Se
você clicou “seco” no link para o post, esperando que eu te
responda qual profissão você deve escolher, até o próximo post.
:P
Para
quem continuou, esse é um pedido especial e eu vou tentar dar
algumas dicas sobre como escolher uma profissão, inclusive citando a
minha própria experiência, tal como na encomenda do post.
Agora,
a gente vai trabalhar até morrer. Então, é preciso viver para não
morrer. E trabalhar.
É,
minha amiga e meu amigo, com a
tecnologia atual e as
novas regras previdenciárias
e trabalhistas “modernas”
que vêm
aí, com o retorno da quase escravidão, a
gente vai trabalhar por mais de 60 anos,
sacudindo
3 horas por dia no busão para ir e voltar do trabalho.
(E
lembrei que o Eduardo tá me devendo esse post sobre gastar 3 horas
por dia para ir trabalhar. :P)
Então,
jovem, como escolher a (melhor) profissão
(certa) para os seus próximos 60 anos?
Considere
também que nada é tão “pra sempre” assim.
(Tá,
macho, se a gata falou que era “pra sempre”, mesmo assim,
desconfie…)
Quem
escolhe a sua profissão?
Seus
pais escolhem por você
Às
vezes, você herda o ofício do seu pai. É, como nos velhos tempos,
você vira aprendiz do mestre, ajudante, e, quando menos espera, já
tem a mesma profissão do seu pai. Já
vi casos de filhos que abriram um novo ponto comercial para
“concorrer” com os pais. Pelo menos, temos duas peixarias assim
aqui no bairro
Montese.
Às
vezes, você herda o negócio da família. Você começa a trabalhar
no comércio ou na empresa com os seus pais e, “naturalmente”,
vai subindo na hierarquia da empresa até virar um “CEO”. Os
“velhos” adoecem, cansam e a nova geração assume o negócio com
sangue novo e novas ideias.
Às
vezes, os seus pais investem para te formar um “Dr.”. Eles
trabalham duro e gastam muita grana para que você tenha acesso às
melhores escolas, aos melhores professores, aos melhores livros e
para que você tenha tempo livre para se dedicar integralmente aos
estudos. Naturalmente,
eles vão achar que estão investindo uma grana, têm uma visão
melhor do mundo e têm
o direito
de
escolher uma
profissão
para você.
Profissionais
escolhem por você
Você
se aconselha com consultores ou psicólogos para que eles te orientem
a escolher a melhor profissão.
Você
é superfã daquele professor (ou
daquele profissional) e
quer ser como ele no futuro. Inspiração!
Você
busca ajuda em guias e publicações sobre profissões bem como sobre
o mercado de trabalho.
Você
participa de feiras de profissões para se inteirar sobre o assunto.
Você
faz um teste vocacional: uma espécie de questionário que objetiva
saber o que realmente você gosta de fazer e, consequentemente, te
indicar possíveis profissões que te fariam feliz.
A
vida escolhe
por você
O
mercado de trabalho só te oferece aquela vaga. Não é na sua
“área”, mas você precisa trabalhar, saca? Às
vezes, nem é o que você gosta.
Você
precisa de grana e vamos do jeito que der certo. Pode até ser
motorista de Uber!
Apareceu
uma oportunidade imperdível de promoção na empresa onde você
trabalha. Chegou a hora de você atuar em outro setor! Quem
sabe você assumirá a gestão agora?
Você
passou em um concurso público para
um cargo que não necessariamente condiz com a sua área de formação
ou de interesse.
O
preconceito
da sociedade indica que você não pode exercer uma profissão “de
homem” ou uma profissão “de mulher”. Enfim, preconceito de
gênero.
Você
é nativo daquela praia fodástica e as melhores opções para
conseguir dinheiro estão todas relacionadas à exploração do
turismo.
A
crise te pegou de
jeito e
você pode até precisar…
Você
escolhe
por você
Agora
é você no comando!
Com
todos os medos, dúvidas, angústias e inexperiências que motivaram
o post.
A
grande (des)vantagem é que não haverá a quem culpar. Foi você
quem escolheu: o sucesso ou o fracasso serão integralmente seus.
Motivação a mais para arregaçar as mangas e fazer o seu projeto
dar certo.
Autoconhecimento
Para
fazer boas escolhas, para fazer escolhas que te
farão feliz, você precisa se conhecer.
Quais
são as suas aptidões, jovenzinho?
Você
sabe desenhar? Sabe tocar algum instrumento musical? Fala bem? Sabe
se comunicar com clareza?
