho de estimação você pode deparar com problemas na relação. Se há problemas com os relacionamentos que você mantém atualmente, não se iluda que é garantido ser diferente com outras pessoas. Considere até mesmo a possibilidade de morar só, caso o problema “seja você”.


Vamos chegando ao final do post, mas antes eu queria trazer uma notícia recente para enriquecer a nossa discussão:




Se você estiver chorando agora, fica tranquilo, tá tudo normal com você.


Esse foi um post muito pessoal e que, com certeza, vai tocar muita gente que já saiu de casa alguma(s) vez(es) ou que, nesse momento, pensa em sair.


Com o planejamento possível e conversando bastante com pessoas experientes (e que estejam dentro e fora do problema), vale a pena tentar. Mas nunca feche as portas que deixou para trás.


Um abraço e boa sorte.










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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Projeto com 4 anos


Hoje, o nosso projeto mais importante e complexo completa 4 anos.


Parabéns, Isabela!


Obrigado por você existir, por nos fazer tão felizes e nos tornar tão especiais!





























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quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Projeto de vender comida na calçada






Estou fazendo uma dieta restritiva, com muita fome e resolvi falar de comida para ver se ameniza...


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A economia empurrou muita gente para as grandes cidades em busca das “melhores” oportunidades. No entanto, para aproveitá-las, é preciso passar mais tempo no trabalho ou nos estudos e muito mais tempo no trânsito. Então, sobra menos tempo para cozinhar. Por outro lado, temos mais dinheiro para comprar comida “cozinhada” por alguém. Assim, vivemos a ilusão de que, trabalhando em vez de cozinhar, o nosso tempo é “melhor” aproveitado.


E lá se vai o prazer de cozinhar, de escolher o cardápio, comprar os ingredientes, fazer as provas intermediárias... E vai junto o hábito cultural de cozinhar para os amigos.





Segundo a Superinteressante, uma pesquisa feita nos EUA mostra que, de 1960 pra cá, as pessoas reduziram pela metade o tempo que passam cozinhando.


Ocorre que essa mesma economia vem em crise braba ladeira abaixo desde 2008. No Brasil, chegou com tudo nos últimos 2 anos. E, infelizmente, nada indica que vai melhorar...


O desemprego já bate de volta na casa dos 12% e é preciso encontrar fontes alternativas ou complementares de renda para a família, também conhecido de forma machista como “ajudar o marido”.


Eu vejo cada vez mais gente vendendo comida.


São doces, guloseimas, salgados, refeições, saladas, comida para aniversários, comidas típicas (regionais), modismos (modinhas/dieta da moda), picolés, gourmet (que é a comida com um detalhezinho a mais e muito mais cara), espetinhos (vulgo churrasquinho “de gato”)...






Geralmente, a coisa acontece na informalidade e isso é ruim para o país. Mas é questão de sobrevivência, meu (minha) chapa. Se as lideranças nacionais, através de suas falas e atitudes, mostram que não estão nem aí para o futuro do Brasil, como cobrar isso do cara que vende espetinho na calçada?


Falando em comprar comida, eu me lembro das praças de alimentação dos shopping centers. São todas padronizadas por conta de uma dúzia de franquias. Então, não faz diferença se você está em Fortaleza, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador ou Natal, são sempre as mesmas lanchonetes servindo aquela comida sem gosto. E cara! Socoooooooooorro!






Lembro também daquele amigo que vai ao exterior e, em vez de fazer a viagem completa, comendo a comida do local, sobrevive se alimentando de McDonald’s.


Lembro ainda das minhas viagens a Pipa e Canoa Quebrada, onde havia duas avenidas “gastronômicas”, a Baía dos Golfinhos e a Broadway, com comidas de todos os tipos e preços, do popular ao gourmet.


Quando falamos em vender comida na calçada, trata-se apenas de uma metáfora para o título do post. Também é possível vender comida no prédio, na escola, na faculdade, na praça, na esquina, no sinal de trânsito, na bicicleta, no carrinho, na rua...


