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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Desde 2004 trabalhando na Dataprev






A empresa resolveu homenagear com um diploma os funcionários que já receberam décimo terceiro salário mais de 10 vezes. :P Alguns colegas resolveram postar a homenagem e eu, modinha que sou, resolvi entrar na onda.


(Mas eu sou tão modinha que ainda vou conseguir participar da modinha do dia nas redes sociais: o desafio dos 10 anos!)


Acaba sendo também uma pequena prestação de contas com você que paga o meu salário.







Eu entrei na Dataprev em 2004 através de uma seleção para estagiário. Com 18 anos, foi a minha primeira experiência em um ambiente de trabalho corporativo. Tive a oportunidade de me desenvolver bastante como profissional.


Em 2006, o Governo decidiu criar unidades de desenvolvimento de software fora do eixo Rio-SP e foi quando eu passei no concurso para ser um dos funcionários fundadores da Unidade de Desenvolvimento de Software do Ceará. Ao longo de uma década, criamos do zero todo um processo de trabalho e de desenvolvimento de software.


Em 2007, meio que por acaso, me tornei Gerente de Projetos. Oportunidade ímpar que me surgiu e eu pude me desenvolver bastante nessa área através da prática e de cursos como um MBA da Fundação Getúlio Vargas.


Ao longo de 10 anos, foram muitas experiências acumuladas e eu achei por bem compartilhá-las no meu primeiro livro publicado:








Também foi a Dataprev quem me proporcionou o meu primeiro voo.


(E um bullying histórico quando um colega previu a cobrança de lanches nas aeronaves anos e anos antes de começar a acontecer.)


Devo ter decolado umas 100 vezes a trabalho, muitas vezes madrugada adentro, mas o medo sempre esteve lá:




Também não foram poucas as madrugadas preparando apresentações para clientes.


Por sinal, outra oportunidade que a Dataprev (e a gestão de projeto) me deu foi o aprimoramento das minhas técnicas de oratória e apresentações em público.


Mais de uma década trabalhando com diversas tecnologias e linguagens de programação.


Trabalhei uns 5 anos para os Fundos de Previdência Complementar, a antiga SPC que virou PREVIC. Até criamos um sistema bem moderninho que tinha “cara de tablet”.


Depois, foram 6 anos trabalhando na folha de pagamentos dos beneficiários do INSS. Até contei um pouco dessa história em outro post:




Todos os meses, pagamos mais de R$ 45 bilhões de reais a mais de 35 milhões de pessoas.


E foi ainda em 2012 quando eu tive a sacada que isso era 8% do PIB brasileiro e sapequei isso em um slide. Até hoje, muita gente ainda se assusta com esse slide.



Gostaria de registrar ainda que eu conheci e treinei 6 estagiários, voltando ao início do post. Hoje, mesmo tendo ido embora da empresa por motivos contratuais, todos continuam meus amigos.


Também sempre escuto mensagens de gratidão pelos ensinamentos do hoje famoso professor de Java Leonardo Leitão.


Ah!, e foi aqui também que eu tive a oportunidade de “sair no jornal” haha:




Trabalhar em uma empresa gigante com sistemas igualmente gigantescos te eleva muito profissionalmente. Os desafios são imensos e exigem tudo da tecnologia. Naturalmente, alguns colegas se tornam superespecialistas em alguns temas. E, você, trabalhando com eles, vai aprendendo e crescendo junto.


E os aperreios e cobranças por soluções, resultados e prazos acabam gerando também grandes amizades.


Mas, infelizmente, não conseguimos entregar à sociedade tudo o que queremos e produzimos. Somos uma pequena pecinha de uma engrenagem gigantesca e, muitas vezes, o nosso trabalho e o nosso esforço se perdem no meio do caminho, antes de serem revertidos em benefícios à população.


Vida que segue.


Espero ganhar ainda muitos diplomas de anos e anos de serviços prestados à sociedade brasileira.


E quando você ficar insatisfeito com o trabalho de algum funcionário público, lembre um pouquinho desse post, beleza?


Um abraço.