Escreve com facilidade? É
uma fera nos cálculos? Tem a memória boa?
Você
também tem medo de sangue? Você
tem preguiça
de ler? Você
apanha dos números? Tem medo da violência urbana? Vive na igreja?
Gosta de fazer trabalho comunitário, de ajudar as pessoas?
Você
se vê liderando a equipe rumo ao sucesso ou prefere atuar nos
bastidores?
Você
prefere lidar com espécimes de bicho-homem (gente, pessoas) ou
trabalhar com computadores, máquinas, sistemas e papéis?
Você
gosta de ensinar? Você gosta de viajar? Você gosta de tecnologia?
Você
gosta de dirigir? De pilotar?
O
seu escritório é na praia igual ao do Chorão? Ou você prefere
trabalhar na rua? Quem sabe no meio da selva? Ou
você também prefere ficar no ar condicionado?
Prefere
cumprir um horário fixo de trabalho ou ter flexibilidade?
Você
é viciado em café?
Você
gostaria de trabalhar tomando uma geladinha?
Você
sonha em ser herói? Você sonha em fazer coisas grandiosas? Você
sente necessidade de ser famoso? Quem sabe ostentar um título de
“Dr.” à frente do seu nome de mortal?
Você
sabe trabalhar sob muita pressão? Ser um mergulhador, quem sabe…
:P
Você
tem talento para convencer as pessoas a comprarem coisas?
Já
pensou em ser artista?
E
qual a prioridade do dinheiro na sua vida?
Você quer ganhar toda a grana imaginável até não saber mais nem
como gastá-la ou você se contenta em ganhar o suficiente para levar
uma vida confortável?
Por
acaso, você é o Medina?
Você
é
empreendedor?
Você
prefere a segurança de um salário fixo mensal ou arriscar mais
alto?
Quer
encarar coisas novas? Desafios novos? Arriscar
em novos ramos da economia?
Quem sabe as tais profissões “do futuro” que os especialistas
apontam? (Legal
que eles não querem essas profissões para si, né? Nada como ser
especialista hehe).
Já
pensou em abrir o seu próprio negócio e se dedicar a ele? Mas
você prefere ser patrão ou empregado?
Já
pensou em botar um mochilão nas costas e partir por esse mundão de
meu Deus em busca de conhecer novas possibilidades, novas culturas, e
novos jeitos de se viver? Fazer um intercâmbio para abrir a sua
mente e aprender coisas novas?
Agora,
eu
(In)Aptidões
Na
minha vida, louca vida, eu descobri com absurda facilidade que eu não
era bom em várias coisas, como: desenhar,
tocar instrumentos musicais, ler textos técnico-científicos…
Eu
tenho medo de sangue. Tenho medo de empreender. E tenho,
literalmente, medo de voar.
Tinha
um pouco de talento, o suficiente para tentar uma carreira como
jogador de futebol. Mas eu nasci no interiorzão do Ceará e aí, meu
amigo e minha amiga, o meio faz o homem. Não conheço nenhum jogador
que conseguiu desenvolver uma carreira razoável nascendo na região
do Brasil onde eu nasci.
Mas
eu sempre me via muito talentoso com as palavras e com os números.
Esperto
no raciocínio lógico-matemático e com um desejo insaciável de
criar coisas novas. Criatividade
explodindo dentro de mim. E, às vezes, enquanto eu não boto pra
fora eu não tenho paz.
Como
virei analista de sistemas?
Quando
eu era criança, eu sempre criava os meus próprios “joguinhos”.
Eu
fiz o meu próprio Banco Imobiliário e um jogo que eu lembro muito
bem era passar a tarde inteira jogando dados e anotando os
resultados, como se fossem os pontos dos times de futebol. E
tome cálculos!
Aos
13 anos, eu ganhei o meu primeiro computador ainda lá em Várzea
Alegre. Qualquer
criança “normal” se satisfaria em usar o computador para jogar
videogame. Mas o que fazia os meus olhos brilharem mesmo era
programar o danado. E foi assim que eu, Hárley e Augusto Felício
começamos a fazer sites há quase 20 anos. Contei
essa história nesse post aqui:
O
meu pai queria que eu fizesse Direito. Talvez
pelo meu talento com as letras. Talvez porque ele queria um “Dr.”
na família.
Se
bem que o meu amigo Alexandre defende que só é Dr. quem conclui um
Doutorado.