Lá em Várzea Alegre, Amadeu é figura conhecida de todos. Há alguns anos, ele anda todos os dias, vários quilômetros, a pé, batendo com um pau na caixa de isopor e anunciando: “ó o pão de queijo!”.


Outra modalidade de comércio de comida que está surgindo é o ponto de venda sem espaço para consumação: você leva a sua comida para comer em algum lugar ou liga para receber a comida em casa (tele-entrega).


Também podemos citar os restaurantes que só servem um tipo de prato. E o famoso restaurante de massas onde você escolhe os ingredientes e, supostamente, há milhões de pratos possíveis:







E os food trucks? Nada mais do que vender comida na kombi. Só que com esse nome em inglês, fica mais fácil dar uma turbinada nos preços, compreende?


Portanto, food park é o coletivo de food truck. Um estacionamento com várias kombis vendendo comidas gourmet (caras).






Venda de comida em kombi sempre houve. É só você se lembrar das saídas das festas/forrós/baladas: a quantidade de kombis espalhadas vendendo aquele sanduba, também conhecido como “cai-duro”, para dar uma quebrada na larica. Aquela dose de glicose essencial para diminuir a ressaca vindoura.


Padaria também mudou de nome. Também se internacionalizou. Também virou gourmet. Padaria agora é delicatessen. Traduzindo: é um local que vende quase todo tipo de comida. E cara!


A praia então é um local de muitas opções alimentícias. Não bastasse o extenso cardápio oficial dos restaurantes, há ainda dezenas de ambulantes com as comidas mais variadas à venda: lagosta, ostra, camarão (mesmo que o vendedor venha com a camisa do São Paulo), amendoim, castanha, queijo coalho assado (pro meu pai), piaba frita (pra minha sogra), caranguejo (para a minha mãe), caldo de peixe (para o meu cunhado George), brigadeiro, picolé, sorvete...






Mais do que nunca, a ANVISA alerta que é necessário cuidar da procedência desses alimentos. E esse é um dos maiores desafios de se vender comida:






Alguns desafios de se vender comida
  • montar um cardápio com as comidas que serão oferecidas
  • encontrar ingredientes com preços bons e qualidade
  • preparar as comidas
  • produção na medida certa (nem faltar, nem sobrar)
  • conservar os insumos e as comidas prontas
  • como servir?
  • onde servir (ponto). Vai na calçada mesmo?
  • definir um preço adequado
  • encontrar uma freguesia que coma e que pague
  • descarte de sobras e de embalagens


Fato é que cada vez mais conhecidos anunciando comida no Facebook e cada vez mais pontos de venda de comida nas ruas das cidades.


Embora um amigo dono de bar diga que bebida é quem realmente “dá dinheiro”.






Essa prosa toda me deu fome e eu vou ali comer. Mas só se tiver na hora indicada pela nutricionista. :P


Saúde!



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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Livros a 1 Real






A Black Friday é um dia de descontos do comércio, principalmente o eletrônico, originado nos Estados Unidos (sexta-feira após o feriado de Ação de Graças).


Abrasileirado, virou um mês inteiro de pseudodescontos.


E nós resolvemos entrar nessa onda – do mês inteiro e não dos pseudodescontos. ;)


Nesse mês de novembro, os nossos livros saem por 1 Real:





Fazendo um projeto dar certo, de 20 R$ por 1 R$, ou seja, com 95% de desconto!






Miragens, de 10 R$ por 1 R$, ou seja, com 90% de desconto!


É um incentivo à leitura, à cultura, ao entretenimento, ao gerenciamento de projetos, ao desenvolvimento de sistemas, à gestão de pessoas, às poesias e às rimas.


Uma chance imperdível para você comprar as versões completas dos livros por um preço ainda mais simbólico – só mesmo para não dizer que é grátis.


Para conhecer os livros, ler uma amostra e aproveitar a promoção, é só clicar nas capas abaixo.


Tenha uma boa leitura!












Obrigado pela atenção.


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