POST SCRIPTUM


Acabei me esquecendo de contar que durante um tempo fui Gerente Substituto da Unidade de Desenvolvimento de Software do Ceará e, quando o chefe precisava se ausentar, eu ficava “tomando conta da lojinha”. :P


Compartilhe o blog. Compartilhe ideias boas com a gente.



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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

E aí, macho, vai encarar?






Eu tô muito cansado cuidando de uma bebêzinha e ainda tem a filha mais velha, esposa, trabalho… Enfim, cada post inédito tem sido cada vez mais duro. Eu me olho no espelho e penso: e aí, macho, vai encarar?


Mas os blogs têm um propósito importante na minha vida, então vamos tentando…


Hoje eu vou dar uns pitacos sobre o acidente trágico recém-ocorrido no Beach Park, sempre tentando abordar por gestão, projetos e marketing.




O Acidente


No último 16 de julho de 2018, quatro adultos desciam em uma boia no brinquedo recém-inaugurado: Vainkará. Supostamente por excesso de peso, a boia ganhou muita velocidade e, na última virada, capotou, arremessando as pessoas contra o brinquedo. Um destes bateu com a cabeça e, tragicamente, faleceu.



[Vídeo demonstrativo de uma descida bem sucedida]




O Antimarketing


O Beack Park é um parque extremamente caro e turístico, não necessariamente nessa ordem. Pelo que apurei, o parque bombou após a crise que fez com que os turistas brasileiros fossem menos ao exterior. O parque recebe mais visitantes de São Paulo, do Rio de Janeiro e só depois, nós próprios, nativos.


Nessa toada, eles têm uma visão estratégica de sempre inaugurar novas superatrações no mês das férias (julho). É uma forma de não deixar cair na rotina e fidelizar um público para que volte sempre.


Só que ninguém quer pagar caro para morrer né, meu chapa!? Ninguém quer morrer em um lugar turístico em um momento de lazer.


O parque se propõe a ser um parque radical. Óbvio que há brinquedos para todos os gostos, níveis e idades, mas é nos brinquedos radicais onde o parque se destaca.


E a equipe do marketing “vai com tudo” na hora de bolar nomes intimidadores: Insano, Kalafrio, Arrepius, Vaikuntudo, além do finado Vainkará.


Os brinquedos radicais apresentam as indicações de risco e segurança, como restrições para grávidas e hipertensos, e, na maioria deles, réguas para impedir que os baixinhos se arrisquem. (É a régua que você tá pensando mesmo. Aquelas que a gente vê em consultórios pediátricos.)


E o povo do marketing caprichou no lançamento do Vainkará: trouxeram vários artistas e digital influencers (calma, pai). Daí, eles iam postar fotos e vídeos se divertindo no brinquedo e shazam!


Mas esse gravíssimo acidente no primeiro dia da operação oficial do brinquedo para o público em geral fudeu tudo!


Trouxe muita mídia negativa em todo o mundo para o parque.


É tanto que, quando começaram a compartilhar a notícia comigo, eu achei logo que era mais uma fake news de WhatsApp.


O brinquedo caríssimo está fechado desde então. E o parque ficou fechado em um dia de julho. Só isso aqui já foi um prejuízo milionário.




O Projeto


O Vainkará foi desenvolvido pela empresa canadense ProSlide. Ela se gaba de ser a número 1 em toboáguas radicais no mundo e que, dentre milhões de brincantes, foi apenas a primeira vítima fatal em seus brinquedos.


O projeto do Vainkará custou 15 milhões de reais e teve 2,5 anos de desenvolvimento, implantação e testes.










Oficialmente, foram realizadas mais de cem descidas de testes com o brinquedo já montado.






O Jogo dos 7 Erros


Eu tenho muito medo de voar, mas esse medo diminuiu bastante depois que eu comecei a assistir documentários sobre acidentes de avião. É rapaz! Lá eles investigam tudo nos mínimos detalhes para descobrir porque o acidente aconteceu e tomar medidas práticas para evitar que acidentes daquele tipo se repitam. É fantástico!


Só que a investigação dos acidentes não é objetivando punir pessoas “culpadas”, mas sim, entender o que deu errado para que não aconteça novamente.


(Eu tenho certeza de que o Vainkará está passando por uma investigação desse tipo.)


Então, eu vou listar aqui alguns erros que vi nessa história toda.