No
ensino médio, o colégio me ofereceu um teste vocacional e o
resultado deu algo relacionado à ciência atuária, puxando também
para desenvolvimento de jogos, computação…
Hoje,
eu já atuo na área há 13 anos e ainda sou feliz e não penso em
mudar de ares.
Cada
sistema diferente que você faz pode te dar acesso a novas áreas do
conhecimento: direito, administração, políticas públicas,
previdência, contabilidade…
Cada
sistema que você desenvolve pode utilizar tecnologias diferentes e
você também poderá exercer diferentes papéis (tarefas) durante a
construção de um sistema.
Como
virei gerente de projetos?
Por
acaso.
É
sério, cara.
Eu
voltava de uma licença gala e o chefe precisava tirar alguém da
equipe do projeto atual para estudar uma nova demanda.
Como
eu era o mais facilmente “descartável”, lá fui eu.
Ocorre
que essa demanda se mostrou gigantesca e foi “promovida” a
projeto. E adivinha quem era o mais indicado para ser o gerente do
projeto?
Pois
foi assim que eu virei gerente de projetos aos
21 anos, sem saber o que era projeto muito menos o que era gerente.
E
lá se foram 8 anos estudando e aprendendo sobre gestão e sobre
projetos. Aprendendo com os erros, com os resultados, mas também com
a formação técnica convencional de livros e bunda na cadeira.
Daqui
saíram os blogs e o livro Fazendo
um Projeto dar Certo:
Eu
ganhava 30% a mais por ser gerente e foi com essa grana que eu
comprei 1 apartamento e 2 carros, sendo o último à vista, algo que
me orgulha muito.
Eu
tinha bastante prestígio por ser o gerente e muitíssima
responsabilidade por ser o líder da equipe, inclusive representando
a equipe em vários eventos e negociações.
Mas
a vida de gerente de projetos é duríssima. Eu costumo dizer que,
para cada vitória que eu comemorava no projeto, eu já tinha perdido
outras 99 vezes.
Quando
eu perdi o apoio dos meus superiores e tive um problema gravíssimo
de saúde…
…resolvi
dar um tempo na gestão.
Como
virei escritor, poeta e blogueiro?
Como
eu falei anteriormente, tenho algum talento pra escrever. Também
tenho um desejo insaciável de criar coisas novas. Às vezes, os
pensamentos vêm tão fortes na minha mente que eu só consigo
recuperar a minha paz quando escrevo.
Como
me preparei para o vestibular?
Já
toquei nesse assunto em um post recente:
Eu
comecei a me preparar para o vestibular com 4 anos de idade. Eu
sempre estudei bastante. Eu não era o que mais estudava na sala, mas
eu estudava o suficiente para tirar as melhores notas possíveis. Eu
tinha técnicas eficientes para aprender e, principalmente, eu sabia
como fazer as provas.
E realmente eu
ficava
muito contrariado quando tirava menos do
que
10 nas provas do colégio.
Na
reta final, eu vim à capital e paguei um colégio bem caro e
focado em me fazer passar nesse tal vestibular.
A
gente estudava em sala de aula até 8 horas por dia e repetíamos
insanamente o mantra: vou passar.
Era
um misto de pressão e autoconfiança e a sensação é que realmente
todos nós passaríamos no curso que escolhêssemos.
Foi
assim que eu passei em 3 universidades e escolhi estudar na
Universidade Estadual do Ceará após vencer uma concorrência de 40
candidatos para 1 vaga.
Considerações
Finais
Acabou
ficando um post gigante e, talvez, o post com mais pontos de
interrogação da história dos blogs hehe
Mas
as
interrogações serão úteis para que você mesmo busque as suas
próprias respostas.
Como
quer se desenvolver, se não consegue fazer as suas próprias
escolhas? Olha aí, macho, outra interrogação… :P
Esse
post, com esse conteúdo, foi um pedido do meu primo Guilherme Lucas
de Antonina do Norte. É
curioso porque a gente só conseguiu se aproximar através do
Facebook, então, eu o considero o meu “faceprimo”.
E
se
você tiver alguma ideia para um possível post, é só mandar. Não
se acanhe! :P Aliás, se você quiser escrever o post, é melhor
ainda. ;)
Boa
sorte na escolha da sua profissão.
Um
abraço, fiquem com Deus, e a gente se encontra por aí.
Ei, psiu, se liga…
Dá para ficar sabendo das novidades do blog pelas redes sociais. Sigam-me os bons!
Conheça a minha obra completa em: