quarta-feira, 11 de maio de 2016

Sexta-feira, 13. Treze de maio.







É mais uma sexta-feira 13. Para os que acreditam no misticismo, é um dia de muito azar. O mais azarado dos dias.


É mais um 13 de maio. Para os que acreditam na Igreja Católica, é o dia em que Nossa Senhora apareceu para três crianças, nas proximidades da cidade de Fátima, em Portugal.


É o 13 de maio da abolição da escravatura no Brasil. Para os que acreditam que a escravidão acabou no Brasil…


É o Treze de Maio que é nome de rua em quase todas as cidades do Brasil. Eu mesmo já morei na Rua Treze de Maio, em Várzea Alegre.







Em termos práticos, é o dia em que há uma procissão por várias ruas do bairro de Fátima, em Fortaleza. Lá mesmo onde fica a Igreja de Fátima e a Avenida Treze de Maio.


Por questões culturais e climáticas, a procissão corre no finalzinho da tarde. Se o 13 de maio cair em dia útil, a procissão cai no horário de pico e o caos é GE-NE-RA-LI-ZA-DO. Se já temos muitos carros para poucas ruas, com as ruas interditadas, então, fica inviável. Quem precisa cruzar Fortaleza de Leste a Oeste na hora da procissão, tem a sua própria via crucis. É preciso ter muita fé para chegar em casa.


De acordo com a nossa Constituição Federal de 1988, há liberdade religiosa. Todas as crenças devem ser respeitadas. Inclusive, devem ser respeitados os que não seguem nenhuma religião.


Mas nossa Constituição não está valendo nem cinquenta centavos nesses tempos de impeachment fake.







A nossa história católica remete à colonização. No Brasil, temos milhares de lugares com nomes de origem católica. No Brasil, temos dezenas de feriados de origem católica. Feriados estes que não são respeitados pelos evangélicos. Evangélicos estes que estão chegando com tudo ao poder.


Com uma estratégia política perfeita, alguns líderes evangélicos fundamentalistas estão prestes a se apossar do país. E são alguns dos mais fundamentalistas, querendo até interferir no que é ensinado ou dito nas nossas escolas. Os professores simplesmente serão proibidos de apresentar certas teorias científicas aos alunos. Esses líderes têm poder para aprovar diversas leis religiosamente fundamentalistas. Estão cogitando até um bispo evangélico fundamentalista para Ministro da Ciência e Tecnologia do Temer.


Daqui a pouco, o dízimo vira um novo imposto oficial para todos.


Mas, como eu vinha dizendo antes, de acordo com a nossa Constituição Federal de 1988, há liberdade religiosa. Todas as crenças devem ser respeitadas. Inclusive, devem ser respeitados os que não seguem nenhuma religião. Mas nossa Constituição não está valendo nem cinquenta centavos nesses tempos de impeachment fake.


Se estivéssemos no outro blog, eu diria: sobe o som!






Que Deus continue nos inspirando!


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