1. Funcionários – eles tinham a missão de não deixar uma boia descer com mais de 320 kg. Então, analisando friamente, o erro foi deles.


Mas eu não sou FDP de vir aqui jogar tudo nas costas dos funcionários do parque que ganham um salário “mínimo” para controlar centenas de descidas por dia.


2. Administração do parqueeles tinham que dar condições para os funcionários validarem a restrição de 320 kg por boia. Obviamente, com uma balança de precisão. Tal como são precisas e inquestionáveis as tais réguas que eu citei.


3. Processoo processo de operação do brinquedo era totalmente falho. Os funcionários tinham que validar no “olhômetro” se o peso estava adequado. Uma vez por minuto durante horas e horas. Isso controlando turistas curiosos e ávidos pela descida radical, depois de passar uma hora em uma fila em uma escada.


4. Falta da balança – se o peso era realmente um elemento tão crítico para a segurança, jamais esse brinquedo poderia operar sem uma balança à disposição para validar esse quesito importantíssimo.


5. Quantidade de testes – “mais de cem” testes eram suficientes?


6. Qualidade dos testes – que variações foram feitas nesses testes? Quando desenvolvemos sistemas, nós temos dezenas de tipos de testes diferentes. E um destes é o teste de estresse. A gente senta a porrada no sistema pra ver quando ele peida, digo, a gente sobrecarrega o uso do sistema para ver como ele vai se comportar e qual o máximo que ele vai suportar. Quantas descidas com mais de 320 kg foram feitas? Com quanto mais que 320 kg? Obviamente, usando manequins, né?


7. Projeto – no entanto, na minha opinião, o maior erro de todos foi do projeto do brinquedo: como é que um brinquedo para 4 adultos só suporta 320 kg? Como gastar 15 milhões para desenvolver um brinquedo praticamente inútil? Como não ter uma balança acoplada ao brinquedo? Pior ainda é saber que o brinquedo “irmão”, o Vaikuntudo padece da mesma restrição. Obviamente, considerando que este outro brinquedo já opera há 2 anos, os 320 kg lá foram subdimensionados, o brinquedo aguenta mais que isso é já houve descidas não fatais com mais de 320 kg. Porque é impossível reunir grupos de 4 adultos aleatoriamente durante dois anos e não exceder 320 kg.




A Calculadora


E esse episódio só me cheira a fake news. Eu digo isso porque li essa notícia e tive muita dificuldade para acreditar que não era uma fake news:




Fala sério, bicho!?


Que coisa mais tosca e amadora para um parque que quer ser referência mundial!


Tudo bem que algum diretor tenha surtado no meio de tanta pressão, mas o colegiado tinha que manter a sanidade nessas horas.




Eu no Beack Park


(Pra o post não terminar muito pesado haha)


O Beack Park é um lugar mágico. Quando você atravessa o portal, literalmente a sua aura muda, parece coisa de filme fantástico. Lá dentro, todo mundo muito feliz com o espírito renovado. É contagiante. Tudo muito bonito e colorido. Água e alegria pra todo lado. Tem até um rio e um mar de mentirinha.


Comecei a ir através de excursões com a turma da empresa. Conseguimos 50% de desconto e o passeio supercaro ficou apenas caro.


Mas eu, sertanejo que acha que água é ouro, sou suspeito para falar de um superparque aquático na beira da praia.








Eu nunca fui muito radical nem empreendedor. Gosto de coisas bem planejadas, pé no chão. Mas, na folia e pra valer o ingresso, cheguei a ir em algumas atrações de radicalidade média. Inclusive é um dos meus vídeos mais vistos no YouTube:







(Fala sério que esse vídeo já fez 10 anos!)


Obviamente, depois da tentativa, eu fico arrependido e decido não ir de novo.


Daí, a Isabela nasceu e o meu passeio ao Beach Park mudou completamente. Agora eu me divirto bastante vendo ela se divertir. Quem é pai, entende do que eu estou falando.








Enfim, se for acessível para você, vá ao Beach Park pelo menos uma vez na vida.


Vida longa ao Beach Park, e, mais importante: vida longa à Beach Park FM!


Um abraço e até um dia no Beach Park ou em qualquer outro lugar.



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quarta-feira, 9 de maio de 2018

Projeto das Pulseiras de LED no Show do Coldplay






E aí? Post de música é aqui ou no blog Bora Ouvir Uma?


Como esse blog está mais “precisado”, vamos fazer o post focando no projeto. Afinal, eu sempre estou em busca de projetos geniais para enriquecer o blog.


Qual a importância da luz para a festa? Total!


É o escurinho quem cria o clima mais intimista. As luzes vermelhas dão o romantismo. O strobo faz a rave ficar muito louca. E o globo foi o pioneiro de tudo para as baladas.


Por isso os shows são à noite. Mesmo os shows à tarde, são marcados para o fim desta, de modo a entrar noite adentro com luzes e tudo.


Um dos lemas da filosofia do Coldplay é “fazer o público participar do show”. E os caras levam isso muito a sério.


Eles estão se destacando como uma das bandas mais tecnológicas de todos os tempos. Eles até têm umas músicas boas, mas estão apostando alto no espetáculo pop. Afinal, “o papa é pop e o pop não poupa ninguém”. Esses caras tão fazendo o Michael Jackson se revirar na catacumba.


E a ideia que eu vou tentar descrever aqui nem é necessariamente nova. Eles começaram com essa doideira em 2011, inspirados no ambiente mágico do festival de Glastonbury, na Inglaterra, onde o público desenvolve uma interação única com os artistas.


E, como eles querem que os fãs participem do show, a ideia original partiu justamente de? Adivinha só? Hein? De um fã! Isso mesmo. E a banda comprou a ideia e patrocinou esse projeto fodástico.


Na cancela do evento, cada espectador recebe uma pulseirinha “vagabunda” pra botar no braço. (Óbvio que é no braço e essa foi a parte pleonástica do post!)


Só que a pulseirinha é ultrahightech, meu chapa. Possui LEDs coloridos e comunicadores por radiofrequência.


Eles batizaram a bugiganga de Xyloband. É uma pulseira que emite luz. Só que ela é controlada remotamente por radiofrequência. Então, um software comanda o sincronismo de acende e apaga das 50 mil pulseiras que estão pulsando no estádio pulsante. E aí, a pulsação das luzes vem sincronizada com a pulsação da música. É luz e som em perfeitíssima sincronia. Na sua mão. É você participando ativamente da festa. Você sendo o show!


Imagina só a sensação de ser o baterista, de meter o pé e fazer 50 mil vaga-lumes piscarem! Do caralho!


A sensação para quem está na arquibancada é alucinante.


Na versão 1, lá de 2012, cada pulseira emitia uma única cor. Pra fazer um negócio multicolorido, eles misturavam as cores entre pessoas diferentes. A V2 é muito mais louca porque cada pulseira é multicolorida e isso elevou o nível do surrealismo.


A brincadeira não é barata. Os caras torram 1,3 milhão de reais por show para brincar de vaga-lumes.


O guitarrista Jonny Buckland até brincou com a situação: “É incrível de se olhar, parece mágica. Mesmo que você não goste da música, eu recomendo ir a um show só para vê-las. Use protetores de ouvido, leve um livro, e quando as luzes se acenderem dê uma olhada”.


Óbvio que, como eu venho repetindo desde o início, o efeito perfeito só é obtido ao se combinar luz e som.

















Então bora lá ver isso na prática em áudio e vídeo e julgar o meu poder de descrição.


A música que eles escolheram para divulgar o projeto foi Charlie Brown. Longe de ser a minha (e da galera) música favorita deles, mas a música fala de “luzes” e “vamos brilhar”.


Eu vou abrir com um vídeo amador, porque eu tenho feito vários desses vídeos e me identifiquei muito. A cada tremida da câmera, dá pra sentir a emoção de quem gravou o vídeo. Por um instante, é como se você estivesse lá.


E se fosse no blog Bora Ouvir Uma, a gente iria assim:


Compartilhe o blog. Compartilhe músicas boas com a gente.


Sobe o SOM!


Acende a Luz!






E eu termino com o documentário “oficial”, eles contando como se inspiraram em Glastonbury pra fazer essas pulseiras diabólicas. Em tempo, carece de cinquenta centavos de Inglês:






Valeeeeeeu!



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